O retorno do guerreiro

7 2 0
                                    


— Eu fui examinar ela, porem seu vestido na parte de trás estava rasgado, foi aí que eu vi — disse Karen.

— É a mesma de Aygon — murmurou Arthur.

— Bom a primeira vez que vi foi mais impactante — disse Karen.

Arthur soltou um leve riso.

— Termine de examina-la — disse o jovem, virando-se novamente para a parede. Não levou muito tempo até Karen dizer a ele que a princesa estava apenas com alguns hematomas e arranhões superficiais.

Logo após Cris entrou pela porta trazendo várias das plantas que Arthur havia pedido.

— Foi bem fácil de acha-las — disse ele ao entrega-las para Arthur.

— Muito obrigado, com isso vai evitar que esses ferimentos inflamem, porém preciso estancar o sangramento.

— E como você fara isso? — questionou Karen.

— Bom, digamos que vou precisar de uma espada e de um pouco de fogo...

— Temos problemas — exclamou Danjou ao entrar na velha cabana desesperado — Tem um homem se aproximando com uma carroça.

— Droga, vamos sair daqui agora — Danjo me ajude a levar o general, Cris e Karen levem a princesa — falou Arthur frenético.

— Calma, pode ser o Jason que está chegando — disse Karen que logo em seguida saiu da cabana.

Arthur seguiu os movimentos de Karen e do lado de fora de seus abrigos, ele a observava caminhando tranquilamente até o homem que se aproximava com uma carroça enquanto o sol começava a se por.

— Espere Karen, quem seria Jason? — Questionou o jovem.

— Então... — disse Jason ao ver Karen em sua frente — demorei muito? - completou o homem.

— Pra fala a verdade sim — respondeu Karen — por onde o senhor andou?

Arthur observava de longe os dois conversando e sentiu um leve desconforto em seu peito.

— Depois de derrotar aqueles guardas, peguei um cavalo de um deles e atrai todos para o sul, logo após despista-los peguei essa carroça emprestada de um mercador que passava pela estrada.

— Muito bom, pelo visto você conseguiu um tempo para a gente — falou Karen.

— Então esse é o Famoso Jason – interrompeu Arthur chegando ao lado de Karen.

— Sim Arthur, esse é Jason o homem que me ajudou a encontrar vocês — explicou a jovem — E ele também era um dos mercenários amigo de Aygon que ficou um bom tempo com a gente na aldeia.

Jason durante a apresentação desceu de seu cavalo em silencio e o amarrou em uma pequena arvore com tronco fino que estava próximo a ele.

— Muito prazer Jason — disse Arthur o encarando.

O Encontro foi interrompido por constantes gritos vindos de dentro da cabana, fazendo com que os três corressem para lá, ao abrirem a porta se depararam com Aurora acordada, enquanto tentava se soltar dos braços de Danjo que a segurava na tentativa de acalma-la.

— QUEM SÃO VOCÊS, O QUE FIZERAM COM O GENERAL — gritava aurora se mexendo compulsivamente. 

- Se acalme, somos todos amigos de Aygon, te trouxemos aqui para te ajudar — explicou Arthur em um tom baixo, enquanto se aproximava lentamente.

— Aygon? — Onde eles está? — disse a princesa se acalmando.

— Eu ia fazer essa mesma pergunta — murmurou Jason para Karen, com um olhar de poucos amigos.

— A gente vai até ele, mas antes disso precisamos tratar dos ferimentos do general –— falava Arthur — Danjo pode solta-la, acredito que ela já se acalmou.

Ao larga-la a princesa ficou em silencio por alguns segundos enquanto observava os rostos de cada um com cautela.

— Margarete é você? — disse Cris do canto do cômodo, enquanto começava a se aproximar.

— Cris... — respondeu Aurora.

— Eu sabia que era você, quando te vi naquele palco não me importei com marca ou qualquer coisa do tipo, apenas sabia que devia te tirar dali.

— Palco... murmurou Aurora sendo invadida por lembranças — meu pai está... - se agachou no chão, levou suas mãos até sua boca e começou a chorar em silêncio.

— Droga olha o que você fez — disse Arthur furioso olhando para Cris.

— Sinto muito eu não queria...

Danjo pouco interessado se retirou da cabana.

— Mas que droga de barulheira é essa aí — disse Beric ao abrir os olhos.

— GENERAL — falou Aurora com a voz elevada, enxugando as lagrimas com as mãos e correndo em direção a ele e dando um sutil abraço.

— Sinto muito, não consegui salvar seu pai — murmurou Beric.

— Você não podia fazer nada ali, e nós dois sabemos quem são os culpados — disse a princesa.

— E o que você quer fazer agora? — questionou Beric.

— Eu quero vingar a morte do meu pai, quero fazer aquele bispo e minha maldita madrasta pagarem pelo que fizeram, quero ver eles sofrerem, a morte vai ser pouco para aqueles dois — exclamou com firmeza aurora.

Tal resposta surpreendeu todos ali presente.

— Bom desculpe interromper, mas tenho que terminar os tratamentos em Beric, tenho que fechar esse ferimento aí, então todos pra fora — disse Arthur.

— Depois continuamos nossa conversa princesa — disse Beric.

Seguindo o pedido de Arthur, um por um foram se retirando da cabana e o aguardavam do lado de fora.

— Ei, vou precisar de sua ajuda — disse Arthur no momento em que Jason saia.

— Em que minha ajuda seria útil?

— Preciso que você coloque sua espada no fogo por um bom tempo, vamos usar ela para fechar esse ferimento.

— Tudo bem, vou fazer uma fogueira — respondeu Jason se retirando da cabana, deixando apenas Arthur e Beric.

— Agora estamos a sós, gostaria de saber o motivo de ordenar que Aygon fosse para Naok — falou Arthur.



Se gostaram da leitura, por favor, votem e comentem ❤

Regressão: A quebra do espelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora