Capítulo 3

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Dulce María

A melhor coisa daquela semana tinha sido a mensagem da Maite na sexta-feira, eu realmente precisava de um date com as meninas, beber e curtir a noite como sempre fazíamos, porque a semana tinha sido daquelas de muitas lembranças.

Eu arrumei toda a casa para a chegada das meninas, fui ao mercado e comprei uma tequila, a noite seria maluca e longa, ainda bem.

Cheguei em casa, tomei um banho, coloquei um shorts e uma regata. Peguei alguns potinhos, coloquei amendoins e salgadinhos, abri uma cerveja e esperei as meninas chegarem, eu estava ansiosa, parecia há meses eu não as via, apesar do nosso último encontro ter sido somente há quatro dias. 

Anahí e Maite chegaram juntas, acompanhadas de cerveja, assim que elas abriram a porta do meu apartamento, meu sorriso triplicou de tamanho.

- Amigas lindas! Eu estava com saudades! - Andei em direção à elas.

- Dulcinha, que saudade que eu estava! - Anahí disse me amassando.

- Bom te ver bem, Dul! - Dessa vez Maite me amassou e eu sorri sem jeito.

A noite começou tranquila, shots de tequila, muita cerveja e falação de merda, o que é bem normal para quando estamos juntas, mas tudo que é bom dura pouco.

- Tenho que falar uma coisa pra vocês. - Maite falou meio enrolada.

- Diga! Carmen quer ouvir! - Anahí disse dançando.

- Quero voltar ao Mato Grosso do Sul! - Falou de uma vez e o clima pesou.

- Tá maluca? - Eu quase gritei. - Da última vez a gente quase morreu! E meu filho morreu! - Dessa vez eu estava gritando.

- Dulce, a gente precisa saber o que aconteceu, é questão de necessidade! - Maite subiu o tom de voz.

- Você só pode estar maluca, não tem outro motivo. - Eu falei colocando a mão na cabeça e rindo.

- Acho que amanhã a gente deveria ir pra balada com os meninos. - Anahí falou como se nada tivesse acontecendo.

- Que? - Maite falou.

- É. Vamos para a balada amanhã! - Anahí falou. - Sem discussões, literalmente.

O clima pesou de inicio até eu e Maite fingirmos que a pequena discussão nunca aconteceu, a noite terminou vinte minutos depois disso.

***

Dormir foi quase impossível, o sábado estava rolando tranquilo e meu humor estava péssimo, a história da Maite querer voltar ao Mato Grosso do Sul tinha mexido comigo e minha cabeça estava a mil.

Eram quase nove horas da noite e eu estava indo tomar meu banho para tentar dormir quando Anahí ligou.

- Fala furacão. - Falei sem vontade.

- Já está pronta? - Anahí falou, provavelmente fechando sua casa, pois deu para ouvir o barulho de chave e eu fiquei em silêncio. - Dulce, você esqueceu? Hoje vamos para a balada! - Sua animação era louvável. - Vou passar aí de uber em vinte minutos, esteja pronta.

- Mas... - Anahí tinha desligado.

Corri pro chuveiro e joguei apenas uma água no corpo, mal passei maquiagem, porque eu realmente não tinha tempo, mas a conclusão do visual completo me deixou totalmente satisfeita, meu cabelo solto e liso, um vestido preto com brilhos, colado no corpo e na metade da coxa e claro, meu melhor amigo, meu scarpin vermelho.

Assim que eu terminei de calçar meu sapato, meu celular começou a vibrar. Anahí tinha chegado. Deixei ele tocando sozinho e desci de encontro à ela que estava fora do carro de braços cruzados.

Nada Convencional: A Última Torre.Onde histórias criam vida. Descubra agora