20°

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Quem é Samantha? Por que a Fernanda culpa o Metralha pela morte dela? Por que o Metralha não revidou as agressões? É pecado eu ficar curiosa para saber? Claro que não!

Eu: Alicia meu anjinho, você pode me falar quem é Samantha?- pergunto curiosa e ela me olha meio assim
Alicia: isso é assunto do Metralha Lê, pergunta para ele, não cabe a mim te falar isso- fala e eu confirmo com a cabeça
Eu: obrigada nega- falo e ela sorri de lado saindo plenissima
Metralha: bom dia- fala entrando na cozinha só de samba canção
Eu: bom dia, não vai trabalhar hoje não?- pergunto e ele nega com a cabeça
Metralha: tenho que resolver uns bagulhos aqui em casa hoje- faka e eu confirmo com a cabeça
Eu: Metralha- chamo e ele me olha atento- posso te fazer uma pergunta meio pessoal?- pergunto e ele confirma com a cabeça
Metralha: manda a bomba- fala e eu sorrio me sentando numa banqueta do balcão
Eu: quem é Samantha?- pergunto e ele enrijece na mesma hora
Metralha: depois a gente fala disso- fala e sai da cozinha na mesma hora.

Dou de ombros e começo a arrumar as coisas na cozinha, depois de um tempo eu só vejo o Metralha saindo de casa todo arrumado e fico confusa, tá né?! Acho que eu cotuquei a ferida na hora errada, tô te falando, só faço as coisas na hora errada, aí quem se lasca no final? Euzinha aqui, o meu pai viu?!

[...]

Eu: será que alguém explica a nossa relação, um caso indefinido, mas rola paixão, adoro esse perigo, mexe demais comigo, mas não te tenho em minhas mãos, se você quiser, podemos ser um caso indefinido, ou nada mais, apenas bons amigos, namorar, casar, ter filhos, passar a vida inteira juntos, e vai saber se um dia seremos nós, nenhum beijo pra calar nossa voz, um minuto, uma hora, não importa o tempo, se estamos sós, se você quiser, a gente casa ou namora, a gente fica ou enrola, o que eu mais quero é que você me queira, se você quiser, a gente casa ou namora, a gente fica ou enrola, o que eu mais quero é que você me queira, por um momento ou pra vida inteira, vai saber se um dia seremos nós, nenhum beijo pra calar nossa voz, um minuto, uma hora, não importa o tempo, se você quiser a gente casa ou namora, a gente fica ou enrola, o que eu mais quero é que você me queira, se você quiser,  gente casa ou namora, a gente fica ou enrola, o que eu mais quero é que você me queira, se você quiser, a gente casa ou namora, a gente fica ou enrola, o que eu mais quero é que você me queira, me queira, se você quiser, a gente casa ou namora, a gente fica ou enrola, o que eu mais quero é que você me queira, por um momento- canto quietinha na varanda do quarto, tenho nada para fazer nessa casa.
Metralha: tu ta aí fazendo o que?- pergunta sentando do meu lado no chão mesmo
Eu: olhando a favela- falo deitando a minha cabeça no ombro dele
Metralha: tu quer mesmo saber quem era a Samantha?- pergunta e eu confirmo com a cabeça
Eu: se não for te deixa mal falar sobre isso- fala e ele da de ombros
Metralha: eu tinha uma irmã mais velha, a Samantha, éramos feito unha e carne, ninguém separava por nada, ela casou com um bêbado da favela, a bicha apanhava mas não me deixava fazer nada para ajudar ela, aí ela descobriu que estava grávida, ela estava quase parindo quando o marido dela chegou bêbado e matou ela, depois daquele dia eu matei o desgraçado e a família dele e me tornei o que sou hoje- fala e eu o abraço, ato esse que assusta o Metralha
Eu: e o bebê?- pergunto curiosa
Metralha: Valentina, nasceu uma criança saudável, mora lá com os meus pais, trato a guria como filha, mandei ela para morar com os meus pais não tem muito tempo, levei ela para lá com a promessa de quando eu tiver meu herdeiro eu trago ela de volta para casa- fala e eu sorrio
Eu: tem foto dela?- pergunto curiosa e ele confirma com a cabeça pegando a carteira e me mostra uma foto dele com a menina no colo
Metralha: é a minha princesa, eu tudo por essa garota, se ela me pedir o mundo eu dou para ela- fala e eu sorrio achando fofo
Eu: quem diria que o Metralha tem um homem com sentimentos por trás de tudo isso- falo e ele ri
Metralha: tudo isso o que?- pergunta e eu dou de ombros
Eu: tu é de dar medo Metralha, namoral mesmo- falo e ele ri
Metralha: mas é para dar medo mesmo- fala e me puxa para sentar entre as pernas dele no chão- e tu pode me chamar de Felipe que eu deixo- fala e eu sorrio
Eu: ainda não acredito que teu nome é Felipe- falo e ele da risada
Metralha: achou que era o que? Lúcifer? Oh, me chamo Felipe pô- fala e eu dou risada- nome de playboy do caralho, tanto nome melhorzinho para colocar e esse povo coloca logo Felipe- fala e eu dou risada
Eu: eu gosto de Felipe, tu não gosta não?- pergunto me virando para olhar para ele
Metralha: se tu gosta eu gosto também pô, tu falou eu tô assinando em baixo- fala e eu dou risada
Eu: até parece- falo e ele da risada
Metralha: oxe, tu falar um bagulho, me dá um beijo e me prometer uma foda daquelas, eu faço qualquer coisa- fala e eu dou risada
Eu: me engana que eu gosto- falo e ele da risada alto
Metralha: me dá um beijo que eu te digo se eu esperava ou não- fala e eu dou risada.

Ele que não é bobo nem nada só abaixou um pouco a cabeça e me roubo um beijo, mas aquele beijo, meu pai do céu, me segura aqui que a sua filha está prestes a derreter todinha aqui.

Meu Glorioso PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora