"Baby,can you meet me tonight in detention?
I can feel your blood pressure rise, fuck this tension
Let me crawl up into your mind, did I mention?
Pretending everything's alright is detention"
O relógio na parede apontava que já se passavam das três da tarde, o som das canetas rabiscando nos papéis me irritavam, as risadinhas das garotas das carteiras do fundo eram um tanto quanto enjoativas. E as bolinhas de papel, que eram constantemente atiradas em minha direção, já estavam se acumulando na minha mesa. Mas nada disso importava, pois no momento em que o sinal tocou, anunciando o fim daquela aula chata de álgebra, meu corpo vibrou esperando ele passar por aquela porta.
Ah, ele estava lindo como sempre.
Os cabelos negros bem penteados para trás, a calça escura e a blusa social da mesma cor o tornavam ainda mais excitante. Ele me fazia amar a cor preta de um jeito descomunal. Aqueles lábios vermelhos e fartos, mas sempre mantidos numa expressão seria, fechada, e altamente sexy. Meu professor de inglês caminhou ate sua mesa, sentando - se naquela típica posição de rei que ele sempre fazia, seu olhar percorreu por toda a sala, que se calou imediatamente, e por um mísero segundo eu achei que ele tivesse me encarado, mas era mais uma das minhas bobagens de garotinho apaixonado.
Mas ah, eu o odeio tanto. Odeio o modo como seus lábios parecem apetitosos quando ele fala. Odeio quando sua calça colada exalta a proporção do seu membro. Odeio o olhar penetrante que ele lança a todos, como se pudesse enxergar nossos pensamentos. Odeio o fato que ele nunca olha para mim. Odeio como sou apenas mais um aluno em sua classe. Odeio a porra dessa atração que eu sinto por ele.
- Boa Tarde. - sua voz rouca ecoou pela sala, arrepiando todos os pelinhos do meu corpo, como ele sempre fazia. Respondemos em uníssono, mas sua expressão continuou seria. - Darei início à chamada, e depois vamos retomar do assunto da aula anterior, e por fim devolverei a prova de vocês.
O silêncio permaneceu na sala, o Sr. Park odeia quando falam em sua aula, exceto que seja para responder a chamada ou questionar sobre a matéria. Ele começou a chamar os nomes, dos quais eu sequer ouvi, estava muito ocupado observando o modo como seus lábios se movem e imaginando se seriam tão macios quanto aparentam ser.
Eu adoraria ter aquela boca percorrendo sobre todo meu corpo.
- Jeon Jeongguk? - senti meu amigo, TaeHyung, dar um tapa em meu ombro. Me virei para o rapaz a minha direita, o vendo apontar para o professor, que agora não parecia tão calmo quanto antes - Jeon Jeongguk?
- A-aqui - ele então franziu o cenho, o que me fez lembrar de sua regra nas chamadas - Present.
Me deu uma última olhada antes de voltar seus olhos para a lista e prosseguir com a chamada, só então que eu pude finalmente soltar todo o ar que mantive preso sem perceber. TaeHyung me cutucou novamente, entregando o pequeno pedaço de papel. Hesitei em pegá -lo, se Jimin visse aquilo, a probabilidade de nos ferrarmos era imensa, mas como minha curiosidade é maior, tomei o papelzinho de suas mãos.
'O professor te chamou quatro vezes. Estava tão distraído assim sonhando com o dia em que ele vai te pegar de jeito naquela mesa?'
Corei com seu recado, sim, ele sabia da minha queda pelo professor de inglês. TaeHyung era meu melhor amigo desde os seis anos de idade, fizemos um pacto de jamais esconder as coisas um do outro, e assim eu fui obrigado a dizer para ele sobre meus sonhos nada descentes com o Sr. Park.
'Hyung, não diga esse tipo de coisa, se Jimin vê esse papel, sabe o quão fodido eu estaria?'
Lhe devolvi discretamente o papel, voltando a prestar atenção na aula, Jimin dizia algumas coisas em inglês, essa era uma matéria em que nunca fui bom, o que me deixa um pouco frustrado. Se eu soubesse ao menos dizer uma frase em inglês, talvez o professor me notasse, mas eu mal consigo dizer 'the book is on the table' sem errar alguma palavra. Quando ele se virou para escrever no quadro, senti mais uma vez TaeHyung me cutucando. Nem me dei o trabalho de olhar, apenas estendi a mão e peguei o bilhete.
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Focus, Jeon
FanfictionTodos os dias eu o admirava em segredo. Eu o via caminhando pelos corredores, ou sentado em sua típica pose de rei, com os olhos predatórios percorrendo por toda a sala, e sempre me iludia, me perguntando se em algum momento ele nos imaginou ali. Qu...