talvez devolver livros à biblioteca não seja tão fácil...

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Sou a Diana, tenho 20 anos e hoje vou encontrar o meu amigo Felipe para passarmos o dia juntos e devolvermos os livros numa biblioteca abandonada da cidade.
Encontro o Lipe no lugar de sempre, Penadinho Sanduíches, a melhor lanchonete daqui, entramos e comemos um Hamburgão do Felício (é divino, sério) e então partimos para a biblioteca.
Mais ou menos enquanto passávamos na frente da loja de caça ouvimos um estrondo vindo de algum lugar perto da rua mais próxima daqui.
Após alguns segundos de tensão noto que aparentemente só eu e Felipe ouvimos o barulho, trocamos olhares e momentos depois corremos na tentativa de entender o que aconteceu.
Chegando lá, vimos um tanto de longe, um ônibus, daqueles de dois andares, parado e com algumas pessoas do lado de fora. provavelmente sofreu um acidente.
Sem nem nos falarmos, tanto eu quanto Felipe adentramos a clareira em que o ônibus estava.
Agora mais perto consigo ver 3 garotos do lado de fora, e também vejo rastros numa ladeira da qual o ônibus estava próximo, com certeza um acidente.
Nos aproximamos e esses garotos pareciam ter medo da gente, compreensível.
– O que aconteceu aqui? – pergunta Felipe, um tanto perplexo.
– Estávamos a caminho da formatura mas um carro bateu no ônibus e acabamos aqui. – respondeu um garoto com cabelo bagunçado e um colar.
– E onde estão seus professores? – pergunto enquanto tinha uma ideia.
– Lá dentro, tentando chamar um carro pra rebocar, mas ninguém tem sinal. E... ah! A esquerda de quem entra, eles estão lá. – disse um com cabelo ondulado e uma jaqueta esportiva.
Sem falar mais nada, puxo Felipe comigo pra dentro do ônibus para falarmos com os professores.
(...)
Os professores nos permitiram levar 3 alunos para buscar suprimentos na cidade e trazerem de volta aqui, escolhemos os que já estavam ali fora por praticidade.
Já estava de tarde quando voltamos á cidade, paro num relevo que fazia uma ladeira que nos permitia ver a cidade inteira (não é muito grande, então facilita)
– Bem vindos a Nasac! – Felipe diz com os braços abertos, todo alegre.
Descemos desse barranco e fomos entrando mais na cidade. Conversei com o Felipe e achamos mais rápido só levar eles para a biblioteca com a gente, era irresponsável mas pouparia tanto tempo, e tinha chances tão baixas de dar merda que só concordamos nisso.
Fomos caminhando pelo mato, que era mais presente naquela parte isolada e esquecida da cidade. Até então chegarmos à familiar biblioteca antiga, antes de entrar eu fiz sinal de silêncio com o dedo, deu pra eles entenderem o recado, tanto que eles se curvaram um pouquinho,  enfim.
Entrei na biblioteca, fui guardando livro após livro, sem barulho nenhum, e fui voltando mas pisei em algum lugar que fez barulho, inesperadamente, um ser quadrupede feito de cera e com velas nas costas, com certo esforço reconheci ele como um cerestial.

Como uma besta sedenta por sangue, ele pula em cima de mim, me machucando um tanto e piorando mais a minha situação quando usou suas garras e me deu um tapa com elas e parte da sua mão, minha raiva e toda a adrenalina me ajudaram a ignorar a dor, ...

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Como uma besta sedenta por sangue, ele pula em cima de mim, me machucando um tanto e piorando mais a minha situação quando usou suas garras e me deu um tapa com elas e parte da sua mão, minha raiva e toda a adrenalina me ajudaram a ignorar a dor, e dei um tiro na cara dele, estranhamente ele se manteve vivo, mas abriu guarda e estonteou um pouco, Markus estava em choque, mas se recompôs e quebrou a perna de uma cadeira e avançou um pouco
– ABAIXA! – Felipe gritou, segundos depois, todos abaixaram e felipe pegou sua espingarda e deu um tiro no cerestial, a besta começou a recuar, parecia estar com medo.
Markus correu e tentou bater nisso com o bastão, não parece adiantar muito, e agora a besta está prestes a dar outro tapa nele, mas eu impedi com meu tiro, o cerestial, agonizante, foi se derretendo. Dentre a cera, uma página, que Markus pegou.

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