Quando As Coisas Começam A Ficar Estranhas

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Henry depois de andar alguns quilômetros para encontrar alguma saída, ele se lembrou que o livro estava em sua mão e sentiu uma enorme curiosidade de abri-lo mesmo que no fundo sentisse que não deveria fazer aquilo, ele inicialmente não acreditaria que o livro fosse perigoso mas aquela altura depois de tudo que havia acontecido ele já não conseguia duvidar de mais nada, foi com esse pensamento que ele abriu o livro logo na primeira página e para a sua surpresa não havia nada escrito, nem sequer uma única palavra, um título ou um rabisco, Henry pensou de outros livros que já leu e que a maioria a primeira página realmente não havia nada escrito, virou a página e novamente nada. Virou as dez primeiras páginas e não achou absolutamente nada, começou a folhear o livro em páginas aleatórias e não encontrou uma letra sequer, as páginas eram todas brancas e vazias. Henry se frustrou e ficou ainda mais confuso do porque aquele livro era tão importante para as pessoas se matarem por causa dele. Henry fechou o livro e pensou em descartá-lo ali mesmo mas sentia que não deveria fazer isso. Arrumou um jeito de deixar o livro preso entre sua camiseta e sua calça de modo que não caísse e voltou a caminhar buscando por uma saída, ele encontrou uma escada que ia direto para cima, subiu a escada e quando chegou ao final havia uma tampa de bueiro a qual ele empurrou com força e conseguiu ver a imensidão azul do céu para poder sair daquele lugar estranho. Saiu e quase foi atropelado por um carro preto que passava no exato momento em que saia do bueiro, por pouco não foi atingido. O carro mesmo assim parou e um homem saiu de dentro abrindo a porta do motorista e correndo em direção a Henry, que imaginou que o homem talvez tivesse sentido algo de errado e queria saber se ele estava bem. O homem olhou para Henry e sem esboçar alguma reação ou questionar algo ajudou-o a terminar de sair daquele buraco.

— Quer uma carona? - perguntou o homem.

Henry relutou em aceitar por ser um desconhecido, mas pensou logo depois que não sabia onde estava e precisava voltar pra casa, provavelmente não conseguiria uma carona tão fácil assim. Ele aceitou a carona e entrou no banco de trás do carro e se deparou com uma mulher sentada no banco do lado vestindo um brilhante vestido de gala como se estivesse indo para algum evento ou festa muito importante, aquele era um vestido que claramente dizia que ela tinha muito dinheiro. Ela não deu muita atenção a Henry e apenas continuou olhando para a frente pelo vidro do carro enquanto o homem dirigia sem nenhuma preocupação.

— Você conhece esse homem? - perguntou o motorista.

— Não. - A mulher respondeu.

Os dois ficaram em silencio apenas apreciando a paisagem e o trânsito.

— Com licença, eu não disse pra onde eu estou indo... - Henry tentou dizer.

— Nós sabemos pra onde você está indo. - disse a mulher.

— Sabem? - Henry estranhou.

— Sim. Pra casa.

— Mas vocês nem sabem onde é minha casa. - Henry disse desconfiado.

A conversa foi interrompida por uma freada brusca do carro fazendo o corpo dos três saltarem pra frente sendo protegidos pelo cinto de segurança para não saírem do lugar, novamente o motorista saiu do carro e foi para a parte de trás. Henry tentou olhar mas não conseguia entender o que estava acontecendo devido a muitas sacolas na parte superior do porta malas que impedia sua visão. A mulher não esboçava uma reação sequer.

O homem parecia estar voltando e junto com ele havia um outro rapaz de aparência jovial andando de seu lado. O motorista foi até a janela onde estava a mulher sentada e ela a abriu e olhou para o rapaz que estava do lado do motorista como se o analisasse dos pés a cabeça.

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⏰ Última atualização: Dec 29, 2020 ⏰

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