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  O casamento foi rápido, em duas horas, Otelo e Cress já haviam assumido seu amor um pelo outro, e agora eram um do outro. Fletcher estava ao lado da porta, quando sente a presença de alguém atrás de si.
- Eles estavam tão lindos, né? - dizia uma voz suave e melódica - Fico feliz por eles - completou a voz. Ao olhar para trás, vê aquela que estava mais linda do que qualquer nobre do reino de Hominum, Sylva.
  Antes que Fletcher pudesse dizer algo, Otelo e Cress chegam radiantes até onde Fletcher e Sylva estavam.
- Fletcher, muito obrigado por tudo o que fez por nós hoje e sempre - Otelo dizia enquanto abraçava seu melhor amigo.
- Eu amei muito a decoração, sério, ficou perfeita. Obrigada Sylva, e obrigada Fletcher - Cress dizia enquanto tentava secar uma lágrima que brotava no canto do seu olho - Pena que não poderemos ficar, vamos até o Bairro Anão. Vemos vocês daqui a uma semana! - e com isso, eles partiram, deixando Fletcher e Sylva sorrindo ao verem os amigos indo embora, recém casados. Fletcher não notou quando Sylva olhou diretamente para ele fazendo novamente, com que as pontas das suas orelhas ficassem vermelhas e suas bochechas ficassem coradas, conforme admirava o rosto sorridente de Fletcher.
  Para evitar que Fletcher visse, ela se virou e o puxou consigo.
- Vem, vamos dar uma volta por aqui - disse Sylva apontando para a praça da cidade. Ela novamente se enlaçava nos braços de Fletcher, fazendo-o caminhar ao seu lado, como se fossem nobres de Corcillum.
  Eles deram uma volta pela cidade, com Fletcher mostrando onde ficava cada coisa e o que se fazia em cada casa do lugar. Sylva ficou admirada com a tranquilidade que Fletcher descrevia Raleightown para ela. E o admirava ainda mais. Por fim, Fletcher parou em um lugar, e cravou os olhos numa placa.
  Era a estátua da cidade. 
  A placa continha os nomes de todos os que morreram na batalha contra os goblins de Khan.
- São nomes demais - disse o rapaz, não mais que um sussurro - Sir Caulder... Rotterham... - Sylva notou uma lágrima no rosto de Fletcher, e sentiu que ele precisava de consolo, por isso, simplesmente entrou na frente da placa, e o abraçou, enlaçando o corpo de Fletcher com seus braços, enquanto o rapaz se permitia chorar.
- Vamos.. - sussurrou ela para o jovem nobre - Você precisa de algo bom para se reanimar.. venha comigo - sua voz era suave, e ela apontava com a cabeça para a praça onde se via flores e alguns bancos.
- Sim, você está certa - disse Fletcher simplesmente. Não havia mais nada a dizer.

Conjurador: A Família RaleighOnde histórias criam vida. Descubra agora