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— A N T E S —
A floresta de Konoha havia virado um maldito campo de guerra para Tsukino enquanto ela avançava cada vez mais fundo e longe da parte urbana da vila. Ela odiava admitir mas Danzō havia sido esperto, haviam ninjas de elite a cada cinco metros escoltando a área para que ninguém atrapalhasse a formação e por causa disso a Namikaze acabou deixando um rastro de sangue pelo caminho que ela traçava.
Já era madrugada quando começou a chover fogo, e apesar das pessoas no festival terem visto isso como apenas mais um show de comemoração, Tsukino sabia da origem dessas chamas e precisava chegar lá antes que fosse tarde demais.
Era muita coisa para sua cabeça.
Controlando clones que precisavam pensar diferente dos dois lados da vila, a ninja lidava com Kira chorando em seus braços depois de ter destruído aquele cômodo inteiro em sua casa; ao mesmo tempo que precisava seguir o núcleo de onde o incêndio se espalhava por sabia que ali estaria Arisa.
Meia parte que restava dela já estava destruída, o começo do que Tsukino se propôs a fazer já tinha dado errado e por incrível que pareça, naquela noite ela ainda desmoronar mais ainda.
A cada passo que ela dava em direção ao centro do incêndio, Tsukino via mais corpos estirados no chão... Alguns carbonizados, outros apenas mortos... E aqueles não haviam sido obra dela, pelo menos alguma esperava de que a garota havia lutado e estava viva.
Uma corrente de ar violenta corria por aquela ala da floresta, as vezes era difícil passar.
Os dois últimos corpos que ela ultrapassou ainda nem tinham caído no chão quando a ninja finalmente chegou ali.
Suas botas derraparam na grama, seu coração deu um salto e os olhos cristalinos arregalados se encheram de lágrimas rapidamente pela segunda vez naquela noite.
Ela tinha a impressão de que um terço da floresta havia sido incinerada, era como se houvesse uma cratera que ainda queimava em algumas partes em torno de Arisa que repousava adormecida, porém viva e enrolada em um manto vermelho nos braços de uma mulher elegantemente furiosa.
A mulher era alta, sua pele era marrom dourada, os cabelos eram longos e brancos, ela definitivamente tinha um corpo monumental e usava um vestido vermelho esvoaçante. Aquele manto provavelmente pertencia a ela.
O rosto abatido da moça não exibia lágrimas, estava apenas serenamente aliviado, havia compreensão em seus olhos.
Ela olhou para a mulher e simplesmente soube que as correntes de vento e os corpos não carbonizados eram inteiramente obra dela, principalmente ao notar o falcão de cauda vermelha sobrevoando em círculos o perímetro daquele desastre natural.
