The Black Wolf: A Tale Of Us • JJK + PJM

• Fios bracos e lábios vermelhos. •

 

  Valknut: Símbolo de Odin,
Também chamado de
" nó dos enforcados"
símbolo da morte nórdico.

     O lobo de pelos escuros corre pelas montanhas em direção a floresta, a brisa fria da madrugada agitando os fios que esquentavam e protegiam seu corpo lupino em uma onda negra que mal poderia ser notada mesmo que por olhos atentos graças a rapidez com que a criatura se move. Os olhos vermelhos possuindo irís maiores e mais escuras que o normal graças a adrenalina que percorria seu corpo, os efeitos do que viveu durante a última semana ainda persistem em seu corpo. 

O vento trás um cheiro leve que imediatamente ganha a atenção do lobo, um ômega não marcado, ele tem certeza pela característica cítrica que o aroma trás. Ele caminha até onde o cheiro vem e observa de longe enquanto um ômega jovem e pequeno parece procurar algo em meio às raízes das densas árvores que os rodeiam. Os olhos do lupino fixam-se no garoto e ele fareja em busca do cheiro de outros alfas, encontrando apenas cheiros distantes e misturados, vindo da mesma direção em que o som de vozes e música era capturado por seus ouvidos. 

A criatura ponderou por um tempo, pensando se deveria fazer daquela criança sua próxima vítima, a cerimônia ocorrendo próximo a eles poderia servir como distração do que aconteceria a seguir, entretanto a situação poderia se virar contra si. Muitos alfas reunidos em uma distância tão próxima, seriam eles capazes de ouvir possíveis gritos e farejar o cheiro do sangue? Eles poderiam o descobrir e caçar pela floresta, uma perseguição era o que menos precisava no momento, considerando a fraqueza que o toma depois Hut intenso que vivenciou, além dos outros acontecimentos que exigiram bastante de si.

Apesar de todos os fatores que o dizem para não cometer tal ato, apesar dos alertas que seu cérebro lhe manda, o lobo é levado por sua sede de sangue a aproveitar-se da distração do ômega poucos metros à frente de si e avança contra ele, o derrubando sobre as raízes grossas das árvores. O garoto mal tem tempo de reconhecer o que o atinge, ele grita e derruba as flores que colhia ao seu redor assim que seu corpo atinge o chão, a forte dor no estômago causada pelo impacto com uma das raízes grossas da mangueira a sua frente. Ele grita o nome de sua irmã, se debatendo para fugir das garras do lobo que atingem suas costas. 

Por mais que possua poucas habilidades para luta, o ômega consegue se debater até fugir das garras antes que elas perfurem mais suas costas. Ele se vira de frente e finalmente fita quem o ataca, percebendo ser um grande lobo de orbes vermelhas como sangue, o garoto possui terror nos olhos e isso agrada a criatura que rosna em sua direção apenas pelo prazer de seu corpo tremendo e de causar seu grito. 

O alfa crava suas garras no ombro do menor, rasgando o colete e camisa de algodão que ele usava, o sangue jorra do ferimento e mais um urro de dor é ouvido para a satisfação dele. Ao se contorcer pela dor o pequeno ômega acaba por esbarrar a mão livre em um pedregulho pontudo e o agarra imediatamente, com toda a pouca força que possui em seu corpo ele atinge o lado esquerdo do rosto de seu agressor, cortando de sua boca ao focinho. 

Com o golpe que acaba de receber a criatura uiva irada e resolve acabar com tudo de uma vez, acertando as garras na jugular do ômega abaixo de si, o corte que vai de sua garganta, passa pelo pescoço e finda no peito do garoto, fazendo o sangue jorrar do corte. Mesmo com o focinho comprometido o lobo sente cheiro de mais alfas se aproximando e rapidamente sai de cima do corpo que desfalece ao chão, antes que consiga correr uma alfa jovem surge de dentro da floresta, ela grita um nome desconhecido e fita seus olhos. 

A alfa rosna em sua direção e chuta seu corpo, atingindo a pata esquerda, o outro alfa bambeia mas se levanta rapidamente, pronto para atacar a garota. Os olhos acobreados da outra afiam em direção ao outro e ela está pronta para lhe atacar novamente quando a voz fraca do garoto ao chão lhe chama.