Capítulo Um

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A Fênix Azul
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Capítulo Um
A grande chegada
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Anne abriu lentamente os olhos tentando manter os mesmos abertos diante ao raio de sol que entrava pela pequena abertura que havia em sua janela, olhou ao redor e pegou seu celular ao seu lado na escrivaninha, ao acender a tela viu três chamadas perdidas de sua mãe, deu um suspiro lendo as mensagens deixada pela mesma, Anne fora acordada da pior maneira possível. Após se levantar Anne se arrumou para escola com a melhor disposição que ela conseguia, colocou uma calça e uma blusa que achou em seu guarda-roupa, sentia uma terrível dor de cabeça mas sempre mantinha um sorriso no rosto, assim como sua mãe havia lhe ensinado. Segundo sua mãe, um sorriso no rosto mesmo nas turbulências é sinal de que você sabe que tudo vai ficar bem, sempre ficava. Anne lavou seu rosto com água gelada e saiu de casa rumo a escola, a rua estava vazia como ela nunca tinha visto em sua antiga cidade, de vez em quando via um cachorro ou um carro passando pela estrada mas nada fora do comum.

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Anne havia entrado na escola despercebida, tinha pessoas falando alto pelo corredor e vozes conhecidas, leu em uma placa na porta escrito "Diretoria", entrou na sala sentindo o lugar gelado pelo ar condicionado na temperatura mínima, aquele frio era confortável para a menina.

- Posso lhe ajudar? - uma voz feminina disse

- Oi, eu sou nova aqui, esse é o meu primeiro dia, apenas me falaram para eu vir pegar o meu horário. - Anne disse gentilmente dando um sorriso lateral para a moça

-Pode me informar seu nome completo? - a moça pediu a Anne

- Anne Jacob Campbell - A moça a frente da Campbell assentiu enquanto digitava algo em seu computador - Aqui seus horários senhorita Campbell.

- Obrigado senhora Rogers - Anne leu no crachá da moça

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Anne saiu da diretora e o sinal ecoou em seu ouvido, o barulho frenético de "pin" estava incomodando a mesma, Anne leu seus horários no papel e foi em rumo a sala 105 A para a aula de literatura, nervosa ela entrou na sala e a porta fez um barulho estrondoso voltando a atenção da sala para Anne, coisa que ela não queria.

- Pois não? qual seu nome senhorita? - Um moço perguntou a ela que supôs que fosse o professor

- Olá, sou Anne, me mudei faz pouco tempo - Anne sorriu

- Anne, Anne, Anne, hm, achei, Anne Jacob Campbell? - o professor falava enquanto andava até a mesa lendo a chamada de alunos

- Exato. - Anne quase sussurrou

- Sente-se ao lado do Arthur, Anne - O professor falou e um garoto de pele pálida acenou para Anne.

Anne caminhou rapidamente para o lado de Arthur e se sentou sendo observada pelo mesmo.

- Oi, saiba que vai ser a aula mais chata da sua vida - o menino comentou

- Acho impossível, amo literatura, me acalma - Anne sibilou se concentrando no quadro a sua frente

"Todo mundo deveria ser aplaudido de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo."

- R. J. Palacio, Extraordinário

"Não tenha pena dos mortos, tenha pena dos vivos e, acima de tudo, daqueles que vivem sem amor."

- J. K. Rowling, Harry Potter e as Relíquias da Morte

"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz."

- Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe

"Nós aceitamos o amor que achamos que merecemos."
-

Stephen Chbosky, As vantagens de ser invisível

"Um grande amor vale anos de espera."

- Nora Roberts, Bem Casados

Eram algumas das frases escritas no quadro, Anne observava o poder literário, o poder de sentir cada palavra entrando no seu ouvido como se estivesse sendo sussurrada, era como se ela soubesse que algumas das palavras descritas ali, eram para ela. Anne prestava atenção a cada frase naquele quadro, sentia verdade em cada frase, a angustia de cada autor, o sentimento de cada um, a frieza em alguns e o coração partido da maioria. Anne queria ser escritora mais do que tudo em sua vida, literatura ajudava a mesma a se encaixar em um padrão de escrita a ser aceito, cada palavra que ela colocava em um papel tinha espaço em sua vida, desde a primeira poesia até a última frase.

"Passam os dias, horas e noites, as vezes nem vejo o que se passou. É como se por estes instantes estivesse em outro Mundo. As vezes caminhando sozinho, onde você não consegue ver mais ninguém, está sozinho, a sociedade resolveu se acolher mais cedo...Enquanto o Brilho das estrelas ainda nos encantam, apesar de solidão ainda tudo fica bonito, porque com uma beleza dessas que vem dos céus, não temos nem que dizer..."

Foi a frase que Anne mais amou escrever, colocou seus sentimentos em cada frase ali, tudo oque ardia em seu peito, oque levava seus pensamentos à outro lugar, oque ocupava sua cabeça nas piores horas.

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O sinal tocou fazendo Anne despertar de seu transe literário, olhou para Arthur e deu um sorriso.

- Eu disse que seria chato. - Arthur sibilou

- Chato? Eu amei, pare com isso, foi bem legal - Anne falou entusiasmada

- Esquece, estou com fome, vamos pra cantina? - Arthur perguntou pegando sua mochila e a colocando em apenas um ombro

- Vamos, preciso comer - Anne disse enquanto caminhava

Ambos andavam Freneticamente até a cantina para dar tempo de achar um bom lugar, as mesas eram naquele estilo típico clichê de filme, Anne e Arthur assim que chegaram a Cantina pegaram os lanches e se sentaram na mesa mais próxima perto de uma lixeira, Anne mastigou sua maçã enquanto Arthur comia seu sanduíche de Atum e Pasta de amendoim. Algumas comidas eram estranhas mas a maioria dali gostava. Anne observava o lugar como se fosse algo único para se ver, observava cada poster na parede, cada pessoa se candidatando a presidência estudantil, as vezes Anne teve vontade de se candidatar só para mudar algumas coisas e ter inclusão naquele meio de adolescentes. Anne queria novos livros na biblioteca, novas carteiras nas salas de aula, novos computadores na sala de informática e tudo mais, queria a diferença para que todos tivessem um bom ano letivo, pois Anne sabia o quanto é cansativo tudo isso, ela só queria mudanças.

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⏰ Última atualização: Sep 28, 2022 ⏰

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