Resiliência (Supercorp)

Parte 24

Kara estava descendo as escadas quando viu Maggie e Lena paradas no meio da sala. A cunhada parecia falar com alguém no celular, já Lena apenas estava lá, perdida em seus próprios pensamentos.

— O que está havendo? — a loira pergunta ao se aproximar, indo diretamente até a esposa — O que aconteceu?
— Jack acabou de me ligar, ele quer falar, não... me ver. — Lena explica, olhando para a outra — Eu não quero vê-lo mas, Olivia... Kara...

Aquela era a primeira vez que a Luthor demonstrava ter medo de Jack. Kara a abraçou, a pegou em seus braços e a segurou. Lena não chorou, mas a apertou com força, deixando o peso finalmente vir à tona. O medo do que ele poderia estar fazendo com a filha dela, o que poderia fazer.

— Vai ficar tudo bem, Lee... — Kara sussurra — Eu vou com você e a gente vai trazer a Ollie de volta.
— Um tal de Cisco está no portão. — Maggie fala em um tom baixo, não querendo atrapalhar, mas já o fazendo.

Ela tinha ouvido o interfone tocar e foi atender, embora ainda mantivesse a ligação com Alex que estava lhe contando que não tinha conseguido rastrear Jack, já que ele havia sido mais rápido.

— É o meu investigador, é ele quem lidou com a esposa e a filha do Winn. — a empresária explica para as duas mulheres.

Maggie então permite a entrada do homem e minutos depois ele chega a porta, onde Lena já o esperava.

— Onde estão Eliza e a minha mãe? — a morena pergunta ao deixar o homem entrar.
— Resolvendo coisas da mudança, todos vamos sair do prédio e nos mudar para... não sei. — Maggie fala com sinceridade, agora já tinha encerrado a ligação com a esposa.

A vida de todas deu um giro de 360° com toda aquela situação. Nenhuma das mulheres queria mais continuar nos apartamentos onde moravam.

— Certo... — Lena murmura e então olha para o investigador — Esse é Cisco Ramon, Ramon, essas são Kara, a minha esposa e Maggie, minha cunhada.
— Senhoras. — ele cumprimenta em um breve aceno, decidindo ir logo direto ao assunto — Lyra Schott me ligou, conforme o esperado e apesar de não ceder logo de cara, ela acabou aceitando ajudar e então me contou sobre Olivia, como ela está.
— E como está? Ele machucou ela? — Kara questiona antes que Lena consiga.
— Segundo Lyra, ela passa o dia e a noite no quarto, trancada. — ele conta — Ela se recusa a comer porque crer que vai ser dopada e levada para fora do país sem lutar. — Cisco diz, um sorriso brotando nos lábios ao falar, ele nem conhecia a adolescente, mas já tinha um respeito por ela — Até que hoje Jack a tirou do quarto e a levou para a cozinha, onde ela fez a própria comida e mandou todos os empregados provarem antes de comer.

As mulheres ouviam todo o relato com atenção, mas ao fim dele, uma risada baixa tomou conta da sala, ganhando três pares de olhares incrédulos.

— Lena? — Kara chama a esposa, colocando a mão dela no braço da morena.
— Não é que... É ótimo saber que ela estar a todo vapor e ele não passou nem dois dias com ela. — ela fala, ficando séria de repente — E nem vai.
— O que você está planejando? — Kara pergunta.
— Como é o lugar onde eles estão? Onde é? — a CEO da Luthor Corp pergunta.
— Grande, cheia de seguranças. — o investigador prontamente responde — Estão em um condômino de luxo.
— Então precisamos pensar com cautela... — Lena começa a falar mas é interrompida pela notificação de uma mensagem que acabava de chegar — Número desconhecido. — avisa antes de abrir — Ele quer me encontrar daqui à duas horas.
— Onde? — Kara questiona se colocando ao lado dela para ver a mensagem — Esse não e o endereço daquele prédio onde a Cursed funcionava?
— Sim, até ela falir... ele quer que eu o encontre no estacionamento. — a morena conta — Eu não vou esperar duas horas — Lena diz e mais uma mensagem chega, ela logo ler — Eu tenho que ir sozinha, se quiser ver a Olivia novamente.
— Sem chances! — Kara nega — Você não vai até um psicopata sozinha.
— Eu não tenho escolha, Kara.