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Suas mãos ainda tremiam de raiva.
Tōya ainda andava em sua direção.
E ela ainda recuava.
Não deveria estar sem reação, Arisa podia apostar que isso fazia parte da armadilha.
Mas era inevitável.
Inevitável se sentir impotente.
Passos firmes soaram atrás de Arisa, ela sentiu alguém a agarrando pelo pescoço. Só teve tempo de perceber pele escura e músculos femininos antes de ser jogada no chão de concreto destruído. A dor irradiou por seu rosto e os pequenos focos de luz das chamas salpicaram sua visão.
— Esta é a forma de cumprimentar seu futuro imperador — Disparou a mulher musculosa que a olhava de cima.
Arisa notou que era a usuária de mokuton nocauteada por Sasuke a alguns minutos atrás, não teve tempo de pensar em como diabos aquela mulher já estava de pé.
As feições de Tōya pareciam cada vez menos agradáveis, ele estava adorando a ver diante de seus pés.
A princesa rosnou, mostrando os dentes ao se virar para o príncipe.
Por um segundo ela se perguntou onde estavam os outros, mas ao tentar se levantar e olhar para trás, os viu ajoelhados ao chão numa fileira perfeita. Até os animais permaneciam deitados e mesmo que estivessem rosnando, não podiam fazer absolutamente nada. Havia um guerreiro atrás de cada um segurando seus pulsos e por mais que até os mais fortes tentassem de soltar, tudo parecia ser em vão.
Era como se ninguém tivesse poder ali, nem mesmo Lissa, que chorava descontroladamente, incapaz de desviar o olhar da amiga desacordada apoiada naquele trono de rochas improvisado.
O que havia acontecido com Kirara?
— Sugiro que fiquem no chão — A voz de Tōya invadiu sua mente de novo, Arisa teve certeza de que acertaria o golpe da próxima vez que tivesse a chance — Estamos rodeados de Pedra Silenciosa e nenhum chakra que não venha da nossa linhagem vai funcionar aqui.
Ela tinha percebido. Seus poderes ainda estavam ali dentro, espiralando em sua alma ansiosos para serem libertados de novo, especialmente ativos pela presença de Tōya, como se ele emanasse algum tipo de estimulante para seu chakra antigo.
Tōya também percebia algo estranho ao estar perto dela, Briar podia dizer que ele estava intrigado. A feição que ele tinha era de puro interesse ao se abaixar para alcançar o rosto de Arisa. O príncipe estava agachado diante dela, com a cabeça inclinada para o lado feito um cachorrinho curioso com um brinquedo novo.
