Capítulo 5

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Manuela

Depois que Edgar saiu fiquei sem entender nada da tal reação dele, ele realmente estava preocupado com alguma coisa, quando ele me tocou senti algo estranho, ele era tão penetrante, seus olhos, seu corpo, ele me pedir para usar justo aquele vestido era assustador, sua mãe morreria se eu disser que ele havia visto, mas eu pouco me importava, afinal também gostei do vestido e eu já havia o escolhido para ser usado em meu sacrifício.

Sasha vem ao meu encontro, ela me ajuda a retirar o vestido e me pergunta se ele me viu assim, claro eu minto, aliás meu próprio noivo pediu de mim isso, aviso a ela que eu usarei esse e ela concordou afinal dos três esse era com toda certeza o melhor que experimentei.

Me troco e quando saio para a outra sala Edgar está lá me esperando e eu juro que preferia não ir com ele, mas não podia negar, afinal ele não pediu ou perguntou, ele ordenou, então pegou em minha mão o que eu acho muito estranho, abriu a porta pra mim e seguimos viagem calados.

Dentro do seu carro estava muito frio, então pergunto a ele - Será que posso aumentar a temperatura do carro? - ele me olha e logo responde - Tudo bem!

Levo minha mão ao botão para aumentar e ele faz o mesmo, fazendo nossas mãos se tocarem, eu sinto um choque, o que me faz trazer novamente minha mão para o meu colo.

- Você está gelada mesmo! - ele diz.

- Sim.

- Notei que ainda usa a aliança de noivado! - diz apontando para o meu dedo.

Nunca tirei essa aliança do dedo, eu não podia, não enquanto a aliança de casamento não estaria do outro lado da mão - Não era pra me usar? - questiono, um leve sorriso aparece em meu rosto, me lembro que já teria pegado várias palmatória na mão, pois não compreendia porque eu o questionava se eu era a melhor instruída daquele internato.

- Não, claro que não! - diz confuso.

Chegamos em um lugar em que eu não conhecia, parecia um lugar novo pra mim e olha que cresci nessa cidade praticamente.

- Onde estamos? - pergunto.

- Não se lembra daqui? - ele diz me olhando, eu balanço a cabeça em negação então ele continua - Se olhar aquele canto ali, imagina um carrossel girando e aquele outro lado um parquinho de criança! - diz sorrindo.

Então fiz o que me mandou e de repente me recordo perfeitamente daquele lugar, era o parque em que víamos nos divertir, Cris me trazia aqui inúmeras vezes, dizia que era por mim, mas sei que ele e Edgar vinham para namorar escondido - Esse é o parque não é? Está tão diferente! - digo.

- É porque eles fizeram mudanças, a entrada mudou, acho que por isso não reconheceu. - ele fala.

- Como as coisas mudam não é!? - digo

Ficamos um tempo ali, eles fizeram uma barra e dava pra ver o mar dali, calados sem dizermos mais nada.

Edgar

Eu quebrei mais um protocolo de minha mãe, ela pediu pra me levar Manuela pra casa, mas eu não consegui, vi que estávamos perto do parque em que trazíamos ela para brincar, sei que é algo bom pra ela, então parei lá, ela não reconheceu quando chegamos, então fui fazendo ela se lembrar o que foi até legal.

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