P.O.V. Vick:
Tinha se passado um tempo depois de que o Vitor havia levado um tiro, bom umas seis horas? Eu estava devastada com o ocorrido, mas para o meu bem, eu deveria esquecer, que lugar melhor para esquecer do que um bar? Fui para o bar da cidade, não bebi nada, mas eu me distraia com o povo bêbado, eles me distraiam, pedi uma porção de batatas fritas enquanto esperava meu pedido, um homem se aproximou mais perto de mim, ele não me era estranho... mas quem liga para isso em um bar? Ele se senta na cadeira do meu lado, pude ver mais de perto, poxa ele era um gato, sua mecha caindo sobre seu rosto, então minha mente volta a memória daquele rosto, era o menino da boate, tento puxar um assunto com ele:
- Hey, eu acho que já trombei em algum lugar com você, se eu não me engano foi nesses últimos dias, na festa que teve! -Disse para ele enquanto admirava a pulseira em seu braço.
- Oi... Eu não lembro de você, mas eu estive na festa, deveria ter me recordado de ver alguém com os olhos tão marcantes quanto os seus! -Seus olhos mantinham um contato visual com os meus.
- Oh... Obrigada, Moço dos cabelos longos poderia dizer o seu nome, para eu poder saber qual é o nome do meu próximo beijo? -Disse sem esperança que ele retornasse o flerte.
- Bom... Meu nome é Josh, ainda bem que você tem noção de quem é seu próximo beijo...
Eu coro por um instante sem reação, mas logo volto minha atenção a ele, que bem estava sorrindo para mim, eu olho para ele, bem e te lanço uma pergunta:
- Já que você tem tanta certeza que ele é seu, porque você não vem pegar? -Disse audaciosamente, enquanto passava os dentes em meus lábios inferiores, provocando-o.
Seu olhar parecia que estava me despindo ali mesmo, me senti um pouco intimidada no inicio, mas não deu tempo o suficiente para haver algum constrangimento, sua destra já seguia em caminho a minha cintura, pude sentir sua pegada, nossos rostos se aproximavam, sua canhota pousava em meu rosto delicadamente, então seus lábios tocaram aos meus, sua mecha comprida desceu pelo rosto, levo minha destra até essa caída, coloco ela por trás de sua orelha, então a guio para sua nuca, deixo uma leve marca de unha ali, ele pediu permissão com sua língua, eu a concedi, antes que nossas línguas pudessem se tocar, somos interrompidos pela garçonete, que deixou minhas batatas. Eu olho para ele meio sem jeito.
- Estava muito bom, para não ter qualquer distração... -Ele disse enquanto sorria para mim.
- Sim, mas podemos retomar...-Eu já dizia me inclinando novamente, mas o telefone dele tocou e bem ele olhou.
- Ou... Eu preciso ir, nós podemos nos ver depois? -Ele pegou aquele papel e caneta que tinha ali no balcão e começou a escrever algo, sem olhar para mim.
- Sim, claro... O que está escrevendo?
- Você vai precisar disso...
Ele me entrega aquele papel e sai pela porta daquele estabelecimento, o que tinha no papel? bem... o número dele.
P.O.V. Vitor:
Eu acordava em meio a aquele hospital, sem entender muito bem onde estava, mas bem, eu avisto no fundo do meu quarto Igor e Carol, eles estavam bastante distraídos e preocupados, sem entender as caras deles, eu pergunto com uma voz doente:
- O que aconteceu?
- Aconteceu muita coisa... -Disse a Carol enquanto ela me olhava um pouco mais animada, com um pequeno sorriso no rosto.
- Então... você pode resumir? ou Igor você pode resumir?
- Eu resumo, - Igor disse antes de respirar profundamente - Acontece que no colégio você levou um tiro, a bala entrou e saiu, mas foram encontrados vestígios de drogas, que coincidem com pouco antes da hora da festa, só que essas drogas alucinógenas podem ter mexido com sua cabeça fazendo você confundir alguns fatos, como o de você ter certeza que nós somos irmãos.
- Oh... - Olhei para ele um pouco desanimado - isso foi tudo?
- Na verdade, não... - Carol interrompeu - Igor me contou que você matou o Isaque para proteger ele, mas você é inocente até porque estava sobre o uso de drogas, além do que as provas de que realmente aconteceu um assassinato foram queimadas, e também o morto agora manda mensagens para nós...
- Como assim, morto manda mensagem?
- Isaque mandou mensagem para mim, pro Igor, pra Ana Clara, não duvido que tenha mandado para todo mundo, não acredito que seja ele do além, mas só alguém tentando sacanear a gente...
- Isso já acontece mesmo... - Vitor olhou para baixo, antes de Igor começar a falar.
- Bom... Tem outra coisa Vitor... Nós não temos mais nenhuma prova de que nós somos irmãos, porque os exames podem ter sido adulterados, com isso eu quero te propor de fizermos um teste de DNA, para sabermos se realmente nós somos da mesma família ou não... Eu sei que devia estar falando sobre o seu paradeiro médico mas, eu sempre fui órfão, e essa pode ser a chance de eu saber quem é minha verdadeira família.
- Não por mim tudo bem...
- Só tem uma questão se fizermos agora, o resultado pode sair mais rápido já que estamos no hospital e precisam desse tipo de exame...
- Preciso assinar alguma coisa?
- Não, é só chamar os encarregados do caso e pedir, eu posso realizar esse pedido por você?
- Sim, mas é claro!
Eles saem do quarto e vão pedir o teste, eu não consigo acreditar que aconteceu esse tanto de fatos enquanto eu só estava dormindo, não há uma demora e lá estava a equipe pedindo para que eu cuspisse naquele copinho que iria para análise, faço tudo assim como foi requisitado, olho para meu irmão, que podia não ser de sangue mas ele era minha consideração por aquele momento, perguntei sobre Carol e ele disse que ela foi ver alguém que amava, peço para que ele me deixe descansar daquele dia, me viro na cama, vejo ele sair do quarto e enquanto ele apagava a luz disse:
- Boa noite, durma bem!