20. A Recepção

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Depois do almoço cavalgamos o resto do dia. O nosso caminho foi cercado por fadas até paramos em uma pousada que fica alguns metros do DMAP, o monte do castelo que possuía uma história peculiar. O lugar era belo e calmo. Os cavalos estavam exaustos, mas descansaram em um estábulo próximo.

Escolhi três quartos para dormimos, pois Anthone disse que dividiria o quarto comigo como forma de me manter seguro, mas eu sabia que ele odiava que alguém gastasse dinheiro por ele. Luka queria pagar o próprio quarto e Kira não se importou com quem pagasse, ela apenas queria dormir.

No dia seguinte, comemos o café da manhã daquela hospedaria e seguimos para o castelo, ou melhor, para a parte de baixo dele, onde fomos recebidos pelos guardas. Eles revistaram até os nossos cavalos em busca de um pequeno detalhe feito de ferro, mas nada encontraram. Discretamente, enviaram uma fada para que avisasse à rainha da nossa chegada que, provavelmente, meu tio já havia informado. Os funcionários levaram nossas malas e até o resto de comida de cavalo em um voo para o castelo.

— Devíamos ter uma recepção de guardas — Kira disse, cavalgando ao meu lado pelo caminho que resultava no castelo e admirando os guardas que nos cercavam com belas roupas brancas e asas coloridas.

— Sabe que temos ocupações, não precisamos vigiar um monte inteiro — Anthone retrucou.

— Posso não ser mais um guarda, mas, apesar de Max conseguir organizar uma recepção, isso não seria coisa para se fazer no castelo do rei — Luka opinou.

Kira começou a rir e olhar para Luka, que ficou sério. Pareciam ter algum segredo ou uma história muito engraçada.

— O que aconteceu aqui? — questionei.

— Nada. Vamos acelerar — ele respondeu.

— Eu deveria investigar isso ou... — Anthone disse baixo para mim.

— Melhor não... — falei rindo baixo.

Cavalgamos mais rápido. Chegamos no topo com a bela visão do castelo branco e repleto de ouro e do delicado e enorme jardim que a rainha cultivava na parte da frente. Ao redor podia enxergar alguma área de treinamento com guardas e florestas suaves. Subimos as pequenas e mágicas escadarias, passamos pelas enormes portas com detalhes dourados e a figura da rainha, acompanhada por vários funcionários fadas, surgiu.

— Seja bem-vindo Príncipe Max Angellus — disse a Rainha Obsidiana no salão principal do castelo.

Era admirador a beleza jovial da rainha apesar da quase meia idade. Ela estava vestida de preto com vários detalhes em sua roupa, além de nobres joias de obsidiana.

— Obrigado por nos receber pessoalmente, minha Rainha — cheguei mais perto e fiz uma reverência enquanto meus amigos ficavam atrás de mim. — Será uma honra passar os dias em seu castelo e comemorar sua festa ao seu lado.

— Eu agradeço sua presença e desejo que aproveite o tempo em que estiver em minha casa. Faça deste castelo o seu.

— Agradeço — disse.

— Creio que não conheça ou reconheça minhas damas, apesar dos poucos encontros que possuíram durante importantes eventos e reuniões quando eram crianças — ela disse calmamente.

— Realmente não me lembro delas, com exceção de uma em específico.

A rainha sinalizou para um funcionário que imediatamente voou para o topo da escadaria ao final do salão e abriu as portas para a entrada das damas. Dourado, cinza, rosa, azul e, finalmente, Scarletty surgiu, descendo as escadarias andando.

— Príncipe Max — disse a Dama de cabelo dourado, ou uma cor mais ruiva, se curvando. Ela usava um vestido longo branco com detalhes dourados na cintura, onde surgia uma fenda aberta até o pescoço, e uma capa dourada.

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