Desculpas

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Posso ser a maior idiota de todos os tempos, mas bateu uma certa consciência que me fez sair correndo de sua casa e em disparada pela rua, obviamente que parei logo na esquina, me encostando em um poste de luz e tomando fôlego.
Não me senti ameaçada por ele, sabia que iria parar se assim eu o pedisse. Mas estava assustada com tudo acontecendo tão rápido.
Henry Cavill esteve com seus dedos em minha calcinha enquanto eu estava sentada em seu sofá e até ontem estávamos brigando por um processo.

Minha cabeça não aguenta a tamanho surto.

Tomando fôlego nem notei que ele tinha me seguido e estava ao meu lado,somente quando ergui a cabeça e o vi tão próximo de mim. Não ousei gritar mas me retrai em susto, podendo ver uma expressão de dor em sua face. Não queria o fazer se sentir mal, logo eu me acalmou e engolia em seco.

- Desculpa.

- Não precisa se desculpar, eu quem devo. - Ele diz, vejo que ele põe suas mãos dentro dos bolsos da calça e da um passo para trás. - Não devia ter te forçado.

- Não me forçou. - Garanto. - Eu fiz porque quis, apenas...

- Ficou assustada. - Ele realmente parecia magoado, não comigo, mas consigo. - Me perdoe, Eduarda. Estou retirando o processo.

E simples assim ele dá a meia volta e retorna o caminho para sua casa.
E eu não consigo deixar que ele entre lá dentro sozinho.
Corro atrás do mesmo e seguro em seu braço, ele para de andar e se vira na minha direção.

- Fiquei assustada com o fato de que eu faria qualquer coisa que você mandar ou pedir. - Confesso. - Eu sonhei com isso inúmeras vezes e não imaginei que fosse ocorrer. Principalmente quando nem nos conhecemos.

Havia ali, em seu olhar e no meu, uma certa conexão inexplicável que não compreendiamos, ele abria um sorriso.

- Eu nem te conheço mas não paro de pensar em você desde aquele dia na biblioteca. - Ele confessa. - Você parecia querer fugir de mim, me odiar até.

- No momento eu odiava. - Confesso.

Isso o faz gargalhar e é uma gargalhada gostosa e divertida.

- Vamos entrar? - Ele convida, apontando a sua casa. - Prometo manter minhas mãos longe de você.

Sorria em resposta. - Que tal um chá dessa vez?

Ele me acompanha para dentro de sua casa, quando eu entro Noto o Kal deitado encima de uma caminha, ele parecia nos observar com os olhos sonolentos. Cavill me leva até a sua cozinha, aonde ele prepara um típico chá inglês com um pouco de creme, eu provo e aprovo. Realmente era saboroso.
E algo muito melhor ocorre naquela noite.
Ficamos sentados em sua cozinha, conversando sobre séries e filmes que gostamos, falamos de nossas infâncias e pasmem, até mesmo sobre super-heróis.

- Agora me diga sinceramente, qual seu herói favorito? - Ele pergunta.

- O Superman. - Digo rápido.

- Naaam. Fala sério, de verdade.

- Mas estou! - Ria envergonhada. - Eu sempre amei o Superman, depois vem a Mulher Maravilha e o Batman, os lanternas e por aí vai. Mas sempre foi o Superman.

Isso o faz corar suavemente.

Em um algum momento ficamos famintos e ele pediu pizza enquanto voltamos a sua sala, mas ele manteve distância de meu corpo e ligou a TV. Assistimos a trilogia clássica de Star Wars.

- Hmmm... Ainda prefiro o último da trilogia do Anakin. - Admito.

- Sua Herege! - Ele me joga uma almofada do seu sofá e eu aparo ela, evitando que derrube minha fatia de pizza de quatro queijos. - Como pode não gostar dos clássicos?

- Cara! Dá minha geração os clássicos são os do Anakin!

- Que horror! - Ele faz careta e eu gargalhava.

Havia uma diferença de idade sim, mas era até pouca, ao menos eu já sou adulta e pago as minhas contas.

Por volta do fim do terceiro filme do Luke, eu comecei a bocejar, já estava bem tarde e não vi quando deitei a cabeça no ombro do Cavill, mas abri os olhos quando ele me pegou no colo e me colocou em uma cama e cobriu meu corpo com uma coberta.

- Aonde vai? - Sussurrei o vendo se afastar da cama.

- Volte a dormir, vou estar no quarto ao lado. - Ele sussurro mas eu me sentei na cama.

- Fique comigo. - Minha voz saiu baixa, sonolenta e infantil. Mas eu não queria ficar sozinha, queria ele comigo.

Com relutância que eu via em seu olhar, ele cedeu.

Andou até o outro lado da cama, retirou a camisa e me deixou sem fôlego enquanto se deitava ao meu lado, não evitei e logo deitei minha cabeça em seu peitoral musculoso e peludo. Sentindo os braços dele em minha volta e voltando a dormir.

Processada pelo meu Ídolo (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora