Ascenção Dracken

Capítulo 32

Harry se sentou em uma sala pequena e aconchegante fora da sala comunal dos Dracken e segurou a pasta de plástico grossa que havia recebido em suas mãos e ficou boquiaberto com a quantidade de nomes nos pedaços de pergaminho que ela continha.

Nome após nome foi listado, alguns nomes que ele nem conseguia pronunciar, alguns nomes eram tão longos que ocupavam três linhas dos pergaminhos e outros eram tão comuns que havia dois ou três deles repetindo ao longo da lista.

As idades ao lado dos nomes variavam de Drackens em seus setenta até jovens de apenas dezesseis anos e Harry não podia acreditar que vários jovens de dezesseis anos tinham vindo de todo o mundo, a maioria deles sozinhos.

Ao lado das idades havia uma cor, ou cores, e outro número que lhe disseram que eram as cores e tamanhos das asas do dominante, para que ele pudesse identificar os Drackens mais comumente chamados de forma que ele não riscaria acidentalmente a pessoa errada .

Harry levou uma pena para o nome de Dominic imediatamente, que estava listado na seção para jovens de dezesseis anos, rabiscando-a com força excessiva, para a diversão de Blaise.

"Calma, Harry, espere até ver o rosto dele e faça o mesmo com suas garras." Blaise o aconselhou.

Harry riu levemente e um pouco histericamente e se aproximou para se aconchegar em Blaise. Tudo parecia tão fora de seu controle, ele se sentia como um passageiro em seu próprio corpo, em uma montanha-russa sem nenhum lugar para ir a não ser para baixo.

"Minha querida, você está bem?" Elder Trintus perguntou preocupado ao ver o rosto de Harry se contrair como se ele fosse chorar.

"Eu só ... eu ... por que Blaise não bastava? Não quero mais ninguém na minha vida. Quero uma família! Não um grupo de homens me abordando e me apalpando cada vez que entro em uma sala. Quantos vai demorar? "

"Eu acho que mais um dominante vai te ver com uma criança, doce." Trintus disse a ele pensativamente. "Mas você pode precisar de um, talvez mais dois em cima disso para aterrar sua magia e ver as necessidades de seu Dracken."

"Eu só quero quantos eu preciso para ter uma ninhada de filhos!" Harry afirmou bruscamente.

"Eu não aconselharia isso, minha querida. Sem um dominante extra para te aterrar, você pode ter acessos de irracionalidade ou até mesmo enlouquecer. Lembro-me de uma submissa que se imaginava tão apaixonada por seu primeiro companheiro que a recusou Em seguida, seis anos depois, ela acabou matando todos os seus filhos e então, quando sua lucidez voltou, ela se matou de tristeza pelo que tinha feito, deixando seu parceiro dominante sofrer por anos antes que ele decidiu se juntar a eles. "

"Isso é horrível." Harry declarou, sentindo-se ligeiramente nauseado com a ideia de uma mãe matando seus filhos.

Blaise engoliu em seco e segurou Harry com força. Ele não queria compartilhar sua companheira com ninguém, mas ele não queria que Harry matasse seus filhos e depois a si mesmo ainda mais. Nada mais importava quando se tratava de Harry e sua saúde, mesmo que isso significasse que eles teriam ainda outro macho dominante, ou mesmo uma fêmea, que o tiraria de cena e reivindicaria toda a atenção de Harry.

"É horrível, sim, mas esse é o destino de um Dracken que recusa seu companheiro de terra." Trintus disse simplesmente.

"Blaise?" Harry questionou timidamente.

Ele se lembrava muito vividamente daquele primeiro encontro na floresta com seu primeiro imediato, de como Blaise era veemente por não ter permissão para ter um harém ou mais dominantes do que o estritamente necessário para engravidá-lo.

"Desconsidere minhas palavras duras de antes, Mio amore ." Blaise disse suavemente, roçando a bochecha de Harry com as costas dos nós dos dedos. "Eu não sabia antes o que o Ancião acabou de nos dizer. Eu prefiro adicionar quantos dominantes você precisar do que sofrer a perda de você e nossos filhos alguns anos no futuro."

Harry sorriu beatificamente para ele e Blaise sentiu seu coração disparar. Ele passou a amar Harry muito. Como foi possível se apaixonar tão profundamente por alguém em apenas dois meses?

Ele estava realmente surpreso que só haviam se passado dois meses quando parecia que ele já conhecia e amava Harry por uma eternidade. Uma eternidade muito boa e amorosa que ele viveria continuamente.

Ele sentia que conhecia Harry, realmente o conhecia, da mesma forma que amantes de décadas se conheciam como a palma de suas mãos. Ele desejava passar cada minuto de cada dia com Harry, o que provavelmente era por que ele estava com tanto ciúme de adicionar mais Drackens ao relacionamento deles. Era necessário obter a família completa que ambos queriam e ansiavam, mas Blaise ainda não gostava da ideia de compartilhar Harry com ninguém.

Não era nem mesmo uma coisa Dracken; Blaise pensou amargamente, ele teria sido exatamente o mesmo se tivesse nascido humano. Ele não gostaria de compartilhar Harry de forma alguma, com ninguém. Blaise acreditava plenamente que estava recebendo a notícia tão bem porque não era humano, porque era um Dracken e era comum uma submissa ter pelo menos dois companheiros, um para engravidá-los e outro para aterrar sua magia . Era raro encontrar uma submissa que fosse fraca o suficiente para precisar apenas de um dominante para os engravidar e aterrar ou um dominante forte o suficiente sobre a submissa para fazer as duas coisas. Ele não teria lidado muito bem se ele e Harry fossem humanos e Harry o tivesse informado que ele queria mais de um amante.

"Talvez fosse melhor, querida, se você acabasse com isso?" Elder Trintus sugeriu cuidadosamente.

Ele nunca tinha visto uma submissa tão relutante em ter um segundo companheiro antes, em suas décadas de experiência, todas as submissas ansiavam por filhos, seus corpos os exigiam, mas aqui este jovem de dezesseis anos estava sentado, parecendo tão miserável que Quintalus só queria abraçar ele, balançá-lo e arrulhar para ele como se ele fosse seu próprio filho.

"Suponho que você esteja certo." Harry suspirou, sem fazer nenhum movimento para se desvencilhar do colo de Blaise.

Blaise sorriu com a imagem de miséria que sua companheira fez. Ele odiava que Harry estivesse chateado e odiava a si mesmo por se sentir tão orgulhoso da miséria de Harry, mas ele não conseguia parar o prazer ou orgulho que sentia sabendo que Harry realmente não queria mais companheiros. Ele sabia que Harry iria se acostumar com eles com o tempo e que passaria a amar a todos, mas neste momento, Harry o queria e apenas ele.