3. Ela se foi

Capítulo 1 - Unique: fichas de erva doce e pedras amarelas

Notas do Autor

eu provavelmente não chegaria a postar essa história aqui também, mas vai, ela merece <3 
ela teve proporções tão surreais no spirit que me senti na obrigação de postar ela aqui também.

(quero fazer um banner de capa. tem grandes chances de eu esquecer de fazer)

não sei se você vai entender muito bem a ambientação da fic se não conhecer a história do filme. eu fui seguindo o que me lembrava do filme e não descrevi muito os ambientes: primeiro pq não me lembro muito deles k; e segundo pq não acho que o Sem Rosto prestaria atenção neles ahauh

se vc for ler e ainda não tiver assistido a viagem de chihiro, recomendo MUITO! principalmente, se na sua infância assistia os desenhos da tv cultura (aqueles que passavam nos anos 2000 até... vai, até 2012) dá muita nostalgia e a história é linda.

A Casa de Banho que cito, é onde a Chihiro "trabalha" por um curto período de tempo e onde ela e o Sem Rosto começaram a interagir um com o outro.

"Sen" é como ela é chamada, já que por um curto período de tempo, seu nome Chihiro é... roubado dela, digamos assim. Não darei mais nenhuma informação do filme, não acho necessário para o entendimento aqui da fic e, também, quero que você vá assistir :3

outra coisa, não gosto de usar "para" / "para o", principalmente para narrações de personagens. a gente não fala certo, também não pensa certo. é isso. k

tema 3 do desafio dos 100 temas. mudei muito esse tema por uns 3 meses para acabar escrevendo essa one numa tarde de segunda feira da quarentena k

Capítulo 1 - Unique: fichas de erva doce e pedras amarelas

Era tudo tão cinza antigamente.

Andar por aí, ser seguido pela lua, me misturar com a escuridão da noite.

Ninguém nunca prestou atenção em mim, ninguém nunca se importou.

Até que você apareceu.

— Não está sentindo frio? Vamos, entre! Não pode ficar tomando chuva assim.

E eu entrei. E você saiu correndo. E eu te segui.

Quem é você? Por que se preocupou?

Tão pequena, mas tão apressada. Parecia querer segurar o mundo em suas costas. Quem te deu tantas responsabilidades? Você não aguenta todo esse peso, seus braços são tão fraquinhos. Você é tão desajeitada. Mas também não deixa de sorrir, sua energia parece nunca acabar.

Até quando choras, pareces ter mais energia do que eu jamais poderia ter. Mesmo tentando, com todas as forças, dar a maior gargalhada do mundo.

Vejo você indo de um lado para o outro. Procura algo? Sou eu? Você está me procurando?

— Deixe-me passar, por favor!

Oh. Oh.

Continuo te seguindo. Você quer fichas. O que são fichas? Fichas de erva doce.

Você aponta para uma delas, o do telefone te ignora. Você quer uma ficha, ele tem muitas. Eu posso pegar para você. Você sai da recepção. Preciso pegar as fichas rápido.

Então as levei até você, você queria erva doce. Eu não sei o que é erva doce. Também não sei o que é uma ficha. Mas você parece querer muito isso. Então vou te dar todas.

Mas você não aceita.

— Obrigada, mas eu quero só uma.

Por que só uma? Eu peguei todas, só pra você. Vamos, pegue.

Você tem que pegar.

Mas logo você voltou a agir. Agitada, apressada, desajeitada. Não consigo te entender. Entendo o que você está fazendo, é uma Casa de Banho, você está lavando esse monstro cheio de lama. Mas não te entendo. Por que se preocupou comigo? Por que não aceitou todas as fichas? Por que não está prestando atenção em mim agora?