capitulo 1

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Ao som do piano - 01

2016 - Passado.

   Àquela música era sua favorita, enquanto ele tocava podia observar seus longos dedos em cada tecla daquele piano. Tocava com facilidade, podia tocar de olhos fechado, aquela melodia harmônica lhe trazia paz, a cada nota que  tocada podia ver o sorriso dela, a mesma o adorava o vê- lo tão concentrado ao fazer o que gostava, seus pés batiam contra o chão conforme ele tocava, aquela sensação que a música tranzia, era maravilhosa. Seu esposo era um homem perfeito, e fazia de tudo para lhe agradar.

– Adoro quando toca pra mim, nossa filhinha também. – Ela acariciou a enorme barriga, com um sorriso nos lábios o vestido na cor azul claro, dava um lindo contraste com sua pele. Seus olhos castanhos mostravam o brilho de felicidade, ela caminhou até ele que estava sentado  no banco onde havia acabado de tocar piano, ele a puxou para que sentasse em seu colo, e a encheu de beijos, a fazendo rir mais ainda.

– Eu te amo muito, vocês duas. – Ele fez um carinho, na barriga dela. – Está ouvindo filhinha? Papai está ansioso, para lhe ver.

– Em breve estaremos com ela nos braços meu amor, nossa pequena Agatha.

(...)

Era uma noite tranquila, estava indo visitar a casa de meus pais, Emmy estava feliz, e cantava sua música favorita que tocava na rádio do carro,  eu estava sorrindo sua voz era linda, ela estava com os olhos fechados apreciando o toque, por um momento de distração eu simplesmente não havia percebido que estava vindo em nossa direção uma grande carreta e não pude desviar l, apenas ouvir sua voz gritando pelo meu, nome. – YOONGI! – Só pensei nela, e nossa filha antes de ouvir o barulho, e tudo se apagar.

(...)

Estava escuro, não via nada apenas vozes eu queria levantar mas, simplesmente não conseguia.

– Doutor é tão triste, foi algo trágico de mais como, ele vai lhe dar com tudo isso?

– Ele tem chances de voltar a enxergar, cerca de 35% basta ter fé e acreditar.

Eu descobri, que não poderia enxergar mais minha mulher morreu no acidente, e nossa filha estava na UTI, desistir de tudo, meu mundo era escuro e sem cor, a música foi algo que simplesmente abandonei, me lembrava dela e quanto mais eu lembrava, mais doía em mim.

Depois de alguns meses, minha filha saiu do hospital foi difícil pra mim, tive que aprender a me virar sozinho, e acostumar com a deficiência, contratei um babá que cuidava de Ágata, minha vida não tinha mais sentido para nada. A única coisa que ainda conseguia me manter vivo era minha filha, nunca pude ver seu rosto mas sabia que era tão linda quanto a mãe me fechei para o mundo e  para todos, havia parado os concertos musicais, a empresa a qual era o dono passei para meu irmão cuidar, apesar de ser quase impossível convencer, ele acabou aceitando. Eu apenas ficava em casa no meu canto, sem conversar com ninguém era só eu, e toda a minha escuridão.

2021 - Atualmente

Agatha esta com 4 anos,  no meio do ano fará 5 ela fala bastante é uma criança muito inteligente, a coloquei cedo demais na escola mais isso só a deixou mais esperta.

– Papai eu fiz um desenho lindo, fiz você  a mamãe, e eu. – Pude ouvir seus passos em minha direção, apesar de não possuir a visão, meus outros sentidos ficaram mais aguçados, ela me entregou um papel eu dei um mínimo sorriso afinal, não conseguia ver nada e nem sentir pois ela havia pintado de lápis. – Está lindo filha. – Pude ouvir sua gargalhada.

– Sabia que iria gostar. – Me levanto da poltrona da biblioteca. – Posso colocar no seu quarto?

– Pode. – Respondo simplista, e escuto ela correr.

Agatha está crescendo, e a cada dia vem com uma pergunta diferente, onde estava sua mãe, por que eu não enxergava ñ, por que todos os pais saiam com os filhos, menos eu... Ela precisa se uma figura feminina, a babá antiga teve que ir embora pois minha filha adorável, lhe deu um banho de tinta Agatha é uma criança difícil de lhe dar, não é  todo mundo que sabe levar ela.

Tiro meu celular do bolso, contatando meu secretário onde pedi que procurasse por uma babá, mas que fosse nova e tivesse pique pra aguentar a energia de minha filha.

(...)

Abro a porta de casa exausta, estava o dia todo procurando por emprego e nada.

– Tudo com experiência, que povo chato! Por causa dessa maldita experiência, que muitas pessoas estão desempregadas, deveriam dar oportunidade para quem nunca trabalhou. – Reclamo tirando as sapatilhas dos meus pés, que estavam machucados. – Aah! – Me jogo no sofá ñ, e ligo a TV logo vejo meu celular tocar com uma mensagem da minha mãe perguntando se havia conseguido  o trabalho.

" Infelizmente não mãe sou uma azarada"

" Calma meu raios de sol, logo você consegue eu e seu pai estamos orando por você."

Sorri com as mensagens positivas, de minha mãe ela nunca desistiu de nada, aprendi isso com ela.

– Hoje foi o 5° dia, mas não vou desistir persistir é meu segundo nome! – Corro para meu quarto e tiro minha blusa, me olho no espelho. – Parece que dei uma engordada, isso é muito bom sinal que preciso continuar comendo batata frita. – Tiro minha calça jeans, jogo em um canto qualquer do meu pequeno quarto, e caminho em direção ao banheiro a qual tomo um banho demorado.

Depois de alguns minutos, termino meu banho e coloco uma toalha sobre meus cabelos, pego meu celular vejo a hora e  vou em direção à minha cama, a qual estava meu notebook abro, e começo a procurar por emprego. – Meu Deus, por favor me ajude a ter um emprego, eu quero muito de verdade nem fiz faculdade, por falta de dinheiro. – Suspiro. – Pode ser qualquer coisa, eu  aceito. – Rolo o site de anúncios até ver um que me chama atenção, e o melhor não precisa de experiência. – Aí Jesus por favor, que ser tudo certo, amanhã vou para entrevista me candidatar como babá, crianças não dão trabalho.

(...)

Aqui estou eu, em frente aquela casa enorme senti um leve calafrio, por mais que estivesse um clima quente. Suspiro e toco acampainha, ouvindo a voz de uma, criança. – Olá, quem é?

– Hãã... Meu nome é Sol Thompson, vim para o emprego de babá. – Ouvi seus gritos e o portão se abriu, olhei cada canto da frente daquela casarona, havia uma piscina porém estava sem água, um pequeno jardim com rosas vermelhas minha rosa favorita.

Caminho em direção à porta da casa, e logo sou surpreendida por ela ser aberta e uma linda criança, de olhos castanhos mel me olhar sorridente.

– Nossa como você é, bonita. – Ela diz me fazendo sorri.

– Obrigada, você também é linda. – Ela me puxa para dentro da casa, e me leva para o sofá.

– Senta aí, meu papai já está vindo e só pra avisar, meu papai é lindo e esta solteiro. – Levanto a sombracelha, havia ficado corada.

– Vim apenas pelo trabalho.

– Quem está aí? – Escuto uma voz masculina falar alto, sua voz demonstrava frieza, senti novamente aquele calafrio, me levanto na hora do sofá, pigarreio e arrumo meu vestido  logo vejo o homem.

– Senhor Yoongi eu...

– Com quem pensa, que está falando?  É, senhor Min Yoongi pra você! – Ele diz me deixando com a cara lá, embaixo.

– Desculpe. – Me curvo, ele se aproxima pude vê-lo, tatear só ai percebo que ele não enxerga nada nem a mim, nem a própria filha.

NOTA: Primeiro capítulo pronto, espero que tenham gostado

Ao som do piano - Em Breve RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora