Jealous

Aquela maldita greve estava o matando!

Não poder tocar no corpo extremamente gostoso de seu namorado, era uma tortura diária para Harry.

E ele nem entendia o motivo da greve!

Okay, tá bom, na verdade ele entendia sim. Ele sabia que não deveria ter tido uma crise de ciúmes, afinal, Louis odiava isso, para o menor, demonstrações de ciúmes em excesso era a pior coisa que o cacheado poderia fazer.

Harry tinha tido uma séria crise de ciúmes quando viu Stanley dar em cima de seu Louis. Desde sempre o de olhos verdes era ciumento, e desde sempre isso nunca agradou Louis. Por isso, quando começaram um relacionamento, o de olhos azuis lhe pediu para que não demonstrasse esse ciúmes de forma exagerada, então depois de praticamente um ultimato que o menor impôs, entre o seu ciúmes e o namoro deles, Harry não teve escolha a não ser se controlar.

Mas ao ver o colega de faculdade do namorado, quase beijando o menor, e Louis sem fazer nada, — Talvez nem percebendo as intenções do outro — não conseguiu evitar de andar a passos apressados até os dois e agarrar o pulso do menor com força, o puxando para o carro e, sem querer e infelizmente, brigando com ele.

Depois desse dia, à três semanas, Louis simplesmente entrou em greve, deixando o de olhos verdes em uma completa abstinência.

O de olhos azuis quase não falava com ele, sempre o ignorava e quando, finalmente, Harry chegava perto do mesmo, ele não conseguia ao menos dar um selinho no menor, pois o mesmo se recusava.

Isso estava enlouquecendo Harry!

O mesmo já tinha, de todas as formas, pedido desculpas para o seu namorado, mas nada funcionava, e isso já estava começando a o preocupar. Ele sabia que tinha passado dos limites ao gritar com o menor, viu isso na expressão de Louis quando terminou o seu surto. O garoto estava magoado e encolhido no banco, e antes mesmo do cacheado poder se desculpar, Louis pediu para o deixar em casa, e eles não disseram mais nada durante o caminho, mesmo com Harry tentando.

Ele se sentia culpado, não era para ter deixado a raiva lhe subir à cabeça, era para apenas ter conversado, como fazia das outras vezes.

E agora o mesmo suspirava enquanto tocava a campainha da casa de Louis, pedindo mentalmente para que o namorado não lhe mandasse embora.

— O que está fazendo aqui? — Louis pergunta quando abre a porta, não olhando diretamente no olho do mais alto.

— Eu posso entrar? — O castanho suspira com a fala do cacheado e apenas abre a passagem. — Vamos conversar, Lou, por favor. — Eles já estavam na sala quando o de olhos verdes pediu aquilo.

— Não precisamos conversar. — Respondeu indiferente.

— Sim, precisamos! Louis, eu não aguento mais você me ignorando desse jeito. Eu fiz errado, eu sei, mas deixa eu me desculpar devidamente, por favor. — A fala saiu meio desesperada, e Harry estava mesmo desesperado. Ele estava pensando que isso podia acabar em um término, e era isso que lhe causava tanto desespero. Sim, mesmo que não pareça tão grave assim, para Louis, isso era, e muito, por isso o de olhos verdes temia, afinal, não pensava, de nenhuma maneira, a sua vida sem seu baixinho.

— Harry… — Louis chama baixo, logo erguendo o olhar e olhando nos olhos de Harry com certa raiva, fazendo o cacheado estremecer. — Você prometeu que não iria ter, nunca, uma crise de ciúmes. — Vai se aproximando cada vez mais do mais alto, enquanto a voz também aumentava. — Prometemos um ao outro que íamos sempre conversar caso sintamos ciúmes, sem nada exagerado, mas o que você fez? — Já estavam bem perto um do outro, e o outro engoliu em seco com o olhar de raiva do menor. — Você me arrastou pelo braço e gritou comigo Harry! — Gritou a ultima frase, mas logo a raiva passou dos olhos azuis, dando lugar a mágoa, que fez o coração de Harry se apertar. — Às vezes parece que… Que você não confia em mim. — Murmura desviando o olhar.