Do nada, me senti irritado.
Era como se um inseto estivesse subindo pelo meu pescoço ou houvesse algo preso no meu dente. Algo estava simplesmente... desligado.
- Ele é gostoso - observou Any bem alto, fazendo-me também olhar para quem ela estava se referindo.
Parado na porta da sala de aula estava um aluno que eu nunca tinha visto antes. Ele era alto e tinha uma constituição muscular, pele beijada pelo sol, cabelo loiro e ondulado, olhos azuis brilhantes como o oceano. Ele exalava uma vibe definitiva de fuckboy, com seus tênis adidas, camiseta branca e tênis, que provavelmente eram alguma marca "legal" que eu desconhecia ou nem me importava o suficiente para reconhecer.
- Tudo bem, turma - minha professora de arte, cujo nome eu ainda não conseguia lembrar, apesar de estar em sua classe há um mês, se dirigiu à nova criança com um aceno de mão. - Este é o seu novo colega de classe. O nome dele é... er, lembre-me qual é o seu nome, querido?
- Joshua - disse o cara novo, e assim uma coleção de murmúrios - a maioria femininos - subiu na classe de quarenta, agora 41.
- Certo, Josh - disse a professora de arte. - Eu sou a Sra.Garroway - é isso - Eu serei sua professora de arte este ano. Vá em frente e sente-se onde quiser. - De qualquer forma, ela se voltou para o resto da classe e começou a tagarelar tudo o que estaríamos fazendo naquele dia, ponto em que eu me desliguei.
Peguei meu lápis de carvão e retomei tudo o que estava fazendo no meu caderno de desenho. A coisa boa sobre essa classe é que eu não tive que tentar muito para passar. Eu era naturalmente artístico e tinha sido tudo. Mesmo que o trabalho que entreguei tivesse absolutamente a minha vida, nada a ver com a Sra.Garrison ou Garret ou quaisquer instruções - o que geralmente não acontecia porque eu nunca ouvia suas instruções - ela ainda me deu cem, às vezes mais, e elogiou meu trabalho como se fosse uma obra-prima.
Esbocei linha após linha, sem realmente prestar atenção ao que estava desenhando. Eu apenas deixei minha mão assumir, trocando meu lápis por um de espessura ou intensidade diferente sempre que achei necessário. Não foi até a metade da aula que olhei novamente para Any chamando meu nome.
- O que? - Eu perguntei, levantando uma sobrancelhas. Any me lançou um olhar de repreensão, como se eu tivesse feito algo indecente.
- Já passou metade do período e você ainda não disse olá ao nosso novo companheiro de mesa - ela repreendeu. Foi então que percebi que, sentado do outro lado da mesa ao lado de uma pessoa cujo nome eu não conseguia lembrar, estava o novo aluno, cujo nome eu também havia esquecido. Eu não era o melhor com nomes; Sinceramente, não me importava o suficiente para lembrar deles.
- Olá - eu disse entediado, mal lançando um olhar.
Voltei minha atenção para o meu caderno e revirei os olhos quando Any arrancou o lápis da minha mão. Só para irritá-la, peguei um diferente e comecei a sombrear. Eu ri baixinho com o gemido frustrado de Any. A risada rapidamente se transformou em um grito, quando ela agarrou meu lápis novamente e o usou para me cutucar com força nas costas da mão. Eu olhei para cima para acalmá-la e fazê-la me deixar em paz.
- O que?
- Apresente-se! - Any exigiu, indicando do outro lado da mesa em direção a... José? Jason?
- Você estava chamando meu nome por, tipo, um minuto. - eu disse secamente. - Se ele ainda não percebeu, é uma causa perdida. - Ao som de uma risada abafada, eu olhei para Jorge em cheio pela primeira vez desde que ele entrou para vê-lo sorrindo.
- É Noah, certo? Eu sou Josh.
- Legal - eu balancei a cabeça, nem mesmo fingindo estar interessado, e voltei para o meu esboço.
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Bite me
Roman d'amourEles foram destinados a odiar um ao outro. Suas famílias eram completamente opostas, rivais. Por um bom tempo, eles se odiaram. Mas chegou um momento em que não conseguiam mais esconder os verdadeiros sentimentos, indo contra suas próprias famílias...