Prólogo

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Há alguns anos atrás, uma empresa de turismo abriu em Portugal! Na altura algo simples e modesto , mas a partir do momento em que o filho do dono tomou as rédeas de todo aquele edifício, o que era calmo e solene rapidamente se tornou extravagante, grande e famoso! O filho do dono da empresa inovou, modernizou, investiu, tornou ideias em projectos e, posteriormente, projectos em sucessos !

Ao fim de um ano, a empresa de turismo era já também falada na área do transporte aéreo e terrestre. Uns anos mais tarde todos os edifícios da empresa juntavam-se e formavam um enorme complexo que consumia a liderança nos transportes, na hotelaria e turismo.

Muitos foram os projectos bem famosos, mas talvez, de entre o leque de ideias bem sucedidas daquela empresa, destaca-se um enorme festival! E quando digo enorme...é mesmo enorme !

A ideia surgiu da necessidade de atrair jovens para o pais, associado à tentativa de internacionalizar a empresa!

Na teoria, o festival chamaria jovens a Portugal que iriam viajar nos transportes da empresa, ficar hospedados nos hotéis da mesma e, como é claro, ao utilizarem os serviços de turismo teriam descontos nos restantes serviços desta industria! O que resultava na teoria...funcionava ainda melhor na prática! Era espantoso como a combinação dos músicos certos, dos países certos poderia trazer tantas nacionalidades a um único território!

Algo também bastante espantoso era a facilidade com que o filho, agora dono da empresa, tinha em contactar com os artistas! Contudo, não havia nenhum mistério, já que todos sabiam que esta industria adquiria já termos de internacionalidade, ou seja, bastava conhecer alguém que conhecia outro alguém, e, a partir daí, tudo era possível! Literalmente!

O que é certo é que, após muita preparação, cartazes do que viria a ser o mais famoso, criativo, original e diversificado festival de música foram colocados por todas as ruas, cafés, paredes e em todo o lado em que possam imaginar que um cartaz pudesse ser colocado.

Todo o país estava em êxtase, principalmente os mais novos e os pais dos mais novos que por intermédio direto ou indireto estariam a trabalhar quer na construção do grande evento, na organização, cozinha, limpeza ou qualquer outro necessário trabalho.

Com 5 meses e meio de antecedência, já haviam reservas e pessoas a tentar comprar os seus bilhetes para o festival garantindo assim que não perderiam a maravilhosa oportunidade de verem os seus artistas ou bandas preferidas.

O festival seria num grande terreno, já pré preparado pela empresa, numa das novas localidades que, muito em parte graças à empresa, tinham juntado condições para a grande de designação de cidade. E atenção que não era só a designação que atribuía aquela espaçosa e larga parte do pais o nome de cidade, mas também todos os novos serviços e condições que foram lá instaurados graças a grandes parcerias construídas e investimentos postos ao longo dos tempos.

No sítio escolhido seriam construídos cinco palcos, claro, todos eles de dimensões diferente s consoante a importância, fama e número de fãs da pessoa que lá atua-se. Para além disso, o planeado era também dividir os palcos e a área em volta de cada um em estilos musicais, para que assim pudessem estar a decorrer ao mesmo tempo mais do que um concerto ao longo do dia, contudo de estilos completamente diferentes e, assim, cada pessoa poderia aproveitar todos os dias do festival para apreciar as suas músicas favoritas sem ser obrigada a esperar dias e dias pelo seu artista ou a acabar por ir assistir a outros concertos por aborrecimento.

A única altura , talvez em que todos seriam obrigados a ir ao mesmo concerto caso não tivessem mais nada para fazer e o aborrecimento fosse demasiado grande para aguentar, especialmente em eventos destes em que é suposto haver sempre alguma actividade a acontecer a cada minuto durante todo o dia, seria o palco principal, onde estavam planeados atuar os maiores artistas conhecidos, com maior número de fãs, independentemente do estilo musical, ou seja, as grades atrações.

Como era de esperar, este festival seria recheado com pequenas e médias cantinas que serviriam todas as refeições para quem para isso requisitasse senha, tal como nas escolas. Além disso, haveria também um espaço de reserva para a preparação de refeições para aqueles que por falta de organização ou outro qualquer motivo estariam sem comida ou forma de a preparar. Ao lado de cada cantina estariam pequenas tendas a vender alimentos comprados localmente através de parcerias e caso faltasse alguma coisa, o publico poderia sempre deslocar-se para fora do recinto do festival e comprar nas lojas e supermercados em volta que estariam pré preparadas com a ajuda da empresa para a grande afluência de pessoas.

É claro que por todo o terreno seriam construídos pontos de venda de objetos relacionados com o festival, lembranças e locais de actividades que não envolvessem necessariamente concertos e ainda pequenos bares de vários temas.

Ora, todo este glamour e novidade no país era, certamente, bem apreciado pela maioria da população, já que, querendo ou não , traria vantagens para várias pessoas, indústrias e pontos de trabalho. Já para não falar dos jovens que fariam de tudo o que fosse possível para poder ter uma experiência destas. Contudo, nem todos os jovens ou adolescentes estavam assim tão animados.

Quer fosse por razões monetárias, de personalidade ou apenas vontade, muitos não pensavam sequer em ir...

Uma dessas pessoas é Olívia, que não mostrava qualquer vontade ou interesse em se juntar a um conjunto de adolescentes e jovens malucos que não conseguiriam aguentar os seus ânimos e armariam confusão. Na sua opinião, a ideia  do festival era muito boa, porém não uma ideia na qual ela queria fazer parte! Haveria demasiada confusão, demasiado barulho, demasiadas pessoas, demasiada maldade...em outras palavras, tudo era visto por ela neste festival como demasiado. Para não acrescentar o facto de que o seu gosto musical era completamente contrário ao das suas amigas que, por sua vez, estavam já a fazer todos os esforços possíveis para poderem ir ao maior evento do país . Ora, esta diferença de gostos significava que Olívia iria ter de ir muitas vezes para palcos diferentes e partes distintas das suas amigas, o que não ajudava muito a convencê-la a ir.

E para sermos sinceros, talvez teria sido melhor ela não ter ido...não pelo que aconteceu no festival em si, mas pelas futuras consequências !

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