Acorrentada

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As quatros correntes

Prendem você no solo,

Ninguém será capaz de lhe soltar.

Quatro correntes que sobem

E lhe enforcam a garganta.

Perde-se sono

Perde-se vida.

Não se ama, não se anima.

Você está solta na teoria.

Já na prática, as correntes estão presas

Amarrando o seu corpo,

Mãos e pés.

Nada que lhe façam irá solta lá

Só você mesmo.

Você é sua prisão e os outros também.

Você é sua chave, você é sua liberdade.

Você é tudo que não vale.

Já que não vale a pena

Dizer o que sente, guardar pra si

Pode ser o pior veneno.

Que enquanto acorrentada,

Só mata. E quando de verdade

Cai, as correntes se soltam, num ato de bondade

Mas nada adianta.

Mãos e pés, já não estãofirmes no chão.

Um tempo a só(s)Onde histórias criam vida. Descubra agora