CAPÍTULO QUARENTA E SETE

11.3K 1.3K 589
                                    

— Como foi a conversa com seus pais? — Ryujin cai na minha cama, com um bacia de pipoca recém feita

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Como foi a conversa com seus pais? — Ryujin cai na minha cama, com um bacia de pipoca recém feita.

Peguei um punhado. — Foi melhor do que eu achei que poderia ser. — enfiei tudo na boca, abrindo o aplicativo da netflix no notebook.

— Você acha que eles vão entender isso? — pergunta, colocando uma boa quantidade de pipoca na boca.

— Talvez. — dou de ombros, seleciono o filme que escolhemos — Eles vão embora amanhã pela tarde, meu pai disse que passará aqui antes de voltar para a América.

Ryujin e eu resolvemos assistir algum filme, já que o toque de recolher já havia sido batido. Não vi Jennie mais hoje, o que me preocupou um pouco. Comentei com ela mais cedo sobre encontrar meus pais e a percebi meio sem graça.

Não quero que Jennie pense que ela me influenciou em algo porque isso definitivamente não aconteceu, eu sei muito bem diferenciar o que sinto e sei muito bem o que sinto por ela. Não é algo que eu ache que vai passar de uma hora para outra.

— Vai ficar tudo bem, pok.

— Pok? — a encarei, soltando uma risada — Que belo apelido, hein.

Ryujin balançou os ombros. — Terá que se contentar com isso, sua pok. — deitou a cabeça no meu ombro, enquanto observávamos o filme começar — Eu nem sei muito o que dizer sobre isso, é apenas eu e minha mãe, então quando eu me assumi pra ela, tive seu apoio. — explicou — Meu pai morreu quando eu era bem nova, então basicamente só restou minha mãe e eu.

— Ela ficou apreensiva quando você contou?

— Ela apenas disse “eu já imaginava isso, filha”, me deu um abraço e disse que estaria ao meu lado. — pegou mais um punhado de pipoca — Minha mãe diz que puxei o espírito louco do meu pai, se ele estivesse vivo, aí sim eu teria problemas.

Caímos na gargalhada juntas, mas por dentro, trilhões de sensações me atingiam. Imaginei como poderia estar a cabeça dos meus pais após processarem tudo isso, mas eu prometi à eu mesma que não me culparia de nada.

Se isso aconteceu, era porque precisava acontecer.

[ • • • ]

No dia seguinte, fiquei ansiosa para ver Jennie e contar sobre a conversa com meus pais, mas ela não apareceu no refeitório para o café. Senti uma estranha sensação de que ela poderia estar fugindo de mim.

A senhorita Müller me avisou que Hwasa disse que meus pais iriam passar aqui pelas cinco da tarde, então eu poderia ficar tranquila que minhas aulas não seriam comprometidas.

Esperei Jennie no corredor mas ela nunca veio. Comecei a estranhar tudo isso, seu sumiço repentino. A primeira aula iria começar, então resolvi passar no banheiro antes de ficar basicamente sentada por três horas em uma cadeira.

SCHOOL FOR GIRLSOnde histórias criam vida. Descubra agora