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Eu armei uma cilada e caí nela

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Eu armei uma cilada e caí nela.

Soube no momento em que a vi com um robe preto de seda que eu falhei.

Falhei miseravelmente. Terrivelmente.

O ódio que eu alimentei por ela durante anos não foi o suficiente. O regime totalitário implantado pela Maya na Lenox foi reduzido a um mero acaso.

Porra! Como eu poderia não me render a isso?

Na realidade, eu tenho ciência do quão fodido estou desde que não consegui transar com a Jessica depois que a Maya foi embora no dia do resgate da Ashley.

Tenho consciência de que estou na merda desde que a vi passar pela minha sala em direção a biblioteca e não perdi a oportunidade de cerca-la. Dei uma desculpa qualquer ao professor e saí em busca do maldito cheiro de baunilha.

Quando a encurralei contra a prateleira de livros, seu olhar vagou pelo meu corpo de uma maneira sugestiva. Sua unha em mim era instigante e me explorou de uma forma que ficou exatamente na linha tênue entre o promíscuo e o politicamente aceitável.

Maya Davis sabe provocar.

Ela é o ponto central que separa a pureza da depravação.

Nessa ocasião, seus lábios estavam sedentos em busca dos meus e suas mãos firmes sabiam como me acariciar por baixo da camisa do uniforme. O que me deixou confuso foi a forma como ela fugiu.

Sim, Maya Davis fugiu de mim.

Talvez ela tenha se dado conta da merda que estava fazendo ao trair o Adam e se arrependeu. Sei lá.

A filha da puta é confusa para um caralho.

Com relação a nossa viagem à Filadélfia, eu mesmo me encarreguei de ficar no mesmo quarto que ela para avançar o meu plano de aproximar Maya do Anônimo, ao passo que eu me afasto da minha exposição em uma orgia universitária. Contudo...

Eu fiz uma armadilha e caí nela.

Soube no instante em que a sua voz sussurrada me pediu para fazer um bom proveito da degustação dos seus lábios que eu fraquejei.

Abelha-Rainha 🐝Onde histórias criam vida. Descubra agora