Vênus Rosales se considera uma garota de sorte por não ter herdado o dom bizarro que todas as mulheres da sua família têm... Até porquê, só loucos gostam de falar com fantasmas.
Sua vida estava bem, legal até. Tinha uma melhor amiga incrível e o nam...
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Vênus Rosales
Depois de ter chegado do baile e minha mãe ter feito um interrogatório para saber se havia algum garoto bonitinho, consegui subir para o meu quarto.
Como descrever meu quarto?
Bom, no centro dele havia uma cama de casal com uma colcha azul escura com alguns detalhes que lembravam muito um céu noturno. Havia uma pequena mesinha branca da altura da cama do lado direito, onde havia um pequeno arranjo de flores que minha mãe fazia questão de trocar toda a semana – que ela jurava que melhorava as energias do local – ao lado das flores havia um porta retrato com uma foto minha com meus pais e Carrie, quando a gente tinha doze anos.
Do lado esquerdo havia o suporte do meu violão, o instrumento de cor preta estava paradinho ali. As paredes do quarto eram todas claras, na parede da esquerda havia uma bancada com material de pintura e pendurados na parede, haviam vários quadros que eu mesma havia pintado.
Aquele era o meu segredinho particular, eu amava pintar.
Haviam quadros da minha mãe sorrindo, alguns em aquarela de paisagens que eu havia visto, outros que mostravam uma Carrie sorridente andando de patins no parque ou alguns onde ela sorria.
Tinha os que mostravam meu pai rindo com tio Trevor, ambos eram melhores amigos.
E havia um em especifico, em cima da bancada que eu ainda não havia terminado. Em baixo desse havia várias folhas de oficio brancas com rascunhos desse desenho que eu realmente queria que ficasse perfeito.
Suspiro cansada, a briga com Carrie havia me deixado esgotada.
Pego uma toalha no closet e vou para o banheiro depois de me certificar que as portas da varanda estão fechadas, eu só precisava de água quente e uma boa noite de sono.
Coloco uma playlist aleatória no meu celular enquanto tomo o banho, depois me enrolo numa toalha felpuda cor de rosa e saio do banheiro para poder ir me vestir no closet como sempre fazia.
Porém havia uma pequena falha no meu plano.
E essa falha estava mexendo na minha bancada de desenho na maior cara de pau, acabo gritando pelo susto e apertando ainda mais o nó que segurava a toalha em volta do meu corpo.
Reggie se virou segurando a tela que era um pouco maior que uma folha de papel onde continha uma pintura dele tocando baixo na primeira vez que o vi.
Ele arregalou os olhos ao notar que eu estava apenas de toalha.
Corro para o closet sentindo meu rosto pegar fogo, eu iria matar aquele idiota pela segunda vez.
De modo atrapalhado pelo nervosismo – eu sentia como se meu coração fosse sair pela boca – consigo colocar meu pijama de Star Wars, que consistia em um short e uma blusinha brancos com pequenos desenhos da mascara do Darth Vader.
