Houve uma forte dedicação aos estudos tanto na faculdade quanto no trabalho.
Pode ser que tenha ocorrido uma sobrecarga "burnout" de atividade intelectual, misturando a cobrança por resultados e a necessidade de mostras esses resultados.
Isso pode ter levado a uma sensação de nojo. Pois durante muito tempo sinto fraqueza ao me direcionar a isso. Como se tivesse comido todo o doce e agora estou enjoado, ou como dizem as pessoas que lêem, uma ressaca acadêmica.
2020 foi um ano de pausa, apesar da pós que iniciei. Comecei porque queria fazer alguma coisa, mas parece que foi um impulso que me levou até lá, eu não queria de verdade.A pós foi uma imposição da minha mente para que não parasse de estudar, mas acho que foi a coisa mais insana que fiz, tanto que abandonei e ainda não tenho ânimo para voltar a fazer.
Deveria ter parado sabe, ter me dedicado ao meu corpo, meu bem estar e meu cérebro. Coisas que estou fazendo agora.
Existe uma grande possibilidade de nos esgotarmos de tanto tentar fazer as coisas. Se você insiste num relacionamento que não vai a lugar nenhum, se insiste num jogo, numa comida, numa dieta, essas coisas vão minando sua mente até você se esgotar delas e criar aversão.
Talvez seja isso que sinto agora, aversão ao estudo. Uma dificuldade inexplicável que me derrota toda vez que abro o livro.
Graças a insistência em fazer essas coisas que não quero fazer acabei sendo levado a fadiga e a um desespero por não fazer o que deveria fazer. Tem dias que é mais difícil, pensar que posso me divertir, na verdade que deveria me divertir.
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Como foram Os Últimos Anos
Non-Fictionrelato autobiográfico com questionamentos acerca da vida.