Nove anos se passaram desde que eu e Addison nos casamos, havíamos nos casado em janeiro de 2020, exatamente no dia 27, um dia bastante especial para nós duas. O casamento foi perfeito, tinha sido em um grande campo com uma vista maravilhosa, passamos um mês planejando, não fora algo grande, tão caro, porém foi magnífico e especial, e eu tinha certeza de que ficaria marcado na memória de todos.
Tudo estava tão lindo e majestoso, inclusive Addison, que quebrou a tradição do vestido graças à Calliope e Cristina que lhe deram a ideia de aparecer de terninho, não que eu não tenha gostado, mas me pegou de surpresa na hora, tanto que: eu quase babei, perdi o ar por alguns segundos, e minha mãe ficou super preocupada achando que eu estava tendo um ataque de asma – eu nem mesmo tenho asma.
Tivemos nossa lua de mel na Grécia, e lá foi onde conversamos sobre crianças, sobre ter dois filhos. Quando voltamos para Seattle, Addison foi conversar com Callie e eu com Cristina. Addie queria fazer inseminação artificial e chegamos à uma conclusão, eu estava tão feliz, nós estávamos, bastante, até que recebemos uma notícia nada agradável e que destruiu ela. Addison é estéril. Foi tão difícil vê-la depressiva por meses, eu odiava ver ela triste daquele jeito, me destruía, e eu tinha certeza de que estava sendo pior para ela. Quando ela estava melhorando um pouco, eu comecei a planejar algo, conversei com nossos amigos em segredo e todos concordaram em me ajudar.
Eu mesma iria fazer uma inseminação artificial, porém eu queria um Grey-Montgomery legítimo, e infelizmente ainda não era possível eu e Addison termos um bebê por nós mesmas, o que era uma pena. Então eu conversei com a família dela e o irmão dela me deu uma ideia, eu estranhei no começo, porém era um ato generoso até, e ele assegurou que sua relação com meu filho seria de tio e sobrinho, o bebê não teria um pai, mas teria duas mães bestas e apaixonadas. Archer sugeriu ele mesmo ser o doador, assim meu filho e o de Addie seria um Grey-Montgomery legítimo, e eu aceitei.
E deu totalmente certo, eu esperava apenas um bebê, porém eu tive um casal de gêmeos fraternos, um menino e uma menina, dois pestinhas que eu amo mais do que tudo. O menino se chama Bailey, homenagem à uma professora que tive no colegial, Miranda Bailey, eu e Addison adorávamos ela. Já a menina se chama Chloe. Bailey é mais parecido comigo, uma cópia praticamente, tem longas madeixas loiras – ele odeia cortar o cabelo – porém, os olhos são todinhos de Addison, o formato, a cor, diferente de Chloe, que é uma cópia de Addison, suas madeixas são ruivinhas assim como as de Addie, mas ela tem um corte chanel – diferente de Bailey, Chloe ama quando seu cabelo cresce o suficiente para cortar – e seus olhos, ela definitivamente puxou de mim.
Sempre que Alex e Jo nos visitam, Alex faz questão de me falar que "ainda bem que Chloe puxou pra Addison e não pro Archer, sem ofensas, mas a Addie é a Montgomery mais linda da família"
E, bom, ele não está errado.
Aliás, sim, eu e Archer conversamos com Addison sobre o irmão dela ter sido meu doador, ela ficou incrédula de primeira, estranhou, mas depois o agradeceu e quase o esmagou com abraços.
Agora estávamos na porta de casa, observando as crianças brincarem com o Doc, nosso cachorro.
— Bae, não joga a bolinha pra rua! — Addison bradou, chamando a atenção do nosso filho.
— Desculpa, mère. — Ele disse e logo depois recebeu Doc em seus braços, que começou a lamber seu rosto.
Sim, eu ensinei algumas palavras em francês para os dois, Bailey e Chloe, inclusive "mãe" e "mamãe". Por mais que ainda nos chamassem de mama e mamãe às vezes, chamavam Addie de mère, e a mim de maman também, passou a ser algo natural para nós quatro, virou o costume de ambos.
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Dream (Hiatus)
FanfictionNo final das contas, a vida perfeita de Meredith Grey e Addison Montgomery não era bem o que parecia ser.