• O estranho

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Uma carranca profunda se formou no rosto seu rosto quando alguém passou esbarrando em seu braço a fazendo bater consequentemente em outra pessoa derrubando o conteúdo do seu copo no chão. O cheiro de álcool, transpiração e outras substâncias ilegais enchiam o ar ao seu redor a obrigando a tampar o nariz.

Era aquilo que eles chamavam de diversão?

Resistiu ao impulso de expressar seus pensamentos sarcásticos. Ainda assim, o que mais você poderia fazer? Dizer que estava tendo uma noite ruim não era nem a palavra correta que gostaria de usar, e a pior parte era que para início de conversa você nem ao menos queira está ali.

- Cuidado menininha!

Seu sangue ferveu quando um homem alto e mascarado disse em irritação após se colidirem. Você queria taca-lhe uma garrafada na cara do infeliz que a chamou de menininha, mas resistiu ao impulso por medo de causar uma cena e quem sabe não passaria a noite em uma delegacia. Sim, hoje não era o seu dia.

Os clarões de luzes coloridas fizeram com que levantasse uma mão para proteger os olhos, respirou profundo algumas vezes para manter o seu temperamento sobre controle.
Não deixaria aquela noite passar em branco, faria Jean pagar por sua noite ruim, só precisava encontrá-lo para início de conversa.

Aquele estúpido tinha depois de semanas implorando e suplicando conseguido arrastá-la para aquela maldita festa de Halloween que você nunca quis vim em primeiro lugar só para deixá-la largada sozinha.

- Não .

- Oh, vamos _____! – o rapaz gemia suplicante.

Você cruzou os braços em um expressão séria.

- Eu já lhe disse Jean, a minha resposta é “não”.

- Gah! – ele jogou as mãos para cima em exasperação, você poderia começar a sentir os olhares estranhos que recebiam das mesas ao seu redor no pequeno restaurante onde estavam almoçando. – Apenas me diga, por que não?

- Você sabe o porquê. –  começou calmamente. – Eu estou ocupada, tenho que terminar meu currículo neste fim de semana para enviá-lo para as empresas jornalísticas. Não tenho tempo para sair para uma festa.

- Você nunca tem tempo para fazer nada divertido. – Jean reclamou e você revirou os olhos pensando que se não fosse por conhecê-lo desde criança e pelo seu lado grosseiro uma vez ou outra, ele agia como um adolescente de apenas quinze anos. – Na escola e na faculdade sempre foi estudar, estudar, estudar. Agora é sempre trabalhar, trabalhar e trabalhar. Quando é que vai ser a hora?

- Quando eu estiver vivendo feliz em uma casa de repouso.  – falou baixinho.

Jean gemeu.

- Tudo bem, tudo bem. Essa conversa não vai a lugar nenhum. – seu comentário sobre a sua inteligência para ter chegado a essa conclusão tão rapidamente foi perdido quando ele voltou a insistir. – Que tal um acordo?

Você levantou uma sobrancelha cética.

- Sou toda ouvidos.

- Se você for para a festa do Connie comigo, eu lhe darei esse casaco de presente. – disse ele tirando seu celular da bolsa, na tela exibia uma foto de um casaco de pele.

Você não conseguiu parar o alargamento infantil de seus olhos e o brilho neles, encarava a foto como se fosse preciosa, mas não era por menos, aquele era o novo lançamento de uma grande marca. Apesar de não se importar com roupas de marcas, aquele casaco era lindo... E caro!

ESTRANHO - EREN JAEGEROnde histórias criam vida. Descubra agora