Capítulo 20

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*Esta obra é uma adaptação autorizada

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*Esta obra é uma adaptação autorizada. Todos os créditos são da autora original @LouTommo-Styles.*

- Preparado? - o médico perguntou.
- Com certeza! - eu respondi na hora e o médico riu.
Já tinha se passado uma semana e era sexta de manhã, eu estava no consultório para saber se poderia, finalmente, parar de usar aquela tala horrível. Eu já tinha feito os exames e agora estava recebendo as últimas recomendações antes de poder ir embora.
Na próxima semana eu voltaria para o trabalho, Max estava tentando me convencer que eu não precisava trabalhar e que ficar em casa era muito mais legal. Eu apenas ria das tentativas dele, até chegava a ser fofo.
- Seus exames estão muito bons, você se recuperou muito bem de todas as lesões e não há sinal nenhum de possíveis infecções, que era um dos nossos medos - o médico elogiou.
- Tive dois ótimos enfermeiros - falei e Max e Lin sorriram orgulhosos.
- Você também está muito melhor do que eu esperava, parece feliz - o médico falou.
- É que o papai está apaixonado pelo papai Max - Lin, a minha filhote traidora "explicou" - Tia Cheerny disse que quando a gente ama, fica mais bonito. Olha como o papai Tuly é bonito! É porque ele ama muito o papai Max!
- Concordo com tudo o que você disse - o médico falou e na hora Max, que até então estava sorrindo, olhou sério para o médico, que correu se explicar - Eu quis dizer com a parte que quando a gente ama, fica mais bonito! Não, espere, eu...
- Doutor - eu o chamei e tenho certeza que ele respirou aliviado - então está tudo certo e eu posso ir para casa?
- Sim, com certeza. Só vou te passar remédios para caso ainda sinta alguma dor. Tente não pegar muito peso com o braço esquerdo e estou te indicando para um fisioterapeuta. Você vai fazer oito sessões, duas por semanas e está liberado, certo?
- Certo - eu sorri para ele. Logo nos despedimos e saímos de lá.
- Não gostei desse médico, muito engraçadinho - Max resmungou.
- Não seja bobo - eu falei - ele só estava tentando ser simpático.
- Demais até - ele murmurou e eu ri. Me inclinei e beijei sua bochecha, o fazendo sorrir.
- Mas papai, o papai Tuly é muito bonito mesmo - Lin disse - 0 médico não mentiu.
- Obrigado, mas porque estamos falando disso agora? - perguntei quando chegávamos no carro.
- Porque é verdade - ela insistiu - antes você não sorria e agora você sorri o tempo todo. Papai Maxiin disse que o seu sorriso é o mais lindo do mundo todo porque deixa seus olhos pequeninhos, assim - ela tentou imitar, o que foi muito fofo e me fez rir.
- Então o papai falou isso do meu sorriso?- Sim, váriaaaas vezes - ela concordou enquanto ele prendia ela no assento infantil do carro.
- Ok, já podemos ir - ele interrompeu nossa conversa, me fazendo rir ainda mais - Sem comentários!
Deixamos Lin na escola e fomos comprar o presente de Perth, a alfa de Saint, já que seu aniversário seria no dia seguinte.
Eu já tinha me esquecido completamente, foi Max que me lembrou. Ainda tínhamos que terminar de encomendar o que faltava para a festa de Lin.
Apesar de Ohm poder organizar tudo rapidamente, eu queria fazer isso eu mesmo. Seria a primeira festa da minha filhote.
Poder organizar e cuidar de cada detalhe, ainda mais com o Max junto, tornou tudo ainda mais especial. Certo que Krist também fez parte do processo, principalmente na hora de escolher os doces e o bolo.
Achei que a confeitaria não ia querer dar provas de doces para quatro pessoas (Max, Krist, Lin e eu), mas fizeram de bom grado e até mais do que precisávamos, o que resultou em até Ohm e Singto provando os doces.
A confeitaria também fez pacotes especiais e tratou a Lin com a maior atenção do mundo. E quando, já no final de tudo isso, Max me disse "gostei daqui, vamos fechar o contrato, tudo bem?", a cara de alívio e felicidade dos funcionários foi nítida.
A partir daí, eu também passei a ganhar a mesma atenção que a minha filhote. Eu sempre esqueço que Max é um Alfa Lúpus Puro conhecido em todo lugar.
Para os donos da confeitaria, ter Max Nattapol como cliente e um cliente satisfeito e feliz com o serviço, não é só questão de reconhecimento. É uma apólice de segurança.
Nós passamos um tempo andando em algumas lojas, eu não sabia o que comprar e a ideias do Max iam de uma arma nova até um CARRO novo!
- Falando nisso, nós precisamos comprar um carro para você - ele me falou.
- Maxiin, nós não vamos comprar um carro nem para mim e nem para Perth.
- Por quê?
- Por Zeus - eu revirei os olhos - Maxiin, carros são caros, a gente tem que pensar muito, pesquisar prós e contras, verificar as melhores opções e mais econômicas. Não dá para simplesmente entrar numa loja e comprar um.
- Dá sim, olha - ele pegou na minha mão e me puxou para dentro de uma concessionária.
- Max - eu o chamei em voz baixa. Oh Meu Zeus, ele não ia fazer aquilo, não é?
- Posso ajudar? - um vendedor correu para atende-lo.
- Sim, estou procurando um carro grande, confortável, seguro e... Que cor ele gosta mais? - Max perguntou para mim. O vendedor fazia anotações sem parar em uma prancheta.
- Eu não sei - respondi aturdido. Ele estava mesmo fazendo aquilo? - Eu posso ligar para o Saint.
- É, acho que é melhor - ele concordou - não queremos dar da cor errada, porque aí tem que mandar pintar e mudar os documentos. É um saco mexer com a papelada.
- Claro que é, burocracia é a pior parte, não é? - ele sorriu e concordou comigo, sem entender a ironia.
- Enquanto você liga para o Saint, vou verificar as opções e falar com o Ohm - ele me abraçou e me beijou, na frente de todo mundo - ele detesta quando compro algo de mais de quinhentas mil libras e não aviso ele.
- Certo... O QUE? - mas Max já tinha se afastado.
- Senhor Nattapol - um beta me chamou e demorei para entender que ele estava falando comigo - Você pode usar nossa sala restrita para clientes VIP.
- Ah, ok... Eu vou avisar o meu alfa. .. Eu... Só um minuto - quando acordei, eu não imaginava que tudo aquilo aconteceria! - Max, eu vou na sala dos clientes ligar para a Saint.
- Você quer dizer a sala VIP? - ele riu do meu constrangimento - Tudo bem Tuly, Krist quando vem aqui faz a festa lá, come tudo o que estiver a disposição e bebe quantas Coca-Colas ele puder.
- Quando vem aqui? Quantas vezes vocês vem aqui? - quando ele abriu a boca para responder, percebi que eu não precisava saber disso - Esquece que eu perguntei. Eu vou ligar para o Saint antes que você se empolgue e resolva comprar uma lancha ou um jet ski - ele parou ficou me olhando de um jeito pensativo - Max Nattapol, não se atreva!
- Ok - ele riu, levantando as mãos em sinal de paz.
Rumei para a tal sala, ela ficava atrás de uma parede espelhada, mas quando entrei percebi que o espelho era só na parte externa, por dentro era vidro que permitia enxergar boa parte da loja.
O lugar era confortável, grandes sofás de couro, mesas com lanches e doces variados, ar condicionado e wifi free. Peguei um chocolate, morrendo de vergonha, e liguei para a meu amigo.
-Tuly! - Saint atendeu feliz - Eu estava pensando que você tinha esquecido de amanhã.
- Foi quase - eu ri - mas Max me lembrou.
- Mal posso esperar para ver a cara dos convidados quando você chegar com o Max. Metade da lista de convidados é da polícia e o meu amigo chega acompanhado do Alfa mais perigoso do país! Vai ser a melhor festa de todas! - ele começou a rir. Eu não tinha pensado nisso! Oh meu Zeus!
- Saint, tudo bem se eu levar mais umas pessoas? São os irmãos do Max e o ômega deles - melhor prevenir e levar reforço. Seja para proteção ou para segurar o Max caso algo aconteça.
- Claro! Quanto mais gente melhor! Mas, me diz, como você e o Sr. Alfa Gostosão estão? Já deram uns amassos?
- Saint! Eu não vou falar sobre isso! - respondi e ele bufou - Ok, estamos muito bem e é só isso que vou te dizer.
- Que maldade Tuly! - eu ri da sua reclamação - Quero detalhes! Como é a pegada dele?
- Eu te liguei para falar de amanhã, qual é a cor favorita do Perth? - perguntei vendo o vendedor mostrando um carro para o Max.
- Recebi ligações assim o dia todo! -
ele riu.
- Eu duvido - murmurei.
-Perth gosta de roxo, vermelho e amarelo. Usa roupas tamanho M.Alfa, gosta de rock alternativo e jazz, gosta de ler romances de suspense e filmes de terror. Ah, ele também gosta de cozinhar nas horas vagas. Acho que ficou mais fácil comprar um presente, né?
- Sobre isso, ele gosta de dirigir?
- Hã? - Saint perguntou confusa - Gosta, mas o que isso tem a ver?
- Carros esportivos ou sedan?
- Esportivos. Tuly, do que você está falando? O que você... Ah, você vai comprar aqueles carros em miniaturas, né?
- Algo assim - Max estava assinando alguma coisa.
- Não precisa Tul, são muito caras. Mas seria um ótimo presente, perth adora carros.
- Que bom, porque, pelo jeito, é o que ele vai ganhar - eu sai da sala e estava indo na direção de Max, que ria com o vendedor - Saint, tenho que desligar agora. Nos vemos amanhã, tudo bem?
- Claro, até!
- E aí, que cor?
- Vermelho, ele gosta de esportivo - respondi.
- Então vai ser aquele mesmo - Max falou para o vendedor que sorria abertamente. Eu fiquei imaginando o tamanho da comissão que ele iria receber.
- Boa escolha Senhores Nattapol.
- Você vai mesmo fazer isso? - perguntei para Max quando saíamos da concessionária.
- Por que não? - ele deu de ombros - Nós podemos.
- Perth e Saint vão surtar. Bem, a festa inteira vai surtar de qualquer jeito quando te ver - Max riu - eu falei com Saint para levarmos Krist e os Alfas deles, acho que ele gostou da ideia.
- Krist e Ohm vão gostar de ir, Singto vai reclamar, mas ele reclama de tudo - Max abriu a porta do carro para mim - Aproveitamos amanhã para levarmos o convite da festa da Lin, já é na semana que vem.
Singto tinha feito um desenho da Lin como princesa, o vestido dela era verde e azul por insistência da própria. Tinha ficado tão lindo, que tínhamos usado nos convites.
- Tenho que passar no escritório, depois vamos buscar Lin e podemos sair para comer algo, tudo bem? - Maxiin me perguntou.
Quando ele dirigia, ele sempre segurava a minha mão com uma das suas. Ele mantinha nossos dedos entrelaçados e as apoiava no seu colo. Não acho que ele tinha percebido que fazia isso, o que tornava ainda mais especial.
Sabe, era estranho tudo isso. Passei vinte e três anos sendo excluído e tendo péssimos exemplos de Alfas. Mesmo que eu ainda sonhasse com coisas românticas, eu já tinha me resignado que aquilo não era para mim. Meu único amor sempre seria e apenas seria a Lin, ninguém mais.
E olhe como estou agora!
- Tudo bem? Você ficou pensativo, mas estava sorrindo - Max me fez sair dos meus pensamentos.
- Só pensando em como a minha vida mudou - respondi sorrindo.
- Espero que para melhor - ele falou estacionando o carro.
- Muito melhor! - me inclinei e o beijei.
O escritório do Max fica em um enorme galpão. Quando entramos alguns rapazes Alfas e Betas se virarem para nós, eles cumprimentaram o Max de longe.
Esses rapazes estavam arrumando caixas em fardos, enquanto um deles anotava algo em uma prancheta, os outros etiquetavam e organizavam as caixas.
Eu não me atrevi a perguntar o que tinha naquelas caixas. Subimos até o terceiro andar, o último. Era um corredor comprido, nós fomos até a última porta.
- Tulyyy - Krist gritou quando Max abriu a porta - Agora sim eu vou ter com quem conversar aqui!
- Dramático - Singto revirou os olhos.
- Achei que vocês não fossem vir hoje, mas que bom que está aqui. Tem um monte de coisas para você assinar - Ohm falou de trás da mesa de madeira.
- Já estou arrependido - Max murmurou - Eu vou com o Pawat resolver essas coisas, se não ele não vai me deixar em paz. Mas vou tentar ser o mais rápido possível - ele me disse e me beijou - tudo bem?
- Sim, resolva tudo e depois vamos embora. Max me beijou de novo e foi com o Ohm.
- Quer dar uma volta? - Krist me chamou - Vou te apresentar o lugar.
- Claro - dei de ombros.
Aparentemente, Max só confiou que eu andasse sem seguranças, porque o galpão era um dos lugares mais seguros do mundo. Krist me explicou que ali tinha um dos melhores sistemas de seguranças.
Que apesar de já tentarem ter invadido o lugar, nunca conseguiram. Eles tinham um porão cheio de armamentos e um cofre onde guardavam coisas mais valiosas.
O térreo era onde ficava as cargas que já sairiam para entregas e no primeiro andar era um depósito para controle do que era recebido e para onde seria distribuído.
Tinha uma espécie de anexo na parte da trás, era todo fechado e escuro. Nós encontramos com Pavel, Gulf, Mew, Jennie e Captain saindo de galpão. Pavel limpava a mão, a toalha branca estava ficando vermelha.
- Tirando o Gulf, que é louco, os ômegas não gostam de entrar lá - Krist falou - Lá é onde eles resolvem os assuntos de um jeito "mais pessoal".
- Tul - Pavel sorriu e veio nos cumprimentar - Eu não sabia que viria nos visitar.
- Eu também não, mas Max teve que resolver algumas coisas e Krist está me mostrando o lugar - respondi.
- Tul ! - Captain veio me abraçar - Estou esperando outro bolo daquele que você fez!
- Olá Tul, creio que não conversamos direito da última vez que nos vimos -Mew falou apertando a minha mão. Ele lembrava um pouco o Max, principalmente na maneira de se vestir e agir.
- Oi - eu respondi - nós realmente não conversamos, mas já falaram muito...
- Oi Tuly! - Gulf pulou do nada e me abraçou - Estou muito, muito empolgado para a festa da Lin! Pena que é só semana que vem, né? Mas vai ser legal! Meu alfa e eu já compramos o presente, espero que ela goste. Vamos levar o Klahan, mas ele tem alergia a proteína do leite da vaca, ai o Mew falou com o Ohm e o Ohm e o Max compraram um monte de comida sem lactose, legal é?
- Amor - Mew falou colocando as mão no ombro do ômega - Lembra do que te falei? Respira fundo e se acalma - Gulf fechou os olhos e respirou fundo - Melhor?
- Sim - Gulf abriu os olhos e sorriu - Bem melhor.
- Ih, melhor a gente ir. Sempre que eles ficam se encarando sorrindo, acabam se agarrando Krist falou já me empurrando.
- Até mais, Lou - Pavel gritou enquanto ele, Jennie e Captain se afastavam. Nós voltamos para o galpão. Mew e Gulf realmente já estavam se beijando.
- Demorei muito? - Max perguntou me abraçando.
- Não tanto, eu dei uma volta por aqui com o Krist e fiz bolo para o Captain. Quando sai da cozinha, Jennie estava tentando roubar um pedaço - respondi.
- Aqui comida é uma coisa séria - ele falou rindo - Você prefere jantar fora ou em casa?
- Vamos jantar em casa, amanhã já vamos passar o dia fora.
- Certo - Max sorriu.
- É tão fofo ver vocês sendo tão casalzinho! - Krist nos abraçou do nada - Meu coração de shipper se enche de alegria!

 - É tão fofo ver vocês sendo tão casalzinho! - Krist nos abraçou do nada - Meu coração de shipper se enche de alegria!

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- Sério Tuly, você devia fazer - Saint falou. Já era o dia seguinte e estávamos na casa dela, para a comemoração do aniversário de Perth.
- Eu também acho - Krist concordou.
Estávamos na cozinha nós três, além de Max, Singto e Ohm. Apenas poucos convidados já tinham chego, Perth os estava recebendo no quintal.
- Eu já tinha pensado nisso antes, mas estava fora do limite, é muito caro. O que você acha? - perguntei para o Max. Estávamos falando sobre o teste de gênero. Elas tinha resolvido fazer o teste em Malee e Saint falou para eu fazer o mesmo com Lin.
- Eu concordo que é melhor, se já soubermos o gênero dela, fica mais fácil para evitar possíveis problemas e surpresas desagradáveis - Max respondeu colocando a mão nas minhas costas.
- Realmente, eu descobri que era ômega quando entrei em heat no meio da aula, foi horrível - Krist comentou.
- Se quiserem, eu já marco para segunda feira - Pawat falou.
- O que Você acha? - Max me perguntou.
- Também acho melhor, não quero que a minha filhote passe pelo o que passei. Se ela for ômega, quero que aprenda a se defender e se impor. Se for alfa, quero que cresça sabendo claramente a respeitar os outros.
- Certo, marcamos para essa semana mesmo e...
Nisso houve uma pequena confusão lá fora. Lin e Lee discutiam com um menino um pouco mais velho que elas.
- Esse é Art, filho de uns dos colegas de trabalho do Perth - Saint bufou enquanto todos saíamos para ver o que estava acontecendo - moleque insuportável!
- Se ele fizer algo com Lin, eu vou fazer algo com o pai dele - Max falou estalando os dedos.
Mas antes que qualquer um falasse qualquer coisa, Lin empurrou o garoto e gritou:
-FIQUE LONGE!!!
Foi tão alto e forte, que Saint, Krist e eu escolhemos os ombros ligeiramente. Lee tampou os ouvidos choramingando e Lin a abraçou, pedindo desculpas, mas sem tirar os olhos do garoto, que ainda estava caído no chão e totalmente assustado.
- Ela... Usou a voz de... Alfa? - Singto foi o primeiro a conseguir falar algo.
- Sim! - Max respondeu com um enorme sorriso orgulhoso.
- É, Tuly - Krist colocou a mão no meu ombro - Você não vai precisar gastar dinheiro com teste de gênero.

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