Psicopata Insicopata

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Aprendi a olhar nos olhos

Pois tem coisas que não entendo

Consegui ver padrões

E elaborar soluções

Isso não significa que eu sei

Tive que falar

E deixarem me conectar

Da maneira menos criativa possível

Todos sempre fazem igual

E os que foram diferentes

Foram falhos demais para mim

Olhei vários arranjos faciais

E respondi o que tanto perguntam

Sou o oposto do que você pensa

Pois sou fácil demais

Mas nós deixamos de ter as mesmas urgências

Só que isso não significa que eu não sei

Reconheço mentirosos

Assim

Mesmo muito longe de mim

E me intriga como ninguém os vê

Sei ser invisível

A diferença é que sou impecável

E todo mundo viu

Mas ninguém imaginou

Essa é a vantagem que tenho

É o medo no qual me vejo

Todos os meus retratos

São da mesma pessoa

Alguém que eu tenho que fazer viver

Todos os dias

Com todas as amigas

Eu presto atenção

Pois não daria as mesmas respostas

Preciso armazenar possibilidades

Posso precisar dessas lorotas

Foi assim que sobrevivi

Não deixo a capsula vazar

E quando tudo é demais

Tento me isolar

Para não condenar esse retrato que vendo

Para não virar um remendo relento

Melancolia - O que tece o turno de sintoma ao taciturnoOnde histórias criam vida. Descubra agora