A vida é como uma caixinha de surpresas, você não faz ideia do que pode haver lá dentro, talvez seja algo na qual você sempre sonhou ter ou, ao contrário.
Alguns momentos ruins de nossas vidas ou até mesmo os bons, contribuirá para o bem do nosso futuro, e sim falo isso por experiência própria.
Me chamo Megan Howard Coven, tenho 23 anos de idade e mesmo sendo muito nova conquistei o cargo de professora de música na "Eberlyn music school (Escola de Música Eberlyn)
Meus pais biológicos morreram há 16 anos atrás, isso é algo na qual não consigo explicar, foi tudo tão de repente que a vida nem sequer me deu a oportunidade de dizer a eles um simples "adeus"
Eles não foram os melhores pais do mundo, não me trataram como uma criança deve ser tratada. Mas eles fizeram parte da minha vida então, sim, eu os amava.
Há exatamente 16 anos atrás minha vida mudou, foi tudo tão de repente. Três dias após a morte da minha única família, no abrigo de crianças na qual eu pensei que viveria para sempre, recebi a visita de um casal tão amável, os dois tinham traços tão familiares para mim, e logo percebi que se tratavam dos Famosos donos da empresa "Coralina Green" a grande empresa que fabricava as melhores roupas de Boston.
Talvez a sorte tenha batido em minha porta depois de um grande desastre.
Eles me adotaram e, como filha única recebi o amor que nunca havia recebido. Eles se chamam Vitor e Elizabeth Howard Coven, os verdadeiros donos da minha felicidade.
Minha mãe é tão sensível quanto meu pai, sua voz é tão suave mesmo em meio a um desastre.
Meu pai é um verdadeiro fanático na parte da organização, Portanto, ele não entra em meu quarto em hipótese alguma, e o motivo, bom o motivo você já deve imaginar.
E eu sou o oposto dos dois. Eu tento, tento muito ser uma pessoa organizada, mas parece que organização e Megan não combinam, é como se juntássemos óleo a água, não faz o menor sentido, pelo menos tenho a mansidão de minha mãe.
Sou fascinada no mundo da música, aprendi a tocar todo tipo de instrumento sem ajuda de ninguém, exceto o piano. Talvez seja por isso que fui aceita pela diretora Rosaleen Eberlyn Friendrick em sua escola de música à dois anos atrás. Ela fala tão bem de mim que às vezes me sinto envergonhada, no bom sentido.
- Você é uma musicista de mãos cheias Megan, mas tem muito o que aprender - Disse ela uma vez quando estávamos em sua sala depois das aulas. Eu havia chegado atrasada naquele dia, mas não foi a primeira vez que isso havia acontecido.
- Eu prometo mudar sr. Rosaleen, confie em mim dessa vez.
- Eu confiei em você por dois longos anos, eu poderia simplesmente te demitir e arranjar um outro professor facilmente, mas, não é isso o que quero fazer.
Congelei em sua frente quando escutei a palavra "demitir"
Claro, eu não preciso de nenhum emprego, muito menos excercer esse cargo de professora. Mas isso foi uma escolha minha, sou tão apaixonada ao mundo da música que a dois anos atrás implorei para Rosaleen que me desse o único cargo que estava disposto já um bom tempo.
Ela esperava uma atitude minha, talvez alguma palavra, mas eu não sabia o que dizer.
- Eu confio tanto em você - Ela quebrou o silêncio - já passei pela mesma situação em que você se encontra. Bom, Eu pensei bastante e cheguei a uma conclusão, contratei um mentor para lhe ajudar e, acho que isso vai melhorar, pelo menos um pouco.
Eu não sou tão ruim o bastante para que contratem um mentor para mim, ou sou?
- Eu não preciso de um mentor diretora, só preciso de um...
- Ou você aceita minha proposta ou então você será demitida - Ela interrompeu.
- Está bem - disse com o coração acelerado, ela sabe mesmo conseguir o que quer - se é assim, tudo bem.
Saí de sua sala bufando, porém baixinho. Ao fechar a porta corri para o lado de fora da escola e gritei o mais alto que pude, talvez isso seja muito estranho, porém eu me sinto mais aliviada fazendo isso se é que me entendem
Não observei que havia mais alguém ali além de mim, que maravilha.
- Bom dia! - minha voz saiu tão suave que nem eu mesma me reconheci
- Ainda com esses gritos pra aliviar?-Marta, a professora de violino disse entrando na escola
Afirmei com a cabeça e me retirei o mais rápido que pude dali, subi as escadas com uma leve impressão de que Marta estava com seus olhos fitos em mim, faltavam apenas cinco degraus quando olhei para trás para ter certeza do que pensava, e não, foi apenas uma impressão boba.
Antes de entrar em minha sala suspirei fundo e me desejei sorte para lidar com mais um dia de aula. Meus alunos não são travessos, pelo contrário, eles são incríveis, o mais novo tem 15 anos de idade e o mais velho da turma 22. Mas toda vez que dou minhas aulas parece que falta algo pra tudo ficar perfeito. Depois que passei a ser professora e não uma aluna as coisas mudaram completamente, pensei que seria fácil, minha antiga professora de piano conseguia dar suas aulas tão facilmente, como eu não conseguia? Qual seria o segredo para tudo isso? Ano passado uma antiga funcionária da escola disse que o problema das minhas aulas não eram os meus alunos, mas 'eu' mesma. Confesso que me senti magoada com suas palavras, porém ela estava mais do que certa. Até o final do ano minha turma precisa fazer algo para ser destacada, precisamos melhorar, essa é minha meta.
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Um Mentor Para Toda Vida.
Mystery / Thriller▪︎ História em andamento ▪︎ •●•●•● -Plágio é crime-