KENDI - Sete Mundos Do Segundo Sol

Capitulo1- Mundo das cinzas

O segundo sol era tão longo quanto um microcosmo no centro do céu. Depois das mil estrelas e além do primeiro mundo, um vasto universo escuro era pincelado por dez luas, uma fileira longa serpenteava o infinito até a nave conorcópia quebrar o silêncio com suas bobinas giratórias. A nave zarpou em direção a Mehior no final das trintas luas. Mehior era o segundo planeta depois do segundo sol, redondo como a própria lua e tinha a cor de terra, e fragmentos dourados o cobria como uma capa. Quando a nave mergulhou e atravessou as nuvens terrosas causou um ronco alto. O barulho era um rugido metálico quando Arlo Voloys ouviu e olhou para o céu, os olhos brilhando.

Arlo Voloys estava coberto por uma manta escura para se proteger do deserto, cavalgava no Talisma, devagar e cauteloso segurando a lança de metal que havia comercializado no mercado negro de Mehior. Quando a nave roncou outra vez curvou-se assustando, o som escoou pela imensidão do céu claro, cortando as nuvens como um jato, voando em direção a Torre Impérial. O céu de Mehior era tão claro como um papel, e as nuvens eram terrosas como a areia do deserto, grossas e pesadas como fumaça. Apesar das nuvens terrosas serem espeças como uma pedra fosca, ela protegia a população do mundo contra os dois sóis que insistiam a se abrigarem juntos, já Talisma, que era o deserto, era vasto e coberto por areias, montanhas de areia que subiam aqui e ali, e além disso era vasto como um mar.

Arlo havia acordado mais cedo hoje para tentar procurar algo que pudesse vender no mercado negro no centro da cidade, algo como diamantes de Sush ou até mesmo as pedras preciosas de Kendi, mas hoje não seria um dia prudente para tentar caçar algo no deserto. Se a nave cortou o céu hoje, algo muito importante viria a acontecer, a nave era pertencente a Kendi.

O lugar estava cercado por homens e pedintes, e foi então que decidiu voltar. Não que temesse os pedintes - embora devesse, esse tipo de povo era cruelmente selvagem - Mas sim porque sentia que a nave vinha com informações de fora através das dez luas. Talvez um anuncio importante. Levou menos de uma hora para chegar a cidade de pedras. O centro estava lotado de pessoas comentado sobre a chagada da nave. Realmente algo estava para acontecer, - pensou Arlo - E pressentia isso.

Quando chegou em casa procurou pelo irmão mais novo, Gavin Voloys. A casa não ficava longe da cidade de pedra, ficava bem no fim de uma floresta seca e desprovida de vida, folhas secas enterravam o solo, arbustos esguios como galhos, e arvores nuas e tristes, o segundo sol morava no fim do horizonte, o pôr do sol deixada tudo alaranjando e amarelo, inclusive sua casa que era nada mais e nada menos do que um enorme pedaço de bobina metálica enterrado pela metade no chão. Era a bobina de uma nave de guerra, dissera seu pai quando mais jovem. Arlo e Gavin sempre morou na Cidede de Pedra e seu lar sempre foi o planeta Mehior, e sua família nunca se quer visitou outros planetas, era uma ideia totalmente distante.

Seus pais trabalharam na base de ferro no centro da cidade, produzia armas tecnologicamente avanças para o Imperial 12, sua mãe projetava novas tecnologias para a base e seu pai liderava a tropa da base de ferro para se moverem, produziam armas letais, naves capazes de decolar e atravessar as Dez Luas e também capaz de atravessar o segundo sol, o que era uma teoria impossível. Quando o pai chegava em casa mais cedo contava histórias absurdas de outros planetas, dos sete planetas. Gavin, seu irmão adorava ouvir falar de Xhughin, o planeta das inúmeras torres de pedra e do Imperial 14, ou do planeta Pherk e seus castelos de luzes, ou até mesmo de Kendi, o planeta vermelho, onde o segundo sol se encontrava, predominando bem mais de perto. Eram histórias em que o Pai James escutava dos Soldados de guerra, esses sim viajaram para fora do sistema de Meihior. Iam e vinham quase todos os anos, um sonho deles que seria impossível, os Soldado apreciavam e depreciavam quantas vezes fosse necessário.

Por isso que o sonho de Arlo sempre foi se juntar a patrulha do Imperial, para se tornar um Soldado de Guerra e conhecer os demais planetas que sempre almejou e sempre imaginou nas histórias absurdas de seu pai. Esse sonho não era impossível, uma vez que seus pais já trabalhavam de perto para o Imperial. Mas tudo isso caiu por terra quando seus pais morreram.