— Na verdade, a Hee está com febre e... — Gayoon estava muito assustada. — Eu liguei pra informá-la e fiquei extremamente nervosa porque ela poderia piorar e a senhora não estaria em casa — me encarou com preocupação. — Se isso acontecesse de novo, seria péssimo. Eu sabia que se sentiria mal.
— Onde a minha filha está? — Minha voz saiu entrecortada. E a moça estava certa, pois eu já me sentia profundamente mal. Falhei com Heeji mais uma vez.
— No quarto.
Assim que ouvi a resposta, corri até o quarto da Hee enquanto tentava não tropeçar nos próprios pés ao subir a escada. Eu sabia que uma febre na idade de Heeji não representava risco sério, mas odiava até a ideia de saber que ela se sente mal. Abri a porta do meu quarto ainda afobada e olhei na direção do seu cômodo, já que tínhamos os quartos ligados como na casa dos meus pais, tendo a surpresa de encontrá-la deitada nos braços de Jeongguk. O moreno estava de pé e balançava a menor enquanto caminhava de um lado para o outro no cômodo.
— Trinta e oito — a sua voz preencheu o silêncio de repente e só aí eu notei que ele usava fones de ouvido e que provavelmente estava em uma ligação. Eu me encontrava tão assustada que não conseguia me mover e nem falar nada. — Você estará na unidade de emergência caso ela precise? — Ele olhava para o chão com seriedade, concentrado. — Tudo bem. Eu vou esperar a mãe dela chegar pra que a gente faça o acompanhamento juntos e decida algo — suspirou após falar. — Muito obrigado, doutor. Eu estava perdido e tão nervoso que... — calou-se e riu fraco. — Que me senti como um pai bem idiota — olhou para Heeji. — Foi péssimo ver a minha Hee chorando tanto por sentir dor.
— Jeongguk — chamei baixo, completamente tocada pela cena e pelo que ouvi. Era nítido o amor que Jeon sentia por ela. — Como a Heeji está?
— Doutor, eu volto a ligar se algo sair do combinado — ele me olhou por um breve momento e mesmo assim eu pude notar que o moreno tinha o rosto levemente avermelhado e os olhos marejados. — Obrigado — disse antes de caminhar até o seu celular para desligar a ligação. — A Hee está melhorando agora — suspirou, me encarando atentamente quando me aproximei para pegar a mais nova no colo. A menina mexeu a boca algumas vezes, mas não acordou. Estava em um sono pesado.
— Ela está tão quente — comentei enquanto segurava a vontade de chorar. Eu não havia cumprido a minha promessa de estar sempre perto. — Você estava em uma consulta virtual?
— O médico que eu estava conversando atende a sobrinha do Jimin — explicou, agora com o olhar preso em Heeji. — Eu liguei pra ele desesp... — pigarreou. — Enfim, eu falei com o Park e ele arranjou o contato do pediatra — falou rápido. — Faríamos uma chamada de vídeo, mas o médico estava no carro e não podia.
— E ele te atendeu mesmo assim?
— Eu insisti e nós nos falamos por ligação telefônica mesmo — mordeu o lábio inferior após terminar de contar o que aconteceu e eu ri fraco, apertando a minha menina levemente em meus braços. Por que agi como uma péssima mãe de novo? — Ele disse que é normal. Essa mania das crianças de colocar a mão e objetos na boca faz com que ela tenha contato com bactérias e a febre é...
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Em nome da vingança | Jeon Jungkook
Fanfic「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」 Namorar um tatuador não era fácil. As horas dedicadas aos desenhos nos tiravam bastante tempo juntos e, além disso, tínhamos que lidar com o preconceito. Era sempre a mesma careta direcionada a mim quando descobriam que eu...