christmas (jensoo)

capitulo único.

23 de dezembro

Jennie se encontrava em frente ao grande espelho presente dentro de seu closet em seu quarto, se analisava de cima a baixo, julgando se sua roupa era boa o suficiente para sair nas gélidas ruas de Seul naquele dia. Havia marcado de ir junto a sua namorada para o centro da cidade para poderem comprar os presentes de natal, ambas eram extremamente procrastinadoras e apesar de todos os avisos de suas amigas e familiares de que deviam comprar tudo o mais cedo possível para não precisarem lutar contra pessoas por últimos produtos, as garotas apenas atrasaram o compromisso.

Namorava com Kim Jisoo há um ano e alguns meses, no entanto conhecia a outra garota a vida inteira, seus pais eram melhores amigos e sempre moraram um em frente ao outro, e então por associação também eram melhores amigas, e eventualmente compartilharam seu primeiro beijo aos 14 anos. E agora ambas com 18 anos, já viviam em um relacionamento escondido de seus pais, afinal nunca viram a oportunidade perfeita para contar para as duas famílias.

Saiu de seus próprios pensamentos quando ouviu a campainha de sua casa soar, saiu de seu quarto e parou no topo da escada a tempo de ouvir sua mãe dando as boas vindas para sua namorada, achava fofo a forma que desde que haviam começado um relacionamento, Jisoo chamava sua mãe de senhora, mesmo que a matriarca da família não soubesse de seu relacionamento, Jisoo fazia o possível para sempre tratar sua sogra com o maior respeito que conseguia.

Voltou para seu quarto para pegar sua bolsa e sua carteira, então sentou na ponta de sua cama com o celular em mãos enquanto aguardava sua namorada entrar no cômodo. Após alguns minutos percebeu a porta de seu quarto ser aberta e Jisoo passar pela mesma com um sorriso largo em seus lábios enquanto fechava a porta atrás de si e andava em direção a cama apenas para sentar ao lado da namorada e depositar um beijo casto no canto de seu lábio.

- Oi. - Sussurrou arrastando seus lábios levemente na bochecha da outra que corou com o ato.

- Oi. - Respondeu no mesmo tom, puxando a garota pela nuca para selar seus lábios. Estavam há umas boas duas semanas sem verem uma a outra, Jisoo havia viajado para o Japão para ver alguma prima de sua mãe afinal já era uma tradição que passassem o natal junto a outra família Kim, então alguns dias antes da data viajavam para verem seus familiares apenas para não dizerem que nunca os visitavam.

Não importava quantas vezes por dia beijava Jisoo, Jennie jamais enjoaria de o fazê-lo, poderia facilmente dizer que os lábios da coreana eram provavelmente a oitava maravilha do mundo, a forma como os lábios em formato de coração pareciam encaixar perfeitamente nos seus próprios. Jennie não percebeu em qual momento exato foi parar no colo da outra garota, no entanto não reclamava de o ter feito.

- Por mais que eu ame seu entusiasmo e também esteja com muita saudade de você. - Jisoo interrompeu o beijo afastando a namorada delicadamente. - Precisamos sair para comprar os presentes, se não meu irmão fica sem presente e então vai me perturbar para o resto da vida.

Jisoo tinha um irmão gêmeo, o único parente das garotas que realmente sabia do relacionamento das duas, não que tivessem escolhido contar para ele, acontece que em um belo dia onde Jisoo e Jennie estavam no quarto da primeira, trocando alguns amassos na cama da mesma quando o garota invadiu o quarto da irmã e acabou as flagrando.

- Argh! - Jennie resmungou com a falta do contato dos lábios da mais velha. - Tudo bem, mas eu quero recompensa depois.

- Você sempre quer. - Deu um beijo carinhoso na ponta do nariz da garota ainda em seu colo e a empurrando com delicadeza para colocá-la sentada na cama ao seu lado.

Logo o casal estava descendo a escada da casa lado a lado em direção a porta dianteira da residência, as duas muito bem agasalhadas em virtude do frio tradicional que o final do ano proporciona à capital coreana. Se despediram da mãe de Jennie que ficaria na casa para terminar de cozinhar as sobremesas para a ceia e então rumaram lado a lado pelas ruas gélidas da cidade, após se certificarem de estarem longe o suficiente de suas casas, foram o restante do percurso com os dedos entrelaçados.