fetiches; tododeku

sardas;;

Era uma noite monótona de sábado, Izuku estava sentado no sofá e tentava prestar atenção no livro que lia, mas sempre acabava voltando sua atenção ao seu noivo que estava quieto, já era normal o bicolor ficar em silêncio por longos minutos, mas sua quietude de agora era perturbadora. Seus olhos bicolores liam algo no celular que o deixavam tenso e visivelmente nervoso.

Hesitante e um tanto incomodado com a situação, o esverdeado voltou a sua atenção ao livro que estava em suas mãos. Era um dos típicos romances que pegavam os leitores desprevenidos com mortes trágicas de personagens principais. Aquele era o tipo do livro que o esverdeado amava ler, ele gostava de ser pego de surpresa, gostava de ver como os personagens iriam reagir com a morte de sues amades, principalmente quando o mesmo não fazia ideia do que aconteceria com ele se seu amado viesse a falecer algum dia.

— Amor — Shouto o chamou em um tom baixo e cauteloso, o que quer que fosse dito, deveria ser de extrema importância por conta do tom de urgência indireto na voz alheia. Izuku estudou seu homem que parecia estar procurando as palavras certas para contar aquilo.

De fato, isso preocupou o menino, a julgar pela cara do maior há minutos atrás, não deveria ser algo bom o que ele tinha a contar.

— O que houve? — Izuku indagou e esperou pela resposta.

Shouto ficou em um silêncio constrangedor. Ele desviou seu olhar para um outro local e então pigarreou, era como se ele tivesse criando para falar.

— Eu tenho algum fetiche? — O mesmo questionou baixinho — É que o Kaminari disse que eu não tenho fetiches e eu queria mostrar pra ele que eu tenho sim!

— Eu não sei, amor... — Izu respondeu um tanto surpreso com a pergunta vulgar, ele pensou um pouco mas não chegou a nenhuma conclusão, sua mente estava vazia. Talvez ele fosse um tanto despreocupado em perceber possíveis manias que seu noivo tinha. — Talvez você tenha um fetiche e só não tenha percebido.

— Como qual? — O homem de madeixas bicolores questionou novamente, ele realmente havia ficado interessado no assunto. Izuku sentiu uma pontada de vergonha, Shouto sabia de todas as suas manias, mas o esverdeado não sabia de nenhuma mania de seu noivo, ou talvez soubesse, só não conseguia se lembrar.

De qualquer forma, Izuku fechou seu livro com força e o deixou no chão; perto do pé do sofá, onde ele julgou ser um ótimo local para guardar um livro.

— Esqueça isso. Vamos transar, hoje eu estou com vontade de fazer sexo com você. — Midoriya desconversou e novamente fitou o bicolor que parecia desanimado, nem mesmo a ideia proposta havia o animado. O portador de sardas retirou o celular das mãos de seu amado e o colocou sobre a mesinha de vidro que ficava entre os sofás — Esqueça o Kaminari, você não precisa de um fetiche pra ser especial.

— É... Você tem razão. — Todoroki rebateu em um tom soturno e incerto.

O esverdeado engatinhou até o outro rapaz e sentou em seu colo, suas mãos tocaram gentilmente nos dois cantos do rosto alheio e um sorriso encorajador tomou seus lábios meio rosados. Shouto fez o mesmo, ele guiou suas mãos até o rosto de seu homem e involuntariamente reproduziu um carinho lento sobre as suas sardas.

Izuku já esperava por aquele ato, afinal, seu noivo possuía um certo afeto por suas sardas, isso era um fato. No momento em que o bicolor disse que eles eram namorados, tudo mudou, o jeito misterioso e quieto do heterocromático sumiu e deu espaço a um alguém totalmente carente que tinha um medo absurdo de perder quem ama.

Aquele era Shouto de verdade. Um cara bobão e apaixonado, que nunca recusava beijos na testa, um bom cafuné e uma conchinha na hora de dormir.

Todoroki deslizou seus dedos até o pescoço do menor e o beijou delicadamente, sua outra mão foi ágil e adentrou por debaixo da blusa alheia, logo a levantando pouco a pouco. Os beijos delicados se tornaram em um selar quente, os lábios entravam em contato com a pele quente do rapaz e causavam arrepios por todo o seu corpo. Izuku empurrou seu esposo para trás e retirou sua camisa, assim a jogando para um local qualquer da sala.