Resiliência (Supercorp)

Parte 23

Alex se joga contra a cadeira, sentindo a cabeça doer, mas ela não para, apenas volta a atenção para o computador a sua frente, analisando o e-mail que havia acabado de receber do hospital de Central City. Do outro lado da mesa, Sara xinga baixo contra o celular, claramente ela não estava tendo tanta sorte quanto gostaria.

— O diretor do hospital disse que não poderia nos disponibilizar os dados da paciente, mas disse que Grace estava sendo tratada graças a ajuda de um doador e então foi transferida para National City no início do ano. — Alex resume o e-mail — Que é basicamente quando Winn se mudou para o meu prédio.

— Como você descrobriu onde ela estava? — Sara pergunta encerrando a ligacão.

— Pesquisei e descobri que Winn Schott foi preso em Central City roubando medicamentos de uma farmácia, quando foi pego, confessou que fez isso por causa da filha dele, Grace, que foi diagnosticada com linfoma infantil e que estava sendo tratada no hospital da cidade. Mas agora ela foi transferida para cá. — explica exausta.

— Você acha que Jack está pagando o tratamento dela aqui e por isso Schott está trabalhando com ele?  — Lance indaga e a ruiva assente.

— O que acha de irmos lá? Apenas para dar um oi? — Kate enfim se pronuncia.

— De preferência sem alarde. — Alex pede e as três levantam, pegando os seus casacos e saindo da delegacia.

No meio do caminho a Danvers ligou para Lena e não foi atendida, o que a deixou preocupada, então ligou para Kara, que atendeu no primeiro toque, Alex fala para irmã sobre ter ligado para a cunhada e não ter conseguido falar com ela, Kara explicou que Lena estava em uma espécie de reunião com o pai de Kate Kane, Jacob. A jornalista contou que eles estavam tentando um mandado para Jack em Gotham City. Ou pelo menos era o que Lena havia contado.

(...)

— É mesmo ela? — Lena pergunta para Cisco que assente, saindo do quarto, sendo seguido pela a mulher.

— A mãe dela deve estar chegando no hospital daqui à dez minutos, segundo a enfermeira responsável pela a menina. — o investigador explica em voz baixa — Ela vai encontrar um quarto vazio e uma carta em cima da cama com o meu número, logo logo ela deve me ligar.

Lena não diz nada por alguns segundos, parecia perdida em seus próprios pensamentos, o que não passou despercebido por Ramon.

— Se arrepende da jogada? — ele pergunta para ela que suspira pesado.

— Apenas por estar usando uma criança para conseguir algo dos pais dela, não é exatamente muito diferente do que Jack está fazendo. — ela confessa seriamente — Isso não me torna muito melhor que ele.

Cisco apenas se mantém calado, como se tivesse absorvendo o que a Luthor tinha acabado de falar. Ele já tinha trabalhado com pessoas que estavam dispostas a ir bem mais longe de onde Lena tinha chegado, ele mesmo já havia feito algumas outras coisas que talvez devesse se arrepender, mas não se arrependia, porque ele acreditava que sim, o fim justifica os meios.

— Não é como se você estivesse machucando ou ameaçando a garota, Grace está sendo muito bem cuidada aqui, ninguém vai deixar que nada aconteça com ela ao contrário da sua filha. — ele fala durante, ganhando a atenção dela — Olivia está sozinha, sabe-se lá onde e pelo o que você me contou sobre ela e sobre Jack, os dois não são do tipo que vão se tornar amigos.

Lena sabia que ele estava certo e por isso se manteve calada, porém pensando no que Kara diria se soubesse o que ela estava fazendo. "Sem mais mentiras." A voz da loira soa firme na mente da empresária.

— Eu preciso sair um pouco. — ela diz para o investigador que apenas acena concordando, não fazendo perguntas, não era da conta dele, afinal.