O Lobo de Aspen

Quem é Scott Harven

Cidade de Chicago, ano 2010, estava no auge dos meu 17 anos e por incrível que pareça morar aqui era uma indolência, o clima não me agradava no verão apesar de ser úmido, mas as ondas de calor eram intensas e não me deixavam com pressão corporal muito estável. A cidade é grande e muito bem pavimentada, turistas de muitos países vem admirar essa região no inverno que convenhamos, é a melhor do ano tendo muitas atrações turísticas na qual deixam a cidade com um aspecto organizado.
Estou morando com minha mãe Gisely, um meio irmão e meu padraston na qual nunca tive problemas de relacionamento. Apesar de ter vindo para Chicago muito novo, apenas com 4 anos, lembranças do meu pai ou do meu outro irmão mais velho de acordo com que minha mãe conta, éramos distantes e pouco tempo ficávamos juntos, ainda á algo que me faz sentir falta deles mas ambos nunca vieram atrás de mim ou se interessaram em pelo menos ligar, de modo como está minha vida hoje, agrada mais ficar assim e não arranjar problemas.
A vida que levava-mos era pacata ao meio a todo aquele agito da cidade grande o apartamento era mediano mas havia uma banheira enorme e maravilhosa, banhos geralmente eram demorados o qual não agradava muito meus pais, a falta de um lugar livre me incomodava de certa forma, adorava sair e visitar parques para sentir o ar mais puro que o mundo poderia me dar.
Meu padrasto Hebert Reynolds, simples homem cujo é escritor muito comprometido com hobbys em pesquisar insetos, principalmente aranhas, ganha a vida com a venda de seus livros que não são objetivamente sucedidos, mas que leva boa notas na crítica.
O casula e meio irmão, é apenas um garoto de 2 anos que está espero demais para sua idade, ele realiza algumas tarefas muito simples para alguém do seu tamanho.
Minha mãe Gisely, é uma pseudo química e médica, não de muito sucesso mas esteve atrás de seus objetivos e cuida muito de mim e meu meio irmão até nos mínimos detalhes, ela sempre se pareceu guardar alguns segredos e quando questionada acaba se exaltando com muita facilidade e evita de responder tratando-se do meu passado e unicamente sobre meu pai e irmão biológico. Única resposta obtida até hoje dela era de que nasci na cidade de Aspen.
Estou no último ano do ensino médio na High School da cidade, foi uma jornada escolar muito gratificante e sinto que estou pronto para iniciar minha diplomação do ensino superior, amizades feitas aqui também foram muito bem aproveitadas mas cada um vai seguir seus rumos e isso é bom.
Bom, é dia de formatura, 27 de maio de 2010, colação da High School é agitada pela banda "Vibrantes", tinham foco em show com cores, leds, e muito papel picado.
Estava me aprontando para noite que definia mais uma fase da minha vida concluida, foi difícil arranjar um terno legal para alguém de um metro e noventa de altura, quem dera uma busca implacável em cada loja de Chicago, sorte que minha mãe nos últimos minutos conseguiu um azul escuro e gravata preta, por incrível que pareça meu cabelos castanhos se ajeitavam de forma automática, meus olhos alaranjados únicos deixavam de certa forma um charme a mais em todo o meu visual, estava um brinco e pronto para ir encontrar o amor da minha vida, Beatriz Fisher, estrangeira brasileira, era da minha sala e por muita sorte a garota mais inteligente e muito misteriosa, qual estamos juntos a um ano.
Fomos aprovados no teste de inscrição da mesma faculdade chamada Layola na própria Chicago, cursar o sonho de Engenharia dela junto da pessoa que se diz seguir o rumo de Jornalista.
Ao sair, minha mãe me lembra de fazer meio que obrigatoriamente uns remedios, de acordo com a bula e algum inibidor para hipoglicemia, posso passar mal se não for controlado corretamente, coloco o remédio no bolso e desejo uma boa noite a família.
Boa festa filho - diz dona Gisely.
Decidido, locomovi para frente do ginásio escolar, ao entrar, procurei minha belíssima namorada aos arredores e assim que a avistei, quase tive um choque de como ela estava bela em meio a tantas pessoas, eu poderia descrever a sua pessoa até com falta de visão, olhos azuis, cabelo liso porém ondulado muito arrumado que com certeza foi cuidado em um belo salão de beleza, os fofos óculos aviador eram um charme a parte e por fim, seu vestido que com certeza custou o algum rim de sua mãe, branco brilhante, um espetáculo em meio a tudo, estava em transe total.
Cheguei nela com um sorriso e larguei o que se diz elogio para ela, "Beatriz, se você não for a garota mais bela dessa formatura, com certeza as pessoas estão ficando loucas da cabeça" esperando um sinal de que aprovaria ela com olhares reconfortantes responde, "Scott se você não for o garoto mais galã desse baile, juro que pisarei em cima de cada um que for contra a isso".
Conversa vai e vem, estamos dançando na pista a algum tempo, sinto meu corpo um certo desvaneio, enjôo e uma raiva, como se atacasse por dentro de mim em uma forma indescritivel, algo com certeza está mudando, está me dominando, consumindo por dentro.
Beatriz ao ver meu estado deplorável me leva ao um banco fora do ginásio e simplesmente me pergunta, "Você tomou seus remédios Scott?", O fato é, que nunca disse a ela que tomava controladamente remédios, mas logo esse fervor que resguarda na minha mente passa e acabo esquecendo da pergunta que ela havia me feito e foquei em tomar os benditos remédios, assim que os ingiri, obtive uma baixa pressão e logo um desmaio.
Acordei com algumas palavras ao ar deitado em que eu achava ser minha cama, simplesmente era o quarto de Beatriz, levantar e a abracei agradecendo a ajuda que tive naquela noite, pois era inexplicável o que eu tinha sentido, foi minha primeira vez em meio a tudo aquilo.
Por um momento não sabia mais se eu era Scott Harven.

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