As Cores Que Me Faltavam.- TAEKOOK.

Cap: 1.

Kim Taehyung, 22 anos, ômega, Monocromático. Isso era tudo que os colegas de faculdade sabiam de sua vida. Pessoas como Monocramia tendem a ser anti-sociais, Eles buscam conhecer seus Probes. Estes que eram um tipo de portador do mundo de cores de um Mono. Quando um Mono encontra seu probe, seu cérebro reage de uma maneira que a ciência não conseguia explicar, dizem que a única forma de um Mono voltar a ver o mundo como uma pessoa normal, ver todas as cores, é comendo a carne de seu probe. Taehyung ouvia essas histórias diariamente, seja nas ruas, escolas, e jornais. O jovem até se permitiu tentar fazer algumas amizades, mas já não o fazia isso a um bom tempo. Outros ômegas e até outros alfas o temiam. Mas o pequeno de cabelos loiros não julgava, ele mesmo fugiria de um Mono se fosse uma pessoa normal. Era arriscado de mais. A sociedade teme a doença do Ômega, pôs quando um Mono tem seu próprio jeito de enxergar o mundo. Tons de cinza e preto era o que eles conheciam, a vida era sem graça. Diariamente, era anunciado nos jornais casos de Monos que sequestraram seus probes, os mantendo em cativeiro.

O Ômega já estava cansado disso tudo, a vida naquele país era difícil. Solidão era o que ele sentia todos os dias! A tia? Sua única parente que ele tinha naquele país, era uma velha senhora alcoólatra. Tae já não sabia quando foi a última vez que ele havia visto a velha rabugenta sóbria.

- Eu...não aguento mais, Hyungie...Eu tenho medo! Aqui está tudo tão difícil. A Tia está em um estado de decadência...

Ele falava com seu irmão Christian pelo celular. O ômega mais velho era meio irmão do jovem, mas não era totalmente coreano. Tae era fruto da mãe dos ômegas de outro relacionamento. Os irmãos tinham esse costume: Se falavam com frequência, pôs o Ômega mais velho já não morava no país de sua origem, ele havia se mudado a cinco anos para Chicago com seu esposo Michael, mas conhecido como Myke. Lá ele vivia com seus dois filhos e o marido.

- Ah, Tae, Não chora, vai? Você sabe como isso acaba comigo, caramba! Ela realmente está mal assim? Ela já bebe a anos, essa louca. Tem certe...

- Chris, eu tenho certeza. Tá tudo tão puxado! Eu já não aguento as encrencas que ela se mete, e você sabe o quanto ela é desequilibrada.

- Sim, eu sei bem. Maninho, o Myke está me chamando. Tenho que ir, está bem? Amanhã nos falamos, ok? Tente dormir, dar um descanso para a sua cabecinha.

- Eu vou fazer isso. Da um beijo nos meninos por mim, e outro no cabeção aí, ok?

- Eu vou sim. Durma bem e até amanhã.

Eles encerraram a ligação com uma risada, pôs o mais novo sempre chamava o cunhado assim. Taehyung, como estava apenas sentado, com suas costas coladas na cabeceira da cama, se aconchegou de forma confortável em seus lençóis. Precisava descansar, pôs amanhã seria um longo dia.

Streeterville, Chicago:

- Amor, você deu o nó nos cadarços dos meninos?

- Não é você quem faz isso?

- Myke, eu vou fingir que não te ouvi, assim como eu estou imaginando você saindo desse quarto, indo ver se nossos filhos já estão prontos!

- Tá, tá. Não precisa falar assim!

O Alfa foi até o ômega, lhe dando um rápido selinho de despedida, logo em seguida foi para o quarto ao lado, ver se os filhos estavam devidamente prontos para a escola. Christian, desde a última ligação que tinha feito com o irmão estava pensativo, incomodado. Um grande sentimento de impotência o invadia! Soltou um longo suspiro e terminou de se arrumar para o trabalho. O ômega era arquiteto, e tinha que parar por um momento de pensar naquilo que o incomodava.