Capítulo 12

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Era véspera de Natal e o tio Louis, a tia Sam, tia Natalie, tio Liam, tia Gem e o tio Benjamim. Os dois últimos casais, por sinal, tiveram filhos também, quase na mesma idade de Amy. Turma enorme, mas qual a novidade? É aniversário de Louis hoje e era tradição todo ano esse jantar, como se fosse a ceia de Natal, mas feita na noite do dia vinte e quatro para comemorar ambas as datas. Cada ano esse jantar se passava numa casa, já foi aqui, no tio Louis, no tio Liam e agora retornamos a nossa casa.

- Garota, você precisa parar de crescer. - Ben disse, abraçando-me enquanto andávamos para a cozinha.

- E você precisa parar de fazer filhos. - gargalhou.

Eles tinham a Sofia - não muito mais velha que Henry -, a Liz, que tem quase a mesma idade que Amy, e agora tia Gemma está grávida de um menino não nomeado ainda. E, sinceramente, não acho que eles vão parar por aqui. Liam e Natalie tiveram o Bear e há alguns meses o pequeno Matt nasceu. O Louis e a Samantha já declararam que basta de filho, assim como meus pais.

- Alice, chegaram para entregar o bolo. - minha mãe sussurra para mim. - Vá pegar e esconda do Louis.

Eu largo os legumes que estava picando e vou para a porta de entrada, desviando das crianças no meio do caminho. Recebo o bolo e fico escondida no escritório do meu pai enquanto eles tentam tirar Louis da cozinha para que eu possa deixar o seu bolo na geladeira.

- Pai, acho que Amy premiou a fralda. - falo quando pego a bebê do chão e sinto um cheiro nada agradável.

- Você pode trocá-la? Eu e sua mãe estamos ocupados.

Vai aqui um fato: ser irmã mais velha é um saco. Eu sou sempre o terceiro modelo de responsabilidade, se minha mãe ou meu pai não podem fazer algo, eu tenho que assumir o controle. Não me importo quando isso significa tomar conta de Henry enquanto meus pais viajam, ou dirigir até a escola de Henry e depois ir para a minha, ou levar Amy para tomar vacina, no entanto, trocar a fralda da minha irmãzinha é a última e única coisa que não gosto de assumir a responsabilidade. Teve uma vez em que eu quis ajudar minha mãe e disse que poderia trocar a bebê para que ela almoçasse, mas quando retirei sua roupinha havia coco pelas costas de Amy e eu não sabia o que fazer e sai correndo com ela pelada pela casa até achar a minha mãe, foi desastre. A coitadinha começou a chorar e eu me sujei porque queria confortá-la.

- Você vai ser boazinha comigo hoje, não vai? - perguntei, colocando-a deitada no trocador.

Ela fez alguns barulhinhos com a boca e sorriu para mim. E assim ela me fazia ser apaixonada de novo.

- Vamos lá. - respirei fundo.

Meu telefone tocou antes que eu pudesse retirar a fralda suja. Peguei-o no bolso da minha calça e vi o nome de Noah piscando na tela.

- Oi, Noah. - falei ao atender.

- O que está fazendo? - perguntou e ouvi algumas vozes atrás dele.

- Estou prestes a trocar a fralda de Amy. - apoiei o telefone entre a orelha e o ombro.

Minha mãe me mataria se desconfiasse que eu estava trocando a criança enquanto falava ao telefone, segundo ela, Amy podia se virar e cair e eu não teria reflexo rápido o suficiente para pegá-la.

- Uh, boa sorte. - riu.

- Não, está tudo bem. - falei. - Está consistente e a coloração está normal.

- Isso é nojento, Alice. - podia imaginá-lo fazendo careta. - Eu estou vendo isso, gatinha! Não roube a massa do biscoito.

- O que estão fazendo ai? - eu já estava vestindo Amy novamente e joguei a fralda cheia fora.

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