Agente da CIA

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Dei uma última baforada no cigarro e abri a porta do carro jogando a bituca no chão, pisei em cima e voltei a fechar a porta. O meu olhar se voltou para o prédio de advocacia que não era nada mais do que uma mera fachada.

Tamborilei os dedos no volante e dei um gole do café frio, fazendo uma careta feia em seguida.

Como eu odiava campanas.

Passei uma mão pelos cabelos, os deixando mais bagunçados e cocei a barba por fazer. Assim que chegasse a minha casa me barbearia.

Ultimamente, me pareço mais com um mendigo. Bocejei sonoramente e esfreguei os olhos.

Ouvi um movimento, então foquei a minha observação na saída do prédio.
Um carro despontou de lá e anotei a placa.

Bingo!

Liguei o carro e comecei a segui-lo em uma distância segura. Acompanhei o veiculo por mais ou menos uma hora, quando, finalmente, o carro parou em frente a uma casa no subúrbio e um homem corpulento saiu e foi em direção à porta.

Passei com o carro direto pela frente da casa, pensando em escolher um local seguro para me esconder e continuar a vigília. Senti o meu celular vibrando dentro bolso e o peguei olhando o visor, então, o atendi rapidamente.

- Beauchamp. - a voz conhecida murmurou do outro lado da linha.

- Sim.

- Você achou?

- Positivo! O segui até uma casa em Haden Park.

- Continue vigiando. Ao amanhecer, Urrea te substituirá.

- Entendido! - desliguei o celular voltando a guardá-lo em meu bolso, dei a volta com o carro e o estacionei na parte de trás da casa.

De onde eu estava, conseguia ver os fundos da residência, eu cocei o queixo incomodado com a barba, mesmo que parca, mas espinhenta. Esfreguei os olhos e dei uma rápida olhada no café frio sobre o painel do carro e torci o nariz. Eu agüentaria mais duas horas sem ele, assim esperava...

Deitei a cabeça no banco e fechei os olhos por um segundo, quando de repente, eu ouvi o barulho de pneus protestando, e outro carro parava em frente à casa que eu vigiava, de dentro saíram dois homens suspeitos. Mordi o lábio sem saber o que fazer.

Eles eram grandes, entre 1,80 e 1,90, cabelos escuros e rostos quadrados, musculosos e mal encarados, de onde eu estava, conseguia ver, inclusive, as armas na cintura de ambos. Sabia muito bem quem era. Os malditos russos....

Os homens olharam em volta e me abaixei no banco. Ouvi o barulho da porta sendo chutada e peguei o celular, discando rapidamente um número.

- Beauchamp?

- Russos invadiram a casa... - sussurrei ainda olhando para o local.

- Soares ainda está lá? Têm civis?

- Ele entrou e agora chegaram dois homens armados. São russos, mas não sei se há mais alguém lá.

- Enviarei ajuda.

- Entendido!

- Não faça nada heróico! - rolei os olhos e me agachei quando ouvi um barulho de tiro.

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