A Cidade dos Campos Floridos

Capítulo 11: Professor Patinho

◈Marcos

Pego uma fruta da macieira que havia no campo em frente a escola e me sento abaixo da grande árvore.

Rio com a ideia de apelidar o professor Théo de" patinho" por causa do sobrenome "Duckwollf". Espera... ele também pode ser chamado de "lobo"!

Jacob se aproxima e logo pergunto:

-Qual apelido é melhor: patinho ou lobo?

-Patinho é melhor, porque é mais engraçado. -Ele responde, mas não olhando para mim.

-Você tem razão. -Mordo um pedaço da maçã.

Len vira-se para mim com uma careta.

-Espera... de quem estamos falando?

-Você nem notou, não é? -Rio, me achando o mestre dos apelidos e das observações -O sobrenome do professor é Duckwollf.

-E....

-Você estudou inglês por acaso?

Meu amigo pensa mais um pouco e com as sombrancelhas erguidas, diz:

-Ahhh, entendi. Patinho por causa de "Duck" e lobo por causa de "wolf".

-Finalmente.

Jacob sendo Jacob. Poderiam ter trocado o sobrenome dele, Lennon, por "lerdo" assim que nasceu.

-Vem, vamos lá falar com as meninas.

O sigo até elas, mas paro no meio do caminho ao ver uma das piores cenas que eu poderia ter visto: Bryan Lambrech dando um beijinho na bochecha de Antartic.

Com certeza deve ser porque ela ajudou um dos capangas malignos dele no momento da roda. Eu vi que Bryan sussurrou algo no ouvido de Lúcio, quando Antartic pediu ao professor para ir no banheiro.

Há coisas que eu realmente não compreendo. Como uma garota tão legal, simpática e bonita pode se interessar em alguém como Bryan?

Talvez eu que esteja errado a seu respeito.

-Ei, Marcos! Você não vem? -Jacob exclama, já ao lado de Yolanda.

-Estou indo!

Ando a passos rápidos sobre o cascalho e recebo um "oi" alegre de Beatriz e um "Bom dia" desanimado de Yolanda.

-Oi. -Sorrio para elas.

-E então.... Você e sua mãe já conseguiram alguém para arrumar o telhado da casa? -Meu amigo olha para Beatriz.

-Eu ainda não sei. Irei no café da sra. Aby depois da aula falar com minha mãe.

-Ah bom. Se vocês precisaram de ajuda, é só me chamar! -Jacob fala e dá uma piscadela.

Ponho minha mão em seu ombro, chamando sua atenção.

-O que foi.... -imito sua piscadinha -... isso?

-Não foi nada. Apenas me ofereci para ajudá-las. Por acaso quem pisca é considerado um criminoso, agora?

-Está bem, se você diz... -dou de ombros e caminho um pouco mais rápido para alcançá-las.

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》Beatriz

Quanto mais conversávamos, mais eu ficava feliz por estar conseguindo me enturmar. Nunca havia feito amigos tão rápido assim. Com certeza eu não havia herdado a extroversão de minha mãe. Ela sempre me dizia que meu pai era o mais tímido da relação deles e que havia sido isso que a fez se apaixonar por ele