cinema improvisado

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Dia de cinema no dormitório da 1-A. 

Todos os alunos estavam reunidos na sala para assistir o mais novo filme de terror do momento. Midoriya e Todoroki montavam o projetor, enquanto Momo e Jirou preparavam as pipocas. Kaminari e Sero ajeitavam os bancos e sofás em fileiras, alegando ser mais parecido com um cinema assim. E Kirishima? Bom, Kirishima estava tentando convencer Bakugou a se juntar ao grupo.

— Bakugou, é um filme de terror super másculo! Você precisa assistir.

— Ah, Cabelo de Merda, não enche... — Katsuki se sentou na cama. — E se ficarmos aqui? Podemos jogar mais uma partida de ultimate ninja...

Os lábios de Kirishima se curvaram em um sorriso.

— Está com medo de assistir um filme de terror, Katsuki? — o tom soou levemente provocativo.

Viu Bakugou estremecer na cama.

— Claro que não, Cabelo de Merda! — ele se levantou. — Vamos logo ver essa bosta.

O filme era péssimo. Kirishima sentia a espinha vibrar a cada cena de jumpscare. E a cada arrepio seu reflexo era apertar a coxa de Bakugou. Sua individualidade se ativou sozinha em alguns momentos, responsável por alguns arranhões na pele pálida. Mas Bakugou não reclamou.

Ele parecia bem entretido com o filme. Era um suspense psicológico, na verdade. Kirishima nunca pensou que esse fosse um de seus preferidos a ponto de roubar tanto sua atenção.

As íris vermelhas brilhavam refletindo as cores do telão; Eijirou suspirou — Bakugou ficava tão másculo concentrado assim. De repente, Kirishima teve a ideia de tentar ver o filme através do reflexo nos olhos de Bakugou, isso seria possível? Eles espelhavam perfeitamente as cenas, até a pele do rosto de Katsuki se pintava com os tons do filme, a boca dele parecia...

— Ei, Cabelo de Merda — Bakugou sussurrou sem tirar os olhos da projeção —, para de me olhar assim. Você não queria assistir essa bosta?

Kirishima sentiu uma onda de calor subir até seu rosto e agradeceu a concentração inabalável de Katsuki no filme —, seria péssimo se ele notasse suas bochechas coradas.

— Eu estou assistindo. — Kirishima respondeu baixinho.

— Shhhhhhh — Mina chiou no banco da frente.

Bakugou deu de ombros; Kirishima manteve o olhar nele.

Eles estavam na última fileira, ocupavam o menor sofá, ou seja, um pequeno espaço para os dois. Estavam "sozinhos" sob as luzes do projetor. Ele tinha certeza que Bakugou sentia o peso dos seus olhos e mesmo assim, não o afastava, era como se ele os quisesse ali... O pensamento queimou sua pele como uma centelha de desejo, levantando arrepios por toda sua espinha. Você deveria se concentrar no filme, se repreendeu Eijirou, no filme já!

Ao voltar a encarar a projeção, Eijirou levou um susto. Seus dedos se enfiaram de uma vez na coxa de Katsuki, ele soltou um gemido baixo. Uma onda de calor despencou sobre Kirishima e ele não fazia ideia se era pelo susto ou por aquele gemido de dor tão... sexy. Ele balançou a cabeça como se fosse suficiente para afastar o pensamento. Foco, Eijirou!

No instante seguinte, a mão de Katsuki estava sobre a sua e seu foco se prendeu totalmente nela. Os dedos longos e calejados de Katsuki ferviam ao se enlaçar nos seus.

— Bakug...

— Shhhh, Kirishima, fica quieto! — dessa vez foi Sero quem o repreendeu.

Os dedos de Bakugou se encaixaram no vão dos seus, ele apertou a mão de Kirishima e a deslizou até o cós do seu moletom preto.

Don't tease me | KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora