Último Capítulo de Inevitável...
Quando você acha que sua vida esta difícil... Jamais de esqueça... As vezes pode piorar..." ... Capitulo XVII
Acordei por que meu celular estava tocando no criado mudo, olhei eram quase nove da manhã, mechi meu corpo e meu tornozelo avisou que ainda esta ali doendo. Atendi.
- alô?
- bom dia, tirei você da cama? - É valeria.
- bom dia. – disse sonolenta. – não da cama não, do sono sim.- E ri, ela também.
- já recebi seu atestado, então, só na próxima semana figura? Como vou aguentar sem você aqui ?! – ela riu de mim e eu fiz uma careta pra ela. - bem, então volte a dormir e boa semana, fique bem, por que ainda não entendi como você caiu ou se foi de propósito que a Silvia bateu em você. – diz ela convicta
- não mesmo. Embora ela até podia fazer isso já que sei que ela não gosta de mim, mas acho que foi acidente mesmo, Valéria eu estava lendo uma mensagem.
- e adivinhe de quem?
-sim.
- bom, enfim, na segunda você me conta tudo, bjos e descance, até.
- até. – eu disse e ela desligou, fui de pulinhos até o banheiro, fiz minhas necessidades matinais e escovei os dentes com a escova do Eduardo, e voltei aos pulinhos pra cama, Eduardo ainda estava dormindo, eu vestia ainda sua camisa que parava na metade das minha coxas, estava com muita fome, tentei manter os dois pés no chão, mas meu tornozelo doeu demais, coloquei minhas pantufas e fui pulando totalmente desengonçada até as escadas e de pulinho em pulinho desci e cheguei na cozinha, Janine já estava em função, quando ela me viu ficou assustada no inicio mas, sorriu vindo ao meu encontro.
- bom dia Senhora, fico feliz que esteja aqui. Não sabia. – disse ela sem jeito.
- sim, cai ontem estatelada na escada e Eduardo estava lá e me pegou, me levou pro hospital e acabei aqui agora com você na cozinha. – ergui os ombros e ri de nós duas. – preciso de um amarrador de cabelos- eu disse já tentando ajeitar minha cabeleira.
- um minuto, eu pego, tenho muitos. – disse ela entrando no corredor antes da portas dos fundos, ali ficava o quarto dela e o quarto de Thomaz. Ela volta e vem ao meu encontro. -Quer um café? Daquele jeito?- ela pede me segurando até que eu sento na cadeira da bacada
- ahan. – digo, - é possivel sair panquecas com recheio de chocolate com morangos?
- hunn. – ela disse arregalando os olhos pra mim com um brilho em especial. – que delicia! – ela exclamou. – é pra já, deseja mais sabores senhora?
- dá pra ser mais ... hann... normal?
- desculpe Senhora não entendi?
- dá pra deixar o “Senhora” e ser só Juliana? – disse pondo aspas no senhora quando falei.
- há sim, claro, Juliana.- ela disse ainda sorrindo.
- que bom, então deixo por sua conta e risco as panquecas. – e continuei rindo. Ela me deu as costas e começou a pegar os ingredientes pra fazer as panquecas, já foi pondo tudo no liquidificador e o silencio se fez entre nós, e eu pedi.
- Eduardo já trouxes as outras... han... namoradas aqui Janine? – ela parou o que estava fazendo e soltou um suspiro. Eu fiquei gelada e me arrependi pela pergunta, enquanto começava a fazer uma trança em meus cabelos, só não consegui lidar com a minha franja.
- não, ninguém. Quer dizer, no inicio sim, quando ele namorava Cecilia ela até veio aqui olhar pois a casa foi comprada pelo pais de Eduardo, mas depois ficou abandonada, e depois de laguns meses a reforma terminou e eles locaram, até que Eduardo mudou-se definitivamente este ano, algumas semanas antes de você. – ela fez uma pausa, olhou pro teto e tinha um dedo no labio. – há sim, exatamente duas semana antes, foi quando comemorou o aniversário da Elys, eles fizeram uma festa aqui. – ela disse dando as costas de novo pra mim, ligando o aparelho e em seguida despejando o conteudo em uma frigideira, enquanto isso ela pegou os outros ingredientes para o recheio, pegou os morangos.
- pode me dar esses morangos, eu vou cortando eles pra ti, eu tive uma ideia.- disse depois de finalizar minha trança, enquanto os morangos eram picados o cheiro maravilhoso já preenhia a cozinha, Thomaz entrou pelas portas dos fundos trazendo varias sacolas de mercado.
- bom dia, Senhora. Quer dizer Juliana. – ele disse sem jeito e eu sorri.
- bom dia Thomaz, como vai? – eu estava de calcinha e vestida com uma camisa de Eduardo sentada em uma cadeira, minha sorte era de que a bancada ficava na minha frente, então ele não viu nada. Ele apenas ficou confuso em me ver.
- bem... Han, Juliana. – ele disse sem jeito pondo as compras sobre a outra bancada, enquanto eu terminava de cortar os morangos.
- quer panquecas?
- han, não senhora. – ele disse ainda de costas e virando-se pra mim. – a propóstio seu carro esta na garagem.
- esta bem, obrigada, mas não posso dirigir por no minimo duas semana, então tudo certo. – ele manteve-se impassivel e nos deu silença.
- Janine, quero uma bandeja, aquela flor, um suco de laranja, um café e uma porção de panquecas, aquelas que estiverem prontas, vou levar café pro Eduardo, e ainda um pequeno prato e talheres. – ela rapidamente deixou pronto e eu fui indo para as escadas e de pulinho em pilinho subi, entrei no quarto e pedi pra ela colocar a bandeja no criado mudo, Eduardo dormia tranquilamente, com os lençóis enrolados da cintura para baixo de barriga pra cima, aquele deus grego do sexo dormia naturalmente, a imagem dele era sexy demais. Agradeci a ela bem baixinho e me deitei com ele abraçando-o, dando beijos ternos no peito dele.
- bom diaaa... – falei bem baixinho. – hora de acordar dorminhoco. – e ri dele, dando –lhe mais beijos suaves, ele me olhou apenas abrindo um olho e sonolento, esfregou os olhos com apenas uma mão.
- bom dia. – e me deu um beijo caloroso. – nossa, já escovou os dentes? – ele pediu juntando as sobrancelhas.
- ahan, nosso café esta pronto, mas você pode pegar por favor? – eu pedi. Ele me olhava de uma forma que não identifiquei o que ele pensava e depois de concluir o pensamento ele levantou e colocou a bandeja em nosso meio.
- adorei você vestida desse jeito... com minhas roupas. – e sorriu
- corrijindo, sua camisa.- e ri. – por que não consigo usar suas cuecas, eu estou naqueles dias... – e fiz uma careta pra ele. Ele me beijou com aquele beijo, quente, intenso e de tirar o folego.
- tudo isso pra mim? – pediu ele virando lentamente a cabeça para o lado e seus olhos brilhando, meu peito se contraiu de felicidade, como era bom quando estava assim, tão natural, tão ele, tão simples, sem as mascaras ou as vestes de todo poderoso diante dos seus negócios. Meu ventre se contraiu e vê-lo apenas de cueca aguçou meus sentidos. Eu queria ele dentro de mim, tinha saudade dele, mas ainda estava ferida e tinha que me mostrar forte e dificil diante dele, eu iria testa-lo. Tirando o foco “Apolo” diante de mim, decidi pegar o suco e tomei alguns goles me acordando bem, Eduado pegou uma panqueca, cortando-a em pedaços pequenos, o chocolate derretido escorria das panquecas e Janine caprichou no recheio, quando senti a testura em minha boca fechei os olhos e sem querer saiu um: - hunnnn, isso esta dos deuses. – eu falei mesmo com a boca cheia. Foda-se se Eduardo iria criticar meus modos, mas, eu estava em casa, alias na casa dele. Em nossos rostos não cabiam os sorrisos, eu por estar feliz e com ele, e ele, bem, não sei se era por esse motivo, mas ele estava relaxado e feliz.
Ele me deu comida como já fez inumeras vezes, sorrindo com aquele sorriso de orelha a orelha, seus olhos negros intensos, claro, não perdi a oportunidade de retribuir, depois da seção infantil de café da manhã, eu pedi um banho, precisava trocar de roupas.
- podemos ir visitar seus pais hoje se quiser... – falo erguendo os olhos pra ele esperando o que ele vai demosntrar, ele me olhou sério, com aqueles olhos negros vorazes, eu continuei. – você vai trabalhar? Por que eu não vou ficar aqui trancada a semana toda sem minhas roupas Eduardo. – falo tentando ficar seria, ele pondera, pensando um tempo sem me dar uma resposta enquanto termina de comer a ultima panqueca.
- esta bem, antes passamos na sua casa e almoçamos nos meus pais. – ele veio e me pegou em seus braços, ele estava tão diferente de cavanhaque que já precisava ser aparado. Mas ele estava mais sexy, mais alfa, tão predador e sexual. Eu fiquei excitada.
- vou ficar mal acostumada. – e sorri já entrando no banheiro.
- quero te deixar totalmente mimada. Pra mim. –ele diz e me leva para o chuveiro onde trasamos debaixo da agua quente, intensamente, eu fico a sua merce, e depois de um sexo cheio de novas posições devido ao meu tornozelo, descubro que posso ser mais do que feliz ao lado dele.
- isso é seu. – diz ele quando entra no carro depois de já ter certificado que eu estava com o cinto de segurança. Eu olho e tudo o que ele havia me dado esta sobre meu colo, celular, e algumas fotos que ela havia feito monstagens nossas daquele dia do nosso piquenique naquela colina onde fizemos sexo dentro do carro. Nossa primeira rapidinha. Eu rio sozinha e ele a dá a partida no carro, rumo a minha casa, e claro eu estou vestida com o moletom dele.
Já no carro, depois de passar em casa, rumo a casa dos pais dele, depois de estar totalmente saciada sexualmente, mesmo terminando aqueles dias de glória que toda a mulher tem no mês, ele esta vestido com seu óculos de sol, jaqueta, camisa branca e barba aparada, ai meu deus! – grita minha intuição ao ve-lo dirigindo seu Land Rover branco. – ele é um gato, gostoso, sexy... E minha nossa, faz um oral dos deuses!- ela diz pra mim dando pulinhos em minha mente, eu sorrio como uma idiota, louca e feliz. Sim! Por que nesse exato momento é isso que sinto, e tenho ao meu lado um namorado lindo, um poderoso prepador na cama e me suga como um picole, isso é inexplicável. Um conjunto tão bem elaborado, esse é ele, Meu deus Grego, meu Apolo.
Paramos no posto de gasolina que fica entre Capinzal e Piratuba, e ele desce pra abastecer o carro, eu aproveito a distração dele, pego o meu celular e tiro fotos dele. Cada dia me apaixono mais, fazem quase tres meses que nos conhecemos, porem eu tenho a sensação de conhece-lo a vida toda, quando ele percebe que estou tirando fotos suas ele se faz de dificil e ainda posa pra mim, como um modelo, e a impressão que tenho é que ele fez isso a vida toda, com naturalidade, com expressão. - Senhor! Ele me deixa umida! – resmungo pra mim mesma.
- eu estava adorando essa paparazzi! – ele diz ao entrar no carro e me dando um beijo molhado pra caramba, já ascendendo o fogo das minhas entranhas. – esse homem é divino!- já passa do meio dia e meia, e mesmo assim não temos pressa, seus pais nos aguardam no hotel, dando partida no carro ele dispara de olho na rodovia.
- gostou da sessão de fotos?
- amei e você? – falo, ele é fofo demais, as vezes acho que estou sonhando.
- também, desde que a fotógrafa seja você, por mim está ótimo.- e me puxa para um cafuné que agora ele começou a fazer em mim, beijar meus cabelos, ele tem uma tara pelos meus cabelos. Ficamos mais pertinho até chegarmos ao Hotel, quando estacionamos, entramos pela porta dos fundos e Eduardo me carrega no colo sem esforço algum, ele me disse que emagreci, mas só Deus sabe como é bom estar naqueles braços, sentir o cheiro dele que ainda não desobri qual é, lembra a cheiro de mato, aventura e pegada. Depois de passarmos pelas portas da lavanderia, cozinha, chegamos a uma sala reservada onde eles nos aguardavam e quando nos viram puder em Alice e Augusth como haviam envelhecido. Ela estava abatida, fragil e ele tentava ser forte, mas nada estava legal, Eduardo me pôs de pé ao lado dele e ficou me segurando.
- Oiii, como vão? – pedi sorrindo e eles vieram ao meu encontro, já me abraçando.
- querida, o que aconteceu? – ela pede segurando minha mão depois de me abraçar e já abraçando o filho com intensidade, Augusth também me acolhe e sorri pra mim esperando minha resposta.
- eu... caí da escada quando saía do trabalho ontem e acabei... hun.. torcendo o tornozelo. Eduardo é claro não permitiu que eu chegasse ao final da escada. – sorrio com vergonha encolhendo os ombros. Ela olha para o filho orgulhosa e vejo o brilho dos seus olhos, tenho a impressão de que ela até diminuiu de tamanho. Eduardo me abraça e me beija na testa,
- eu faria isso milhares de vezes se fosse preciso, desde que voce não se machucasse. – ele diz pra mim orgulhoso.
- vamos almoçar? – ela pede sorrindo e a energia entre nós é agradável, eu tinha receios deles para comigo, contudo eu quis a aproximação. Depois da refeição e pega_e_coloca do Eduardo comigo, chegamos na casa deles, naquela humilde residencia, uma mansão, eu entrei na cozinha e localizei o gazebo do qual eu tanto adorei. Os olhos de Eduardo perseguiam os meus e todos os meus movimentos. Quando nos olhamos ele sorriu mostrando aquele sorrisão pra mim, eu soltei uma gargalhada sem querer dele, Eduardo me deu beijos ternos e sua mãe, Alice nos olhava com tertura. Ela estava feliz por nós, em especial por Eduardo, isso eu podia sentir, mas havia mais alguma coisa, algo que ela queria me pedir. Sentamos a mesa e nos fartamos em meio a sorrisos e garfadas, todos os doces estavam uma delicia. Eduardo e seu pai acabaram indo para o escritório resolver sobre mais um hotel que eles queriam abrir daqui a dois verões e eu e Alice ficamos na sala, houve um silêncio sobre nós e eu acabei pedindo.
- você esta bem?
- sobrevivendo. – ela me disse triste. – minha doença voltou e acabou se espalhando e por mais que eu queria, existem coisas que não podemos prever... – ela fez uma pausa e olhou para suas mãos contendo um choro. – mas além disso é mamãe, tem tido crises e mais crises e eu nesse estado... – mais uma pausa e lagrimas, e eu me mantinha em silencio, as vezes as palavras não são suficientes como o silencio. – ela já não lembra de mais nada, esta na cama e a qualquer momento... – ela chorou e eu me levantei e de pulinhos sentei-me ao lado dela. Abracei-a e confortei-a. Ela olhou-me com suplica mas não teve coragem de falar, algum pedido ela iria me fazer. Estava abatida, cansada.
Não demorou mais que cinco minutos quando eles sairam do escritório e viram aquela cena, Eduardo ficou entre nós duas e nos despedimos, era hora de voltar e Eduardo tinha suas coisas pra fazer, seus negócios pra tocar,
- você gosta daquele gazebo não é?
-acho ele romantico, delicado. – Eduardo soltou um bufinho e sorriu.
- eu tenho algumas ideias bem melhores para a utilização daquele gazebo.
- há é? E qual é? – peço fazendo-me de ingenua.
- hun, você logo saberá Juliana.
- você e suas ideias... as vezes você me dá medo.
- medo? Por quê? – ele pede com aquele sorriso, eu me derreto, ele é um Apolo como já falei inumeras vezes, e não me canso, nem de falar, nem de ve-lo, nem de ama-lo.
- pela expectativa, por não saber o que pensa...
- não tema minha querida, apenas... relaxa e goze amor.
- Eduardo?
- o que foi? Falei errado?
-olha os modos comigo? – pedi me fazendo de ofendida.
- pra que? Se na cama você não é nem uma santa! E eu, adoro quando você não é nada santa...
A semana voou, almoçamos juntos, dormimos na casa dos meus pais na quinta e a noite usamos todos os moveis do quarto dele, afinal, eu naõ podia apoiar meu pé no chão, já eram altas horas da noite quando Eduardo me pôs na cama e ele juntou-se a mim, totalmente saciado. Eu não fazia ideia, mas como um orgasmo faz falta! Adormeci naqueles braços musculosos e em meio ao seu cheiro almiscarado pelos residuos de colonia na sua pele, mas eu preferia o cheiro dele, o cheiro da pele dele, esse era o meu combustivel pra que eu pudesse me entregar, sem amarras, sem pudores e me descobrir, Eduardo me guiava por um caminho onde ele pisava com firmesa, me conduzindo ao delirio erotico e orgastico. Ele era uma maquina, embora, amor não fosse a praia dele, eu conseguia tornar o ambiente mais delicado quando eu também tinha que controla-lo. E juntos estavamos descobrindo como era uma relação a dois. Tanto na cama como fora dela. Ele havia reagendando seus compromissos noturnos para poder ficar comigo naquela semana. E quando coloquei a cabeça em seu peito para domir, o agradeci dando um beijo quente e molhado.
- nunca se esqueça... Eu amo você. – disse olhando nos olhos dele e ele sorriu. Dei-lhe as costas e Eduardo me abraçou e assim ficamos. O sono me envolveu, estava exausta fisicamente depois da surra sexual que ele havia me dado. Exaurindo-me por completo. Fisica e mentalmente.
Sexta feira ainda era manhã, o sol não havia mostrado seu brilho quando o telefone de Eduardo tocou nos acordando, eu já colocava meu pé no chão porem sentia ainda fisgadas de dor.
-alo?- ele disse sentando-se e pondo os dedos contra os olhos. – sim. – ele pôs a mão na tempora. – sim. Que horas e onde será o velorio? – velorio? há senhor que fim de semana! – pensei, a vó Érica. Eduardo desligou o telefone e pegou seu notebook, e deitou-se ao meu lado.
- durma meu anjo, vou adiantar algumas coisas e enviar avisos. Depois te chamo. – ele me deu um beijo leve no topo da minha cabeça e me fez cafuné daquele jeito nos cabelos onde logo adormeci.
O fim de semana foi pessimo e na segunda eu já voltaria a trabalhar, Alice estava acabada fisica e emocionalmente, e depois que chegamos na casa dela, no fim da tarde de sabado, eu fiz um chá de camomila para acalmar seus nervos, e sentada na cama conversando ela acabou me surpreendendo.
- estou destroçada, não tenho forças nem pra me mover. – disse ela sussurando.
- durma, tente dormir... Feche seus olhos e não pense em nada... Mas se resolver pensar, pense em um jardim lindo, todo florido, com um belo gramado aparado, flores de todas as cores e uma arvore frondoza que lá contem um balanço... – ela já havia fechado os olhos e me ouvia com paciencia. Continuei. –pense em você com Eduardo e Elys nos balanço felizes e sorridentes, posso ouvir as gargalhadas de criança, lembre deles quando pequenos e das lembranças felizes...
- eu queria lhe fazer um pedido. – disse ela olhando pra mim.- eu não tenho mais tanto tempo, Elys não tem namorado e... – ela fechou os olhos e escolheu as palavras para me dizer. – eu queria ter netos... – ela sussurou. Eu pisquei incredula com o pedido, fiquei sem palavras, um bebê? Na minha idade? Sou jovem demais pra isso.
- não acha que é cedo demais?- pedi, ela pôs sua mão sobre a minha e ficou acariciando.
- não. Eduardo te ama. De verdade. Ele mudou. E muito, e graças aos céus, você entrou na vida dele, na nossa vida Juliana! Não sabe o quanto agradeço todos os dias por Deus ter sido misericordioso comigo, me dando tempo para conhece-la e apreciar sua presença. Você me trouxe Eduardo de volta.
- eu... eu... e... não tinha planos pra isso, e ... Eduardo vai...
- amar a ideia, tenho certeza. - ela disse
- a Senhora não o conhece como eu o conheço.
- conheço meu filho. – ela sorriu.
- não, não conhece. Os traumas que ele tem. Ele vai ficar furioso e não é uma decisão apenas minha, tem que ser nossa! A senhora tem noção da responsabilidade que é um filho?
- sim... Tive dois. – disse ela pra mim com ternura, me desarmando. – pensa com carinho Juliana, você é jovem e tem a vida toda pela frente, dois anos passam rapido pra quem quer estudar, e além do mais, você vai estar jovem.
- não é isso. –eu falei negando com a cabeça.
- então o que é?
- é medo, insegurança... é um mundo novo, não me vejo como mãe tão cedo. Me desculpe. Mas não quero mais falar sobre isso.
- tudo bem, preciso descansar.
- durma, foi um longo fim de semana.
Depois que Eduardo me deixou em casa, entrei no chuveiro e ponderei o assunto, a proposta não saia da minha cabeça. Não haviamos feito uma palavra em todo o caminho de volta, eu não tinha assunto e ele estava concentrado demais na estrada e queria ficar sozinho, ele queria um espaço e eu também, nossa despedida no hall do predio foi rapida. Meus olhos negros estava diferente, algo estava acontecendo com todo o mundo daquela familia? Depois de vestida, exausta e não ter dormido direito eu voltava a vida, Lisy não estava em casa, mas havia me deixado um recado de condolencias.
- mãe...
- como esta meu doce?
- como a Senhora acha?
- hunn, quer vir aqui? Pra descansar?
- não, não, vou ficar em casa, quero ibernar
- esta tudo bem filha?
- sim mãe, apenas estou exausta... – e abri a boca de sono.
- oh nossa, durma com os anjos meu bem, e se precisar liga, por favor, esta bem?
- sim mãe.
- ha, seu pai esta dizendo que esta com saudades e que ama você!
- também amo todos vocês,beijos, se cuidem. Tchau.
- tchau, meu bebe.
- mãe?! – ela desligou. Me cobri até as orelhas e cai em um sono profundo, mortes já não me abalavam mais, Joana ainda me dava assitencia, mesmo que fosse por email ou na hora do almoço. Mas eu já não era a Juliana do inicio do nosso relacionamento, essa Juliana já era bem mais madura.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Inexplicável
RomanceDepois de confissões assustadoras e de passados compartilhados, Eduardo e Juliana tentam adaptar-se um ao outro. Embora o trabalho e o cotidiano exijam cautela eles sempre arranjam um tempo para encontrar-se, mesmo com Barbara aprontando poucas e bo...