um dia quente na neve... de novo?

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[Capítulo não revisado]

Após várias horas de viagem nós finalmente chegamos nessa... cabana? Chalé? Bem, isso não importa, o que importa é que graças a Eliza o Chara tomou algum tipo de atitude. Por mais que essa "atitude" seja só vir comigo até esse chalé no meio do nada por alguns dias.
(Chara)- Finalmente, não aguentava mais ficar naquela merda de ônibus- falou largando as suas malas e se espreguiçando lentamente- então... é aqui né?
Eu olho para o chalé a nossa frente mais atentamente e fico um tanto surpresa.
(S/n)- é... é bem grande não?- eu realmente não fazia ideia que a Eliza era tão rica assim.
(Chara)- pelo menos isso- ele bufa, claramente irritado- não tem sinal nessa merda, a gente vai ter sorte caso tenha algum tipo de tecnologia dentro desse muquifo.
(S/n)- muquifo? Qual é Chara, é só uns dias sem internet, A gente não vai morrer- digo vendo o mesmo revirar os olhos e pegar as suas malas, indo na direção da porta do chalé.
Eu suspiro achando graça do mal humor dele e logo sigo para dentro do chalé.

[...]

(Chara)- anda... é tão difícil assim pegar um pouco de sinal nessa por-
(S/n)- olha a boca- digo lhe dando uma cotovelada fraca de advertimento.
(Chara)-*suspiro* eu já tô me arrependendo de ter vindo pra cá- ele se joga no sofá enquanto joga o celular longe- por que eu ainda compro as ideias dessa desgraçada...
Eu sento do lado dele no sofá e faço um carinho de leve nos seus cabelos, vendo o mesmo deitar a cabeça no meu colo de modo que ele pudesse ver o meu rosto.
(S/n)- talvez, e só talvez- eu seguro um sorriso que se atrevia a brincar em meus lábios- você tenha "comprado" a ideia dela porque você sabe que ela está certa e que você tenha que tomar uma atitude na vida.
Ele fecha os olhos e sorri antes de me responder.
(Chara)- você fala como se eu nunca tivesse tomado nenhuma atitude no nosso relacionamento né?- ele se ajeita no sofá, saindo do meu colo e continua- se não fosse por mim a maioria das coisas não teriam progredido
(S/n)- sério isso? Tem certeza que não bateu a cabeça não?- digo com um olhar um tanto cético.
(Chara)- claro que eu tô falando sério- ele levanta do sofá e pega o celular que estava no chão da sala- porque, até onde eu saiba, A c* doce da relação é você, não eu.
(S/n)- que!? Até semana passada você tava com medo de me pedir em namoro! Tem certeza que não está confundindo as coisas não?- eu vou até ele e continuo- e olha, se não fosse a Eliza a gente nunca teria começado a namorar!- digo com um grande sorriso no rosto. Por mais que eu queresse parecer séria, eu não conseguia.
Ele ri de mim e me da um selinho, logo olhando pro telefone e ficando emburrado de novo.
(Chara)- ei, quer saber? Foda-se- ele joga o celular no sofá e olha na minha direção, logo estendendo a sua mão para mim- bora arrumar algo pra fazer
(S/n)- algo? Que tipo de coisa você tem em mente?- digo desconfiada, mas mesmo assim pegando a sua mão e entrelaçando nossos dedos.
(Chara)- a gente tá no meio do nada, sem tv e sem celular, a única coisa que nos resta é achar algo pra fazer nas redondezas, tipo...
(S/n)- tipo...?
(Chara)- tipo ir patinar em um lago congelado ou sei lá...
Eu solto uma risada rápida, coisa que o mesmo percebeu e não deixou passar batido.
(Chara)- não gostou da ideia? Bem... se você quiser a gente pode fazer algo... diferente~- ele diz bem baixinho no meu ouvido.
Eu sinto um arrepio subir pelo meu pescoço e fecho meus olhos rapidamente, tentando por meus pensamentos em ordem.
(S/n)- la-lago né?! B-bora! Eu... e-eu não sabia que tinha um lago congelado por aqui! hehe... he...- digo com a voz trêmula enquanto saía do seu lado, indo para o lado oposto da sala, só ouvindo o Chara rir de mim.
(Chara)- então... lago né?- diz com um sorriso sujo em seu rosto
(S/n)-é! La-lago!
Depois de obter a minha resposta o Chara se vira e vai procurar os patins de gelo. Sim, ele trouxe patins de gelo, não me perguntem o porquê pois nem eu sei.
[...]

Finalmente nós chegamos no bendito lago e olha, eu tô destruída.

(S/n)- cara... Por que tem que ser tão longe assim??- digo tremendo de frio.
(Chara)- nem é tão longe, é você que pôs roupas bem... leves se nós considerarmos o lugar em que estamos- diz sorrindo ao me ver tremer que nem uma lagartixa com Parkinson- e a época do ano em que estamos.
(Chara)- toma-Ele estende os patins de gelo em minha direção, ainda mantendo o sorriso debochado no rosto.
Eu lanço um olhar mortal em sua direção antes de pegar os mesmos e bota-los.

A dangerous choiceOnde histórias criam vida. Descubra agora