Memories

PRÓLOGO

Tempo, o tempo é algo engraçado não é?

Você espera que ele passe, mas não, parece que o relógio faz questão de ficar parado quando você mais precisa que ele passe.

A angústia te toma conta quando as horas demoram a passar, o barulho angustiante do ponteiros te causando desespero profundo a cada segundo que passa.

Você espera que algo mude, que um milagre aconteça, porém as coisas não funcionam assim.

Pessoas correndo e falando alto de um lado para o outro e corredores lotados.

Não seja egoísta, não é somente você que está sentindo angústia e medo nesse momento.

Pensar.

Distrair.

Pensar.

Distrair.

Pensar.

Distrair.

Não adianta.

Nada vai adiantar em quanto eu não souber de nada.

Eu não sei o que está realmente acontecendo, é tanto barulho, eu não consigo pensar. Eu não consigo me ouvir.

Merda, eu preciso pensar!

- Josh! Josh, estou falando com você me responda. Você está me ouvindo?

- Josh fala alguma coisa! - Uma outra voz grita.

Merda, merda, merda, merda.

Me levantei num pulo pondo as mãos na cabeça procurando silêncio, mas sem sucesso.

Cambaleando tentei me apoiar na parede... Branca? Eu não estava enxergando direito, tudo estava girando e embaçado.

- Josh! - A mesma voz gritou assim cai contra o chão fazendo impacto com meus joelhos.

Eu sentia falta de ar eu não conseguia respirar, comecei a ficar claustrofóbico parece que tudo se apertava contra a mim e o ambiente ficou abafado e quente.

- Filho, por favor olha pra mim!

Meus olhos pesaram e eu apaguei num piscar de olhos, literalmente.

[...]

- Beba mais água... - Úrsula me oferecia mais água e com as mãos trêmulas segurei firme o copo descartável.

Eu havia desmaiado, eu estava conturbado com a situação e não havia comido se quer um grão de arroz no dia.

Eu não conseguia comer, e não vou me preocupar comigo até saber que ele estivesse bem.

- Filho, fala comigo. Você precisa comer.

- Eu não consigo... - Foi tudo o que consegui dizer.

- Josh, por favor, você está fraco, precisa de algo forte com sustância. - Any que estava do outro lado da cadeira dizia enquanto massageava de leve minhas costas.

- Eu só preciso dele, só preciso saber se ele está bem...

- Você fazendo birra pra não se alimentar não vai acelerar o procedimento. Então para de bancar uma criança mimada e come.

- Criança mimada? Você sabe o que eu tô sentindo agora? - Perguntei. - Pelo visto não. Eu estou esperando aqui a horas angustiado e com medo do que pode acontecer e você dizendo que estou fazendo birra? - Rebati.

Ela me olhou e depois revirou os olhos.

- Você fala como se eu e sua mãe também não estivéssemos preocupadas, estamos na mesma. Você está estressado, confuso e nós entendemos Josh, mas poxa come pelo menos, se continuar fraco não vai poder vê-lo, e você sabe como ele é. - Termina a mesma.

Baixei meu olhar assim que ela se levanta ficando de frente pra mim.

- Eu sei que é difícil Josh, mas são apenas fazes, momentos dificeis,  daqui pouco vamos ser o que eramos antes. Mas fica bem por mim, pelo Noah. - Se ajoelha na minha frente e levanta meu rosto notando meu semblante.

Eu já me encontrava nos braços da mesma quase ao ponto de desabar.

Mas foi inevitável, as lágrimas já brotavam dos meus olhos e a mesma alisava minhas costas.

- Desculpa... - Dizia com voz embargada.

- Está tudo bem, estamos com você aqui. - Me consolava.

- É sério, me desculpa e-eu... - Fui cortado.

- Josh olha pra mim. - Ela pede e levanto minha cabeça de seu pescoço. - Por favor não se lamente. Não esquenta com isso tá? - Assinto e ela se aproxima e beija minha testa.

- Eu te amo. Obrigado por tudo pedra. - Voltei a por minha cabeça no vão do seu pescoço aprofundando mais no abraço.

- Eu te amo também, pedra. - Ela respondeu com a voz quente no meu pescoço.

Eu me sentia mal por não estar conseguindo ser forte, eu sou muito difícil de me emocionar e chorar, mas parece que agora o mundo caiu sobre mim.

Any e Úrsula estavam tentando ser fortes com tudo, mas eu que devia estar passando essa segurança pra elas.

Ouvir aquela notícia através da linha telefônica me fez cair na vida real.

Noah havia sofrido um acidente.

E eu não estava lá na hora, talvez eu pudesse evitar esse incidente.

Talvez ele não tivesse passado por isso mas sim eu.

Estávamos resolvendo os últimos ajustes para o casório, mas isso terá que esperar.

Ele estava a caminho do aeroporto quando tudo aconteceu.

Após meu pedido de casamento ele queria convidar a família por mais distante que seja, ele fazia questão da presença deles no dia.

Então o próprio quis fazer o convite pessoalmente, aproveitando para visitar a família.

Até que uma perda de controle no meio da rodovia o fez ficar inconsciente.

"Acidente na rodovia principal de Los Angeles causa uma morte e dois feridos"

Era o que eu ouvia na TV enquanto uma ligação tentava me alertar e informar do ocorrido.

Tudo tinha parado a minha volta, o aparelho foi ao chão assim que ouvi e com o baque minha mãe apareceu me questionando o que havia acontecido.

Oi gente, eu resolvir fazer uma fanfic mesmo porque de primeira isso aqui séria one-shot, mas né.

Os capítulos não terá data de atualização, postarei quando eu estiver decidida escrever, no meu tempo, então tenham  paciência comigo.

Vou tentar postar os capítulos mais breve possível pra não deixar vcs de mão.

Obrigada por estarem lendo amo vcs :).