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Eu tinha acabado de tomar um banho quando Diego chegou para me buscar

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Eu tinha acabado de tomar um banho quando Diego chegou para me buscar.
Fui encontrá-lo na frente do hotel, mas demorei um pouco para passar pelas portas de vidro, por que a primeira coisa que vi foi o coração de rosas com o meu nome dentro.

O coração de rosas que o Ruggero tinha feito pra mim.

Era difícil encarar todos os gestos românticos que fui exposta naquela noite, porque isso fazia com que doesse ainda mais; era uma ferida que não cicatrizava.
Era como se Ruggero estivesse pendurado nas bordas das minhas emoções, se equilibrando numa corda bamba, prestes a cair e a me levar junto.

Respirei fundo e desviei os olhos, saindo.

Diego dirigiu até sua casa sem fazer grandes perguntas, permitindo que eu afundasse em meus pensamentos enquanto segurava o pingente do colar que estava em meu pescoço. O pingente mais lindo e mais especial do mundo.

Um gesto que eu não iria esquecer.

O trânsito estava calmo, então chegamos logo à mansão onde Diego morava e por um segundo me permiti apenas admirar, porque da última vez em que estive ali não consegui pensar em designer algum, tampouco me dei conta da vastidão de terreno e jardim que havia ao redor da casa.

Fui guiada até a sala de visitas, o último cômodo em que estive – no dia em que Ruggero foi até lá me buscar; porém, por ser noite, a sala estava mais escura, sendo iluminada apenas por um abajur fraquinho, além da luz lunar que atravessava as janelas de vidro; uma luz fosca e sem vida, mas que deixava o ambiente ainda mais pessoal e aconchegante.

─ A Lety está ai? – Perguntei, cruzando os braços.

Diego passou por mim sem esbarrar no meu corpo e abriu mais as cortinas, trazendo mais claridade da lua para dentro.

─ Ela está no quarto dela, lá em cima. – Respondeu. – Lety é viciada em novelas e por essas horas ela já se recolheu pra descansar e assistir.

Eu ri. Era bem a cara dela mesmo.

─ Eu gostei muito dela.

─ E ela de você. – Disse, virando-se. – Ela sempre pergunta quando irá te ver novamente.

─ Bom, diga que ela pode ir me visitar sempre que quiser lá no hotel.

─ Eu direi. – Sorriu genuinamente. ─ Ela vai ficar feliz, tenho certeza.

Assenti, satisfeita.

Ao contrário do calor que fazia lá fora, dentro da casa era bem frio e me censurei por não ter levado um casaco ou algo do tipo.
Estava usando apenas um vestido azul de alcinhas, que não era nem um pouco apropriado para aquele frio que fazia ali.

Umedeci os lábios e caminhei até onde Diego estava perto da janela, parando a alguns metros de distância e fitando sua face metade luz e metade sombra.

Monarquia dos Cafajestes (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora