Impedidas

Capítulo 3

Depois de se despedir dos pais, Rebecca foi correndo para a escola antes que o onibus do acampamento saísse. Nunca tinha se atrasado antes.

Chegando lá todos os lugares já estavam pcuoados, exceto um, sua amiga, Manu, guardou para ela.

- O que houve? Porque se atrasou? Você nunca se atrasa!

- Calma, Manu. Estou aqui né. Então relaxa. - disse Rebecca, tentando fazer a amiga parar de tagarelar.

- Olha aquela menina estranha ali. Aff esses alunos da tarde.

A tal menina, chamou a atenção em Rebecca. Ela não entendeu porque, mas não parava de olha-la.

- Que lugar lindo!! Olha Becky!!! Tem uma lagoa. E tem cavalos.. Que máximo.

E assim, com sua melhor amiga falando o tempo todo, chegaram ao lugar onde seria o acampamento. Onde duas vidas estavam prestes a mudar.

A diretora mandou todos se reunirem no refeitório antes de explorarem local.

- Já foram escolhidos os quartos onde cada um ficará. E não quero reclamações.- disse enquanto Distribuía um papel com o numero dos quartos, e em cada quarto dois alunos do mesmo sexo.

Foram ouvidas varias reclamações. Manu, ficaria com a menina mais metida e esnobe da escola. E Rebecca...

- Quem é Geovanna? - ela falou em voz alta, para ver se a garota aparecia. Mas nada.

- Ela deve não ter vindo. Quem dera se eu tivesse essa sorte - lamentou-se Manu.

Quando desfazia as malas no quarto, Rebecca deparou-se com a garota estranha que Manu tinha mencionado no ônibus.

- Oi, eu sou Geovanna. - disse com um sorriso sarcástico no rosto.

Rebecca logo ficou de pé.

- Olá, meu nome é Rebecca - e estendeu a mão para cumprimentar.

Geovanna a encarou.

- Serio isso? - e começou a tirar as roupas de dentro da mochila.

- Você é do turno da tarde? - perguntou Rebecca, querendo puxar assunto.

- Sim, sou uma pervertida. Assim que vocês falam do turno da tarde, certo?

- Não! Não foi isso que eu quis dizer. É só que...- rebecca quis se explicar, mas viu que seria inútil. E continuou a desfazer suas malas também.

Às 7, hora que foi avisado que seria o jantar, Rebecca estava pronta pra sair. E perguntou se Geovanna não iria.

- Estou sem fome.- disse colocando os fones.

-Ai, não vou suportar aquela garota no mesmo quarto que eu.  - falava Manu.

- Geovanna...

- Han? Quem é Geovanna?

- A garota que vimos no ônibus. Ela esta no mesmo quarto que eu.

- Aquela esquisita? E eu achando que eu estava com uma má companhia.

Rebecca comeu rápido. Tinha uma desconfortável vontade de voltar para o quarto.

Quando chegou lá não tinha ninguém, então simplesmente arrumou sua cama e deitou-se. Caindo logo no sono.

No dia seguinte, todos acordaram as 6. Com a diretora gritando no auto falante. Rebecca olhou para o lado, e viu que Geovanna dormia num sono pesado.

- Ei, acorda! A diretora quer todos no refeitório as 6:30.

- Eu. Não. Acredito. Nisso. - vociferou Geovanna, ainda com voz e rosto de sono.- você esta me acordando 6 hrs da madrugada?

- Para sua informação, são 6:05 da MANHÃ. E se não estivermos todos no refeitório nem sei o que a diretora é capaz de fazer com você.

Enquanto Rebecca se arrumava e penteava os cabelo, geovanna pós um moletom, e uma calça jeans.

Rebecca reparou como aquela simples roupa a deixava linda. Achou estranho aquele pensamento e logo o tirou da cabeça.

Depois de todos tomarem seu café da manhã, foram para as atividades que normalmente se desenvolvem em um acampamento. E assim foi o decorrer dos próximos 4 dias.

- Porque você some toda noite?- Rebecca se arriscou a perguntar para Geovanna.

-Gosto de ficar sozinha. E a lagoa aqui, é ótima para nadar pelada.

Rebecca riu. E depois de alguns segundos viu que não estava brincando.

- Nunca tentou fazer nada do tipo?

- Nadar pelada?

-Não, ficar sozinha. Pensar nos problemas que a vida nos dá para aprendermos a solucionar.

- Raramente tenho problemas.

- Jura? Nada nunca te deu um motivo pra querer pensar sobre aquilo? Sobre porque estaria acontecendo?

Aquelas palavras mexeram um pouco com Rebecca. Mas ela não demonstrou.

-Topa ir comigo?

-Oi?

-É, ir ate a lagoa. Não precisa nadar se quiser. Ou não precisa ficar pelada.

Elas riram. E foram para a lagoa.

Chegando lá as duas ficaram em silencio. Depois de uns minutos, Geovanna começou a tirar a roupa.

- Está muito frio. Vai entrar nessa agua gelada, sem roupa?

-E daí? O que não mata engorda.- e se jogou.

Rebecca admirou seu belo corpo nu. Mas como sempre tentou tirar esses pensamentos da cabeça. Mas depois pensou melhor: eu estou aqui para pe sar nas coisas, em porque elas estão acontecendo. Então porque essas coisas estão acontecendo comigo? Porque isso não sai da minha cabeça?

- Você não vai nadar mesmo?- Rebecca deu pulo de susto.- ah, desculpa. Estava pensando nos porquês?

-An? Ah, nao, estava só admirando a lagoa. Então, é... Acho q vou entrar sim. Se você conseguiu sair viva, achl que também posso.- disse ela, e começou a tirar a roupa.

-Belo corpo você tem. - disse Geovanna.

-Você tambem - rebecca respondeu automaticamente. Fica do vermelha depois.

E se jogou. Com Geovanna indo logo atrás.

- Uau, ta muito gelada!- exclamou Rebecca.

- E que graça teria se estivesse na temperatura ideal? - elas riram.

E Geovanna percebeu o quanto adorava a risada da Rebecca.

Alguns minutos depois, as duas já estavam de volta no quarto.

- E aí? Você pensou em que lá?- rebecca perguntou a Geovanna.

- Nas coisas que tenho sentido ultimamente. Se é certo.

- Como assim?

- Eu também não sei. Por isso vou lá. Pra procurar uma resposta.- silêncio - e você?

-Acho Que na mesma coisa.