v i n t e e d o i s

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A n g e l / L i g h t

[sem revisão]

O dia nublado e cinzento fazia contraste com o prédio alto e luxuoso composto por painéis brilhantes de vidro.

Subi meu olhar de forma preguiçosa até o topo da construção, avaliando-o.

— Uau. Esse merda realmente gosta de exibir sua riqueza...

Estalei a lingua no céu da boca insatisfeita e joguei a bituca do cigarro que estava fumando no chão, pisoteando-o. Depois de pensar em como iria adentrar no prédio e encontrar Jonatan sem ser barrada por algum funcionário, andei em passos firmes até a entrada. No meio do percurso, ajeitei o capuz em minha cabeça de maneira que não pudesse ser vista pelas câmeras.

Eu  não tenho exatamente um plano definido, mas esperava que tudo ocorresse bem. Eu preciso conversar com esse homem, e a primeira coisa que fiz quando acordei – ou pelo menos, quando despertei de manhã,  já que o meu cérebro é tão filha da puta que não consegue me deixar dormir em paz por algumas poucas horas sem ter pesadelos infernais. Então, para evitar estresse, eu apenas cochilo ou descanso por alguns minutos – ou quando tenho sorte, horas – para que eu não fique cansada. Sai logo cedo, assim que o sol nasceu, para evitar questionamentos irritantes.

Eu já disse que odeio dar satisfações, certo?

Mas para evitar qualquer mal entendido, deixei um bilhete avisando que sairia e em poucas horas iria voltar. Assim, evitaria que aqueles malditos pensassem que eu fugi. Obviamente seria a primeira coisa que eles iriam pensar.

Passei pelas portas automáticas do prédio, e percorri meu olhar afiado pelo local, analisando sobre o que deveria fazer para chegar à Jonatan sem chamar atenção.

Só há um problema... Em frente a mim, existe uma recepção, e eu preciso passar por essa merda. Sem ser anunciada, obviamente não vou conseguir prosseguir.

— Merda! – Praguejei baixo.

Observei a recepção por mais alguns segundos e soltei um suspiro cansado.

Merda, não vai ter jeito. Não posso chamar atenção, porém sei que não vou conseguir entrar sem ser anunciada. Também considerei a alternativa de sequestrá-lo por algumas horas e convencê-lo a se juntar a mim, mas a ideia é muito arriscada... Ele provavelmente anda cercado de seguranças e no momento a mídia está em cima dele. Não seria uma boa ideia...

Que se foda.

Caminhei despreocupadamente até a recepção, e recebi um olhar suspeito da loira quando parei em sua frente.

— Em que posso ajudar? – Seu tom era entediado, e o olhar da mesma sobre mim era, de certa forma, arrogante.

— Quero falar com o Jonathan.

— Tem hora marcada? – Sua sobrancelha se arqueou ante o tom despreocupado que o nome do seu chefe saiu de minha boca.

— Não.

Pude observar um leve sorriso de canto em sua boca, claramente demonstrando desprezo.

Uau, que arrogância.

— Sinto muito, mas não será possível. O presidente atende somente com hora marcada. – Ela decretou, em um tom monótono e robótico, analisando-me de cima a baixo — E suponho que a senhora não atende o perfil de convidados que o presidente atende exclusivamente.

Pisquei lentamente de forma entediada enquanto mantinha meu olhar sobre a recepcionista, ponderando se eu deveria corrigir seus modos.

Não... Hoje eu vim na paz.

Angel of the Death - Redemption MCOnde histórias criam vida. Descubra agora