22- Revelação

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Dan

Eu estava ali, naquele escritório, tentando entender o que estava acontecendo, ou na verdade eu só não queria acreditar no que eu estava vendo.

— O que você está fazendo aqui? - pergunto mais uma vez, sem entender muita coisa, claro! Parecia ser tudo uma brincadeira de muito mal gosto.

— Bom te ver também, sobrinha. Não recebeu a mensagem que mandei? - o Gael pergunta calmamente, se levantando da cadeira, o que fez o Martin sacar a sua arma e apontar a mesma para o Gael.

— Eu não sei se faria isso se eu fosse você... ainda mais se quiser o velho vivo. - Gael diz se referindo ao abuelo, o que fez Martin baixar a arma.

— ONDE ESTÁ MEU ABUELO? Se você tiver feito algo com ele, EU JURO QUE... - tento conter a minha raiva.

— O QUE? o que você pretende fazer? me matar? - Gael da uma gargalhada. — me poupe! - eu apenas olho para ele com um sentimento de impotência que me surgia.

Escutamos a porta se abrir, uma mulher bem elegante entra na sala com duas taças de vinho na mão, sua roupa combinava perfidamente com o seu cabelo ruivo, sua aparência era bastante famíliar. Tentei procurar na memória de onde eu a conhecia.

— Olá Dandara! - ela diz sorrindo deixando as taças na mesa e ficando ao lado do Gael.

— Helena. - digo finalmente lembrando quem ela era.

Demorei para lembrar de onde eu a conhecia, mas logo percebi que ela foi a última mulher que vi com o meu tio, o que era estranho, pois as mulheres que ele ficava não duravam muito com ele, era sempre algo esperado nos relacionamentos que ele tinha.

— Vejo que lembra da Helena. - Gael diz a puxando pela cintura. —Bom, eu te chamei aqui pois quero algo de você. Algo que eu não consegui do velho.

— Então me fala, vai! Me fala então! Afinal, o que você quer? . - pergunto impaciente e o encarando feio.

— Quero que você encontre o testamento, com ele eu posso ter a certeza de que todo o império dos Santos será meu, por direito, claro. - Gael diz sentando novamente na cadeira. — Se você encontrar o testamento, eu posso pensar em deixar o velho viver.

— Como você acha que eu vou encontrar algo, que NEM VOCÊ sabe onde está? - pergunto.

— Não sei, eu pensei que se você tivesse uma motivação, no caso o seu abuelo, você conseguiria achar. - Gael diz inclinando o seu corpo para frente e apoiando seus cotovelos na mesa, ele me olhava profundamente.

— Como você pôde fazer algo assim? Ainda mais com o seu pai. - dou um passo à frente e digo com todo o ódio que eu estava, o que eu mais sentia vontade de fazer era atirar nele, apagar ele de vez, mas eu não poderia fazer isso.. não se eu quisesse o abuelo vivo.

— Pai é uma palavra muito forte, você não acha? É ainda mais forte quando se trata do Lis. Talvez ele tenha sido pai para vocês. Você não sabe nada sobre ele, garotinha tola! Ele diz sério.— Bom, foi muita conversa por hoje, já podem ir embora. - Gael diz assim que aparecem dois homens grandes e mal encarados na porta. — Leve-os daqui.  - ele sorri como um vencedor. — Ah! claro! Me mantenha informado caso achem alguma coisa, o tempo tá passando sobrinha, tic tac. - Gael diz olhando para um relógio que ficava em uma parece de frente a saida do escritório.

— Aê, não me empurra! - Martin diz assim que nos colocaram para fora da casa.

Saí da casa visivelmente abalada, ver que o meu tio fez isso com o meu avô, o seu próprio pai... um louco frio, não tem descrição melhor.

Tão perigosa quanto você (Oscar Diaz)Onde histórias criam vida. Descubra agora